quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

Amigos e amigas

aproveitando o clima de retrospectivas de fim de ano, resolvi fazer um post curtíssimo (será mesmo?) para elencar os melhores restaurantes que tive a oportunidade de conhecer no ano de 2010. Sobre alguns escrevi posts... De outros, não consegui por pura falta de tempo.


Alguns restaurantes eu não tive a oportunidade de conhecer. Mas, vamos lá... Vamos tentar elencar os melhores numa ordem menos caótica possível:

1) Dos que fui e consegui escrever

Albamar
Escrevi em abril sobre o tradicional Albamar. Reinaugurado no mesmo local - mercado da praça XV - vale uma visita para aproveitar a vista e os peixes. Boa carta de vinhos também. Única crítica: um pouco caro.

Restô Ipanema
Na minha opinião, uma das melhores descobertas. Localizado em Ipanema, o Restô oferece pratos com tendências fortemente francesas. Além do mais, possui um ótimo custo benefício. Foi visitado por mim em maio.

CT Brasserie
Também em maio conheci o CT Brasserie: um bistrô francês bem chic. A comida é excelente... E até inovadora para um típico bistrô. Dizem que a pizza é muito gostosa também. Mas nunca tive coragem de cometer tal sacrilégio: pedir pizza em bistrô. Mas parece que vale, hein?

Don Camillo
Em junho escrevi sobre o Don Camillo. Já o conhecia, mas só escrevi sobre ele após provar o risoto de funghi com trufas. Muito gostoso, mas é um prato para ser comido ou com muita fome, ou de modo compartilhado... Em outras palvras, peça para dividir mesmo! :-)

Le Vin Bistrô
Durante a Copa do Mundo, fui assistir no Le Vin Bistrô do Barra Shopping pra ver que eles estão fazendo direitinho o que a Matriz em SP já faz há tempos. Quem mora na Barra não precisa ir à Ipanema para desfrutar da típica comida francesa que a casa proporciona. Show de bola.

Brasserie do Rosário
Comemos talvez em uma das mesas mais lúdicas: no terceiro andar ao lado da cozinha aberta da patisserie. Ótimas entradas: patê à Campagne, queijos e uma charcuterie de primeira. Pena que fomos lá apenas uma vez... Visitamos lá em agosto.

Alameda Restaurante
Agosto não foi o mês do desgosto. Definitivamente... Tivemos no Alameda, restaurante localizado em Botafogo, onde ficava o restaurante da Chef Flávia Quaresma. O Alameda é especializado em escargot. Para os amantes de Paris e ou da França, é uma oportunidade de estar perto de um dos ícones de sua gastronomia.

Jun Sakamoto
Em novembro, após uma rápida passada em São Paulo, pude escrever sobre o Jun Sakamoto - excelente restaurante de comida japonesa. Tem muitos encantos e descobertas, mas, conforme comentário deixado no post, prepare o bolso também. Mas, vale reforçar: o restaurante, além de servir uma excelente gastronomia japonesa, proporciona também uma aula.

Umas e Ostras
Descoberto por mim em dezembro, este restaurante localizado na Tijuca é imperdível. Para quem gosta de peixes e frutos do mar - tipo de restaurante que carece de oferta no RJ -, é um achado para quem corre o mundo atrás de oportunidades. Ótimo custo benefício! Ótimos peixes na brasa.

Mok Sakeria
Quase tocando o gongo do término de 2010, em uma comemoração especial, pude conhecer o Mok - na minha opinião a maior sensação recente do RJ. Como disse no post "são muitos restaurantes em um" - restaurante japonês, contemporâneo, francês e Sakeria com "Tapas". Vale um retorno ao local para conhecer os outros restaurantes.

Tre Bicchieri
Também nos minutos finais de 2010, escrevi sobre uma descoberta em SP. O Tre Bicchieri é elegante e bom. O custo benefício é que talvez não valha... Ainda muito concorrido por ser uma novidade, a cozinha é boa, mas não justifica os seus preços. Como descrevi, provei um prato maravilhoso - o Tortelli de Pecorino Al Tartufo ... Mas nem todos os pratos possuiam um equilíbrio perfeito - se é que foi claro o meu recado.

Mas o Rio de Janeiro não para... Tanto que fui a diversos restaurantes por aqui mesmo, minha terra natal, e não consegui escrever sobre todos... Na verdade, nem consegui ir a todas as novidades.

2) Dos que fui e não consegui escrever

Sem dúvida nenhuma, o meu amigo Daniel Pinho, Chef do recém inaugurado São Vicente, localizado na antiga e tradicional pizzaria Gatto Pardo, na Lagoa, deve ter sentido a falta do meu post. A minha mensagem, para você Dani, é que foi puro capricho meu... Queria ter retornado, fotografado e não tive tempo. Mas o recado direto é "o seu restaurante é excelente". Uma das maiores e melhores revelações do RJ. O bobozinho é, sem dúvida, baiano. A paleta de cordeiro então... hum. E o filet mignon? Aprovado pela Carol - tarefa difícil, hein?


Esse ano eu também conheci (por email, facebook e telefone) uma artesã, Nina Bellotto, que produz cupcakes maravilhosos, sorvetes deliciosos e cookies desafiadores... Fiquei de escrever sobre a B'nice Cream, fazer uma entrevista com a Chef, mas também não tive tempo, me enrolei e como todos os mortais me esqueci. Ela ainda salvou o meu dia dos namorados, pois me encontrava nas Maldivas em uma ilha que não tinha nem telefone muito menos internet. Fez uma entrega a minha amada, com todo o capricho e carinho que a data inspiraria. Aliás, Nina, você estava no mesmo hotel que eu em SP, durante o fim de semana do show do Paul McCartney! Tentei falar com você mas não consegui! Sorry!


Falando em SP, não consegui escrever sobre o Due Cuochi - na minha opinião foi um dos restaurantes mais interessantes que eu conheci esse ano. Também não escrevi sobre o pastel da feira da Alameda Lorena e do Maní, da chef Helena Rizzo.

Se forçar, aqui tem mais de 100 não escritos.

3) Dos que eu quis ir mas não consegui

Sem dúvida muitos... Tive curiosidade de conhecer o Oro, recém inaugurado, de frente para o célebre Olympe, do Chef Felipe Bronze. Não conheci até hoje o Zazá Bistrô... Será que vale? Não conheci o tão bem falado Quinta, nem retornei ao Don Pascual - o Chef Ferraço me disse que o refurmularia por completo.

Não fui às novas casas de Tapas, Bruscheterias e petiscos espalhadas pelo RJ - Botafogo, Leblon e Ipanema - Venga!, Meza Bar e Prima Bruschetteria.

É... Com tantas novidades, pelo visto o blog sobreviverá!


E o vinho? DOC Monferrato (Castello del Poggio), Camille Giroud, Matilda, Haras de Pirque, Morandé, os ótimos Sauvignon Blanc - que aprendi a gostar depois de minha passagem pela Nova Zelândia... Ufa! Foram tantos bons momentos, tantos vinhos que me ajudaram a celebrar a vida, a consolidar amizades com tantas pessoas, que não tenho dúvida que uma das melhores coisas da vida é Viver Para Comer!

Que assim seja!

2010 também foi um ano que o blog estreitou relações com Anthony Bourdain - ótimo escritor, estou acabando de ler o seu novo livro, o "Medium Raw" - e com outros blogs... Posso citar os blogs gatronômicos da Astrid, A Melhor Garfada - talvez o maior inspirador para o Viver Para Comer; o blog da Cristiana, o Viaje com o Bazzar; o blog "comilão", Alhos, Passas et Maçãs - além de ser, na minha opinião, um dos melhores blogs independentes de SP, inspira o Viver Para Comer a ser cada vez mais técnico; o blog de vinhos Enoblogs, do qual o Viver Para Comer se tornou um associado; o blog de viagens, cada vez mais especializado em gastronomia, da Adriana, conhecida como Dri Everywhere; e, por último, o blog que fala de tudo e qualquer coisa, É Papudimaluco!!!!, do meu amigo Leandro.

Ah... Não posso deixar de agradecer aos meus poucos mas fiéis leitores - todos comentários excelentes -, aos amigos do blog que contribuíram para o blog durante esse ano: Carol, Tiago Prota, Alexandre Moreira. As imensas sugestões de diversos fãs do blog... Lembro das dicas do Manoel, do Fábio Rezende, do Diogo Sakata, do Duda Rochwerger, da Fernanda Quintanilha, do Marquinho "Piloto" de Oliveira (pão de mel da Munik também vale!), do Guilherme Rios Cardozo, do Motta, do Camacho e de outros amigos que não me lembro. Ah, Luís "Magic" Magalhães, você me deu dica de um ótimo restaurante na Austrália (Guillaume at Bennelong). Tina e Marquinhos do Surf também...

Por fim, gostaria de desejar a todos um Feliz 2011 e muita energia positiva.


Beijos e Abraços,

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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tre Bicchieri e o Mottinha

Amigos e amigas,

no dia 20 de novembro, sábado, tive a oportunidade de conhecer um restaurante em São Paulo muito elegante e agradável: Tre Bicchieri. Restaurante de massas, localizado na rua General Menna Barreto, logo atrás do hotel Unique - aquele de arquitetura surpreendente, com um formato de navio. Um restaurante com pratos oscilantes...

Dia 28 de dezembro, terça, celebramos mais um aniversário do Mottinha - amigo do blog e decano gastronômico do nosso pequeno grupo. Uma pessoa da mais alta simplicidade e, ao mesmo tempo, complexo na arte da resenha. Diariamente, não há um almoço em que ele não o transforme em uma celebração total e completa da vida.

No Tre Bicchieri eu comi um Picci Alle Vongole con Calamari, que consiste numa massa cumprida de espessura disfórmica, acompanhada com lulas e Vôngoles. Na minha opinião o prato era gostoso, porém pesado. Muito pesado. No entanto, provei um prato que talvez tenha sido um dos pratos de massa mais gostosos que eu tenha experimentado nos últimos tempos: um Tortelli de Pecorino Al Tartufo, que consiste em uma espécie de ravioli com trufas e pecorino. Divino! Bom, você pode dizer "você foi enganado pelo poder e sabor das trufas." É... Pode ser, mas achei o prato perfeito.


Hoje, celebrando a vida mais uma vez com o Mottinha, comemos no Tarantino... Nosso restaurante velho de guerra.

Não dá para comparar em nada o Tre Bicchieri de SP com o Tarantino: embora os dois sejam de "temática" italiana, o Tre Bicchieri é destinado a competir com os melhores restaurantes italianos de São Paulo. Ainda está longe de ser... Mas tem potencial.

Se não dá para comparar o Tarantino com o Tre Bicchieri, podemos equiparar a felicidade de ter provado o tortelli com manteiga de trufas com a alegria de celebrar a vida, mais uma vez, com o Mottinha. E como eu sei muito bem que o Mottinha, mais do que lugares da moda, gosta mesmo é de um bom prato, mais do que justo essa conjunção energética e espiritual.

Parabéns, Mottinha. Saúde e felicidades!

Cent'anni.

Beijos e Abraços,

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Tre Bicchieri
Rua General Menna Barreto, 765 - Jardim Paulista.
Tel.: (11) 3885-4004.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Mok Sakeria

Amigos e amigas,

recentemete fui celebrar a formatura da Carol no curso de psicologia num restaurante que vinha escutando incessantes elogios de diversas pessoas, de diveras tribos diferentes: Mok Sakeria.


Localizado na Dias Ferreira, no Leblon, o Mok abriu não faz muito tempo. Esta rua virou sinônimo de restaurantes e das personalidades famosas do nosso cotidiano. Se bem que acho difícil aparecer um novo restaurante por lá: a especulação imobiliária alcançou preços históricos no Rio, de um modo geral, e na Dias Ferreira, em particular - recentemente saiu uma notícia de que o Alex Atala havia desistido de locar um imóvel nesta rua para a sua filial carioca do "Dalva e Dito", em função das exorbitantes luvas de R$ 3,5 milhões cobradas.

Em outras palavras, qualquer novo restaurante nesta área mostra que o empreendedor teve muita coragem, pois faça a conta quantos pratos terão que ser vendidos para empatar apenas com as luvas milhionárias cobradas!

O Mok é um restaurante que reúne dois Chefs laureados: o Chef Pierre Landry, que era o Chef do Le Saint Honoré, no topo do hotel Meridien, e o Sous-Chef, que cuida dos Sushis, Takashi, que pelo que escutei era o Sushiman do Madame Butterfly em seus tempos áureos. Com essa combinação, o Mok é na verdade muitos restaurantes em um. É uma Sakeria com muitos petiscos, é um sushibar e também um restaurante contemporâneo! Ufa...


Pedimos um drink de entrada a base de sakê, gengibre e tangerina - refrescante e surpeendente. Para acompanhar pedimos dois petiscos: lulas crocantes e salmão em pequenos discos de bijou de tapioca... Todos deliciosos.

Dentre todas as possibilidades do cardápio escolhemos um combinado japonês para defrutarmos. Pedimos o Combinado Takashi, que leva o nome do sushiman por ser feito pelo próprio, com os ingredientes que ele possuir de melhor qualidade no dia.

São apenas 20 ou 22 peças. Mas realmente vale. Vale mesmo!

A maioria eram sushis... E todos muito gostosos: salmão brulê com rúcula e limão siciliano, enrolados de ovas de salmão com gema de ovo de codorna, congro negro com limão siciliano, atum com foie gras, peixe serra, namorado com fleur du sel, peixe branco com cogumelo e uns sashimis de polvo com um tempero picante não identificado.


Recentemente escrevi sobre o Jun Sakamoto. Posso garantir que o Mok não fica muito atrás dele. Acredito que o diferencial do Jun Sakamoto é em relação à apresentação e detalhes dos peixes servidos.

No entanto o Mok tem uma vantagem pra mim que sou carioca - fica no RJ. Além de ser mais barato também... Mas não muito: tem um menu degustação no cardápio que é no mesmo patamar do Jun Sakamoto.

Uma outra vantagem do Mok, como já disse, é que lá é também um restaurante contemporâneo o que é um convite para retornar a casa. Aliás, espero retornar para conhecer essa outra faceta do Mok. Em breve!
;-)

Beijos e abraço

ps. Além do Mok há também o Mini Mok que ainda faz entregas em casa.

Beijos e Abraços,

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Mok SakebarRua Dias Ferreira, 78 loja B - Leblon.
Tel.: (21) 2512-6526.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Quem gosta de pão?

Amigos e amigas,

essa semana tive a oportunidade de conhecer a padaria La Bicyclette, localizada no Jardim Botânico, em frente à Rede Globo, na rua Pacheco Leão. Mais um local no Rio que me foi indicado por um não carioca, no caso o amigo do Viver Para Comer, que já até postou sobre Cervejas aqui mesmo, Alexandre Moreira.


Realmente nunca escrevi sobre pão ou padarias. Mas a verdade é que há diversas padarias de alto nível atualmente no Rio. Entre elas, La Bicyclette, é claro! E o fato de não ter escrito nada sobre pão é talvez um dos maiores pecados deste blog. Eu costumo falar que se só pudesse existir um alimento na terra, eu rezaria aos deuses para que mantivessem a existência do pão... Em segundo lugar o queijo... Mas, sobretudo, eu sou apaixonado por pães e, em particular, pelos baguetes de casca mais dura.

Aliás, uma coisa que eu gostaria de saber fazer é pão... Ao menos os pães que eu gosto de comer. De todas as profissões existentes no planeta, a que me parece ser uma das mais poéticas é "padeiro-panificador" de uma cidade pequena: produzir uma massa, com todo o capricho necessário em cima de um tabuleiro, bem cedo pela manhã, que será consumida por toda a cidade em alguns minutos... Diariamente...

É... Mesmo com toda a poesia, é uma profissão de muita responsabilidade! Uma fornada ruim levou a população inteira, de um pequeno vilarejo, literalmente a loucura no interior da França após a 2ª guerra mundial. Supeita-se de fungos alucinógenos na farinha.

Bom, de modo a redimir o meu pecado de forma indiscutível, ao conhecer o La Bicyclette, que além de padaria é também um café, não tive dúvida de qual "pão-padaria" tinha que escrever. Adicionalmente ao meu post, em breve lançarei uma enquete sobre o melhor pão do Rio de Janeiro.

La Byciclette, pelo que eu me informei, é uma padaria que funciona há pouco tempo no Jardim Botânico, mas há muito tempo de modo informal... Isto é explicado pelo fato dos donos, o francês Henri Forcellino e sua esposa brasileira Ana Paula Gentil, já venderem pães há tempo e entrgá-los através de uma bicicleta - daí o nome La Bicyclette.

A loja é muito bonita e muito bem decorada, com madeiras claras que dão um ar aconchegante de casa de campo. Há um garçom que fala francês e que atende as mesas preparadas para lanches, cafés e guloseimas.

Pedi 3 tipos de pães: baguete, croissants et uma ciabatta. Todos os pães são maravilhosos. No entanto se você gosta de baguete com a casca mais dura, assim como eu, não deixe de experimentá-lo. Vale comentar que o Alexandre, quem me indicou La Bicyclette, recomenda muito o brioche da casa.

O mais interessante é que eles fazem entregas - de bicicleta, é claro!

Taí uma dica que eu não conhceia, mas que é excelente!

Desejo um Feliz Natal a todos e que o Papai Noel traga muitas coisas gosotosas!

Beijos e Abraços,

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La Bicyclette
Rua Pacheco Leão, 320 Loja D - Jardim Botânico.
Tel.: (21) 3256-9052 ou (21) 9531-5010.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lembranças de San Francisco

Amigos e amigas,

escrevo este post com o intuito de compartilhar algumas lembranças positivas e negativas, no campo gastronômico, de uma viagem que fiz. É um post, como diria a Dri Everywhere, do tipo "Serviço de Atendimento aos Leitores" (S.A.L) que pode contribuir, ou não, para o planejamento da sua próxima viagem... Espero que gostem. ;-)


Há mais ou menos uns 3 anos atrás fui para San Francisco - uma viagem que vale muito a pena fazer, principalmente se você tiver a oportunidade de descer a linda Highway One até San Diego. Nesta viagem, eu percebi algumas dificuladades pra quem vai a restaurantes no exterior, que valem a pena comentar...

Lembro que no primeiro dia em San Fran, fomos a um restaurante almoçar. Antes de viajar, pensei comigo que seria fácil me comunicar por lá, pois havia estudado inglês uns dez anos... E se tinha me dado bem em Paris, não seria difícil me comunicar nos EUA.

Mas não foi bem assim... Se você não está praticando inglês há um tempo (no meu caso, se eu tinha estudado uns 10 anos, havia também uns 10 anos que não praticava) e se o inglês não é a sua língua materna, ou se você nunca fez um intercâmbio de média duração - assim como eu -, por mais que você esteja lendo constantemente em inglês ou veja filmes 'made USA', posso te garantir que a língua enferruja e pesa... E como pesa! Lembro que nesse nosso primeiro almoço em um restaurante entre Nob Hill e o Financial District eu comecei a rir comigo mesmo após inúmeras vezes tentar falar um simples "I'd like a bottle of still water!"

Além do inglês 'de se comunicar', existe um outro inglês para qualquer viajante: o inglês gastronômico! Cara, isso você não tem como fugir, pois você vai ter que se alimentar. A não ser que você queira comer todos os dias num Mac Donald's - assim você não terá problema, pois é só pedir: "one big mac meal, please."

O que é squash, kidney, cabbage, scallops, zucchini, surf and turf, snapper, etc? Você vai perguntar, o garçom vai te explicar e mesmo assim você não vai entender... Tenta explicar para você mesmo o que é vongôle ou terrine em português... Se você sabe, é fácil. Mas se você não sabe, não adianta. Imagina em inglês. Ou você conhece, ou não conhece o significado... Aí, só pedindo mesmo pra ver o que é. O pior é que muitas das dúvidas de vocabulário gastronômico em inglês (ou em qualquer outra língua) você conhece o alimento/ingrediente/tempero. Basta saber se você realmente gosta - é aí que mora o perigo; principalmente se você tem alergias!

Recomendo estudar, antes de viajar, tais vocábulos: do que você mais gosta e principalmente do que você não suporta.

Mas vamos lá... Seria recomendável, mesmo assim, que você não se intimidasse e não deixasse de ir a algum restaurante - é inconcebível pensar em ir ao Mac Donald's durante todos os dias de viagem. Bom, ir a um bom restaurante (ou a um restaurante sem ser de grandes redes) em uma viagem é defensável por pelo menos dois motivos: primeiro, para você comer bem e, segundo, porque não deixa de ser um complemento cultural de qualquer viagem conhecer os hábitos gastronômicos locais. Sem falar que os restaurantes no exterior são mais baratos do que no Brasil, se comparar restaurantes da mesma categoria - na minha opinião, os restaurantes brasileiros são os mais caros do mundo.

Bom, lógico que tudo depende... Mas se você gostaria de ir ao menos em um restaurante em sua viagem recomendo muito que, primeiramente, você procure indicações dos restaurantes locais, perguntando no hotel, ou simplesmente comprando um desses guias locais, tipo Michelin ou Zagat (adorado pelos americanos). Estes guias são importantes também para você saber o quanto, em média, o restaurante desejado cobra e verificar se o custo deste está de acordo com o seu bolso.

Lembro da gente no hotel selecionando um restaurante dentre muitos em uma revista disponível no nosso quarto. Escolhemos um restaurante que ficava a 100 metros do nosso hotel e era indicado para a comemoração do Valentine's Day, que se aproximava. Como estava frio para dedéu (San Francisco no inverno é bem frio) e este restaurante ficava muito perto do nosso hotel, não tivemos dúvida e fomos "com tudo".

O restaurante era lindo, muito confortável e super elegante. Extremamente romântico. Ele se chamava Fleur de Lys - french cuisine, claro. O serviço era muito simpático e atencioso, a comida era muito sofisticada e também muito boa. E o preço? Muito superior ao que planejava gastar durante as minhas três noites em San Fran - essa é uma das pegadinhas que estamos suscetíveis em viagens.

Mas tem remédio pra isso: estudar! De novo: recomendo os guias citados acima. Recomendação de amigo? Blogs? Se você confia, lógico - se não, eu não estaria escrevendo aqui, né? Recomendação de agência de turismo e revistas de viagem brasileiras? Hum... Posso contar sobre duas indicações gastronômicas de revistas de viagem...

A primeira: Caffè Trieste. Nos falaram que era excelente, imperdível e que havia um capuccino maravilhoso. De acordo com a reportagem, Francis Ford Coppola havia escrito o roteiro do Poderoso Chefão em uma de sua mesas. "Vamos lá!", disse pra mim mesmo. A realidade é que o cappucino era igual a qualquer outro, o atendimento era péssimo e o restaurante tinha um aspecto de sujo. E o Coppola? Acho que tinha um poster do Poderoso Chefão e só!

No entanto, uma indicação positiva de uma destas revistas de viagens foi a de tomar um café da manhã no Mama's on Washington Square. Muito popular e com aquele estilo de café da manhã americano, o Mama's é de uma simplicidade enorme. O breakfast servido lá era sensacional. E, mesmo lotado, todos os atendentes foram extremamente atenciosos.

Bom, aí você vai dizer "não preciso de guia", é só seguir os conselhos das agências/revistas. Pode ser, mas eu tive 50% de sucesso seguindo tais conselhos, né? No Zagat de San Fran, por exemplo, você vê que o Mama's é super bem cotado e o Caffè Trieste nem citado é - 100% de acerto, rs.

Se North Beach de SF é o berço da contracultura do movimento beatnik, onde viveram Jack Kerouac e William Burroughs, Fishman's Wharf é onde os leões marinhos pegam um sol, de frente para a ilha de alcatraz. E é lá mesmo que se encontra o mercado de peixes, onde é possível comer uma lula à dorê deliciosa, em uma das inúmeras barraquinhas. Ah... Mas comida de rua? É... Isso não tá em nenhum dos guias! Mas não tenha preconceito de comer, onde existir consumidores "vivos" em volta. Eles são a prova real de que a comida é boa! Aliás, isso sim é viajar.

Who's next?



Ps. A Carol não quer que eu termine esse post sem comentar sobre a loja da Ghirardelli localizada em uma das fábricas dela, em frente à famosa Golden Gate. É chocolate bem doce, hein? Chocólatra nenhum botará defeito. Peçam o tal do Sundae Hot fudge!

Ps2. Aproveitando que citei Jack Kerouac: para quem for a San Francisco e quiser se aventurar na Highway One até San Diego, uma boa dica é que leiam o livro que eternizou a rota 66: Pé Na Estrada (On The Road). Embora ele se concentre mais na travessia do leste para o oeste, feita por Kerouac, o livro transmite bem o espírito de se aventurar pelas estradas norte-americanas. Sem falar no estilo dos beatniks que ainda impregna em San Fran.

Beijos e Abraços,

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1) Fleur de Lys777 Sutter Street - San Francisco.
Tel.: (415) 673-7779.


2) Caffè Trieste601 Vallejo Steet - San Francisco.
Tel.: (415) 392-6739.


3) Mama's On Washington Square1701 Stockton Steet (at Filbert) - San Francisco.
Tel.: (415) 362-6421.


4) Ghirardelli Sqaure900 North Point Street - San Francisco.
Tel.: (415) 775-5500.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Umas e Ostras

Amigos e amigas,

essa semana tive a oportunidade de ir com amigos do trabalho ao restaurante de peixes e frutos do mar, localizado na Tijuca, chamado Umas e Ostras.

Lembro de ter ouvido falar dele em um desses anuários que elegem os melhores restaurantes do Rio de Janeiro - aliás, preciso confessar que estou desgostando cada vez mais desses anuários. Pegue o exemplo da eleição da Veja Rio do melhor restaurante de peixe do RJ dos últimos 3/4 anos. Nos biênios anteriores a 2006/2007, quase todos os jurados votaram no Satyricon. No biênio 2007/2008 todos votaram no recém inaugurado Fasano Al Mare. E nos dois biênios seguintes, 2009/2010 e 2010/2011, quase todos os jurados votaram novamente no Satyricon. Me pergunto se o que teria norteado os juris ao elegereem o Fasano Al Mare em 2007/2008 tenha sido o modismo (que não se concretizou) ou o apelo publicitário. Lógico que alguns críticos não trocaram o certo pelo incerto: Rodolfo Garcia, crítico que acompanho há anos, não sucumbiu a nenhum pseudo-modismo.


Voltando ao Umas e Ostras, chegamos por voltas das 2 da tarde. O restaurante fica localizado em um casarão bem agradável e bem despojado. Assim que cheguei lá me lembrei que moramos no RJ e há tão poucos restaurantes de peixes e frutos do mar que não dá para entender!

Estávamos em um grupo de 5 pessoas e pedimos uma porção de 20 pasteizinhos - a maioria de camarão. Todos excelentes e realmente com camarão nos recheios.

Todos pedimos congro rosa na brasa - acompanhado de arroz de camarão e de arroz de brócolis. Eu combinei o meu congro na brasa com arroz com camarão, muito bom para quem gosta de coentro, camarão e demais temperos. Um toque de azeite na mesa, praticamente transformava esse arroz numa refeição por si só!


Vale comentar sobre o peixe: excelente! Grelhado no ponto certo, o peixe veio com o gosto leve do congro e do tempero proporcionado pela brasa.

Ao chegar toda a comida, ainda fomos brindados com uma garrafa de vinho branco, Cavalleri chardonnay.

Combinação perfeita, ainda mais para um almoço com diversos amigos.

Agora, o que realmente posso garantir, após tantas coisas gostosas que comemos, é que o ambiente do restaurante é muito agradável - ao menos foi naquele almoço durante a semana. E, talvez, o ingrediente principal para o ambiente tão agradável proporcionado pelo restaurante seja o atendimento do garçons... Fomos extremamente paparicados por pelo menos dois simpáticos garçons - um que parecia ser mais novo, e um segundo old school total! E isto deve ser valorizado, pois com tantos restaurantes com péssimo serviço no Rio, é de se exaltar os restaurantes que nos atendem bem, de forma simpática e despretensiosa.


Espero que o nosso diretor financeiro leia esse post, pois tenho certeza que, caso ele saiba das delícias proporcionadas por este almoço - somente possível pelo encontro da área financeira -, ele, não só vai realizar mais encontros financeiros, como também participará dos próximos almoços conosco.

Beijos e Abraços,

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Umas e Ostras
Rua Barão de Mesquita, 235 - Tijuca.
Tel.: (21) 2568-7128.

sábado, 27 de novembro de 2010

Jun Sakamoto

Amigos e amigas,

em uma recente viagem a São Paulo, tive a oportunidade de conhecer o badalado restaurante de comida japonesa, Jun Sakamoto.

O Chef Jun Sakamoto, após ter trabalhado em restaurantes em Nova York, abriu o seu restaurante e de forma rápida ganhou muita fama. A primeira vez que eu escutei falar sobre ele foi quando ele foi no programa da Ana Maria Braga dar uma aula para os Chefs de um concurso à la Big Brother... Lembro da pergunta de um dos participantes se podia congelar o peixe. "Pode. Mas depois não pode comer" respondeu de forma espirituosa o célebre Chef.

A fama do Jun Sakamoto não é de ser muito espirituoso - falam que ele beira o mau humor. Se é verdade, eu não sei, pois não o conheci. No entanto, fama maior lhe foi concedida pelo seu restaurante, que basicamente só funciona sob reservas.

Resolvemos ir lá devido à sugestão de dois amigos, Fernanda e Duda, que não se conhecem, mas que conhecem ótimos restaurantes em São Paulo. E fomos de improviso, sem reservar, num sábado (descobrimos "in loco" que é o dia em que o Chef não está presente no restaurante). No entanto, compartilhamos o menu idealizado por ele.

Caso o leitor queira conhecer o "corte" do próprio Sakamoto é necessário reservar um banco no sushibar, onde só há 8 lugares disponíveis, nos horários núcleos (se não me engano, os horários bases são 19h e 21h... Verifiquem com o restaurante!).

Posso garantir que o menu preparado pelo Sous-chef é excelente - o que mostra toda a qualidade da casa.

Bom, pedimos um sakê no câlice para acompanhar o nosso jantar - um sakê do tipo karakuchi, que, como nos foi explicado, significa "boca seca".

De entrada nos foi servido Hiyashi Somen - um macarrão super fininho e gelado sobre um molho tipicamente japonês, onde o temperamos adicionando gengibre ralado. Não conhecia esse macarrãozinho japonês, de modo que pra mim foi uma entrada supreendente.

O menu do Sakamoto consiste basicamente de sushis - tradicionais e especiais...

Inicia-se a degustação com diversos sushis tradicionais - salmão, atum, robalo, pargo etc. Embora os sushis fossem de diversos peixes tradicionais, posso garantir que o gosto era muito especial. Isso devido aos temperos usados (shishô e shoyu sob medida). O atum, por exemplo, vinha temperado com foie gras. Cada um vinha temperado com algo especial. Em alguns sushis, o garçon recomendava não usar o molho shoyu, por ja ter sido temperado antecipadamente.

Após essa primeira leva de sushis veio a segunda leva com sushis feitos com ingrendientes diferenciados, como água viva, mexilhão, a deliciosa vieira com flor de sal, trufas e limão e a interessante lula com sal do hawaii.

A terceira leva veio acompanhado dos peixes cavalinha, serra e o uni (ouriço do mar) - se não conhece, pode se assustar com o seu aspecto, mas tem que provar! A quarta e última leva veio com enrolados de barbatana de tubarão - que não lembra em nada com barbatana - e de shirau, um conjunto peixinhos japonêses, quase transparentes. Além destes enrolados, ainda veio nesta quarta leva uma enguia grelhada - nunca havia provado e a achei bem consistente, ainda que um pouco adocicado pelo tempero (tarê).

Após todos estes suhis, veio o melhor: um tartare de atum sobre um leito de foie gras "gelatinoso". Combinação bem saborosa.

Por último veio um consomê de ostras - de todos os pratos, foi o que menos gostei. Ostra pra mim tem que ser "in natura".

A finalização do menu, na minha opinião, foi perfeita: sorvete de maçã verde com gelatina de sakê. Fantástico. O frescor e a citricidade deste sorvete é o "gran finale" dessa orgia gastronômica.

Bom, para quem gosta de comida japonesa ou quer aprender um pouco mais sobre esta culinária, acredito que valha a pena conhecer o Jun Sakamoto. Pra mim, um carioca apaixonado por uma boa comida, só de conhecer esse restaurante já valeu a viagem à São Paulo. Mas prepara o bolso, pois boa comida japonesa é mais cara por essência e o Jun Sakamoto cobra bem pela sua qualidade.

Beijos e Abraços,

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Jun Sakamoto
Rua Lisboa, 55 - Pinheiros.
Tel.: (11) 3088-6019.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Pousada do Caju - São Miguel dos Milagres

Amigos e amigas,

recentemente viajei para um lugar muito interessante, que não posso deixar de registrar - São Miguel dos Milagres, mais precisamente Povoado do Toque. Este povoado (isso mesmo, um povoado!) fica a uma distância de 2 horas, de carro, ao norte de Maceió, Alagoas. Como não conhecia nada em Alagoas, preciso confessar que só cheguei lá devido a duas recomendações: da Vanelle, que sempre me ajuda a arquitetar as minhas viagens através de sua agência de viagens, a Contemplar Turismo, e do Ricardo Freire, blogueiro e viajante profissional.



A Vanelle me recomendou: "Henrique, um lugar que você deve ir, que em três ou quatro dias são suficientes é São Miguel dos Milagres... Uma praia deserta de água quente, um sol... Tudo maravilhoso". Ela ainda me falou sobre a Pousada do Toque, dizendo que era imperdível, mas... Achei muito caro!

Alguns dias depois, escutei no rádio o Ricardo Freire recomendar também uma viagem para São Miguel dos Milagres. Além da Pousada do Toque, ele recomendou algumas outras e voilà... Descobri a existência da Pousada do Caju.



Antes de falar da Pousada do Caju e de sua gastronomia, há de se falar sobre este povoado e os seus arredores. Primeiro, pra quem é São Miguel dos Milagres?

Basicamente para casais. Por quê? Não há cidade, não há noite, não há agito, não há nada. Assim, imagino que se você estiver sozinho ou em grupo querendo ir para night, acho que lá não é o seu lugar...

Por não ter nada, apenas uma praia deserta - você pode andar pelado, pois não encontrará ninguém! - piscinas naturais da praia do Toque,

passeio no rio Tatuamunha e visitar o manati conhecido como Aldo, o farol de Porto de Pedras, passear de bicicleta pelas praias... Enfim, muito nada para fazer que vai ajudá-lo a rejuvenescer uns 4 anos. Ah... Descobri que há umas ondinhas, para quem surfa, mais ao sul, localizado na praia dos Morros.



Diferentemente de Maragogi, cidade localizada na divisa com o estado de Pernambuco, que possui um turismo de massa, São Miguel dos Milagres é um povoado reservado... Um povoado com poucas pousadas, que podem hospedar um numero super limitado de pessoas - e é justamente isso que torna São Miguel dos Milagres um lugar mais do que especial. Torço para que isso continue dessa forma!

Em nossa estadia em São Miguel dos Milagres ainda tivemos a sorte de presenciar o festival musical promovido pelas pousadas da região, o Concerto ao Entardecer, onde se apresentavam diversos músicos locais. No final de semana em que estivemos por lá, o festival foi realizado na Pousada da Amendoeira (Músico João Albrecht).

A nossa pousada era sensacional. Com uma piscina agradabilíssima, a pousada tinha uma estrutura pra ninguém botar defeito. O quarto era lindamente decorado, com um room service de primeiríssima, sendo ainda totalmente descontraído e sem excessos.


A receptividade e a atenção de seus proprietários é digna de registro. Os proprietários, José Carlos e Alírio, são portugueses e administram a pousada há pelo menos uns 4 anos. Sempre pronto para uma resenha, Alírio dava recomendações de tudo: melhores passeios, melhor momento para fazer o passeio, aonde comprar artesanatos locais, o que comer e, inclusive, recomendações de vinhos portugueses (dois vinhos do Alentejo: Rapariga da Quinta e Chaminé).


Além deles, tive o contato com a equipe da pousada, que sempre muito atenciosa, deixa você muito a vontade. No café da manhã, lembro do capricho do Bartô; no atendimento do bar, lembro da presteza do Gedson; e da magia, ao fazer drinks, do Januário - que também nos atendeu diversas vezes no jantar.


Ainda conversamos muito com um casal que também estava hospedado na Pousada do Caju - como eles gostavam muito de comida e restaurantes, os estimulei muito para que eles fizessem um blog sobre o tema. Aliás, eles me deram diversas dicas de ótimos restaurantes em Maceió - espero poder retornar a Alagoas para verificar.



Bom, a comida da pousada era realmente um sucesso: o café da manhã divino, servido diariamente com um biju de queijo com presunto e sempre acompanhado com alguma comida surpresinha no cardápio. Sucos sempre oferecidos a gosto! E comer naquele ambiente, com aquela brisinha suave pela manhã, transformava qualquer café da manhã em um momento sublime...



Como comia-se intensamente no café, não havia almoço. Alguns hóspedes iam almoçar em outras pousadas, com um intuito também de conhecê-las. Não conseguimos. Apenas petiscamos à beira da piscina.


Mas, caso haja vontade de almoçar em alguma outra pousada, é recomendado fazer uma reserva, pois como não há uma rotina nas pousadas locais em receber "gente de fora", periga a pousada escolhida não estar preparada para recebê-lo. Me falaram que a comida é divina também na Pousada Aldeia Beijupirá e na Pousada da Amendoeira - aliás fomos muito bem recepcionados pelos proprietários da Pousada da Amendoeira quando fomos ao Concerto Musical. O restauarante deles, em termos de ambiente, é muito agrdável também.

Supreendentemente, me falaram que, embora a comida seja muito boa, o restaurante da Pousada do Toque é o que menos atrai - relataram que ele é muito "fechado" não tendo a característica charmosa dos restaurantes das demais pousadas... Será? De qualquer forma, acredito que valha conhecer a bela Pousada do Toque.

No tocante à comida servida no jantar da Pousada do Caju, posso dizer que fiquei embasbacado com a qualidade oferecida por eles. Em todo jantar era possível comer algo que me supreendia. Inclusive, a carta de vinhos oferecida era muito boa. Lembro que na nossa primeira noite pedi uma champagne, que não conhecia, chamada Pierlant - nas palavras de Alírio, "um ótimo custo benefício". Concordo. Ainda mais bebendo-a sob a luz das estrelas!

Em meu primeiro jantar, comi um risoto de Funghi... É... Com manteiga, era um verdadeiro risoto!

Na segunda noite, dividimos tambem um robalo ao forno, com acompanhamento divinos...


E, lembro que na última noite comemos um risoto de camarão também maravilhoso.


Enfim, foram três noites para se tirar o chapéu!

Relamente, eles tão fazendo lá na Pousada do Caju algo diferenciado. Eles estão oferecendo um diferencial quanto hotelaria de pousada e um diferencial quanto a gastronomia servida também. Impressionante! Ainda mais sabendo da dificuldade das pousadas locais em obter os produtos que deveriam ser simples, como peixe, camarão, etc. na região (Alírio me contou que embora o povoado seja basicamente de pescadores, os pescadores pescam com o intuito de subsistência. Não fazem vendas firmes com constância.)

Recomendo muito a conhecerem São Miguel dos Milagres, a praia do Toque e, em particular, a Pousada do Caju... Ainda mais se você gosta de comer bem.

Vai ficar na minha memória a minha chegada na pousada a meia noite e meia, cansado, depois de pegar um vôo de 2 h e mais 2 h de estrada... Cheguei e fui encaminhado ao meu quarto. Preocupado, perguntei ao José Carlos, um dos proprietários: "Preciso preecher alguma ficha de check-in?" Ele balançou a cabeça negativamente e disse: "Descansem. É a única coisa que vocês precisam fazer. Descansem!"


Beijos e abraços


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Pousada do Caju
Sitio da Praia, Povodo do Toque - São Miguel dos Milagres
Tel.: (82) 3295-1103 (82) 9927-1558 (82) 9927-1557

sábado, 13 de novembro de 2010

Os Chefs da Cozinha Confidencial de Bourdain

Amigos e amigas,

acabei de ler o livro do célebre Anthony Bourdain - Cozinha Confidencial, já comentado em um post aqui ateriormente.

Bom, após essa magnífica leitura - que recomendo muito - resolvi escrever esse post que tem o intuito de mapear quais são os restaurantes de Manhattan recomendados pelo Tony Bourdain, sob a ótica dos chefs os quais ele reverencia. Ou seja, esse post é um post totalmente para aquele fã de Manhattan, ou para aquele cara que vai viajar para lá e quer fazer um bonito.



Como esse livro foi publicado nos EUA em 2000 (no Brasil somente em 2001), rastriei onde os chefs preferidos de Bourdain estavam naquela época e onde eles estão agora, em 2010. Como participo de uma comunidade de food-lovers de New York, perguntei aos meu nobres comensais de lá se essa lista ainda está atualizada e quais teriam sido as modificações.

O pessoal da comunidade me relatou que alguns chefs foram introduzidos nesta lista, outros já não são mais tão laureados por Bourdain. Todos os comensais me recomendaram ler o novo livro de Bourdain - Medium Raw -, lançado em 2010, que ainda não tem tradução para o português. Segundo eles, este livro dá uma atualizada na lista de Bourdain de 2000.

Dentro em breve, começarei a ler o Medium Raw - pelo que eu li de crítica, além de ser muito bom também, está sendo considerado uma continuação do Cozinha Confidencial. Ou seja, de fato teremos um novo post sobre os favoritos de Bourdain mais atualizado.

De qualquer forma, fiz questão de escrever sobre os favoritos de Bourdain extraídos do Cozinha Confidencial, pois os chefs bons mesmos continuam em sua lista atual - alguns foram adicionados, outros retirados. Mas a base, com certeza, é a mesma!

Ressalto a importância desta lista, pois em Manhattan há muito restaurante-armadilha e/ou há muitos restaurantes para turistas... Exemplo: quem nunca ouviu falar do Tao, Buddakan ou Spice Market? Todos ótimos, né? Mas são todos com aquele contexto asiático, "na moda", super recomendados para os turistas. Vale lembrar que há, inclusive, um post aqui no blog, o Manhattan Picadinha, sobre estes últimos dois restaurantes...

Mas onde os real newyorkers vão? Onde eles acham que vale gastar a mais por uma comida que os remeta a algo especial? E onde é que os "newyorkers Chefs" comem com emoção após uma longa e dura jornada de trabalho?

É... Se você é tão curioso quanto eu, se você quer saber o que tem atrás daquela porta azul do segundo andar da Time Warner Building, se você quer saber o quão tão fundo o coelho branco adentrou no buraco ao lado da árvore... Bom, então leia o mapa da mina abaixo, estude, se programe e... Voilà! Bem-vindo ao clube.

Lista dos Chefs de Tony Bourdain (Cozinha Confidencial):

- Tom Colicchio
Em 2000, quando Bourdain publicou o seu livro, Tom Colicchio trabalhava no badalado Gramercy Tavern.

Os tempos mudaram... Hoje Colicchio possui uma rede de restaurantes, mas eu acredito que o seu principal restaurante seja o The Craft. Escutei que ele está em alta: acabou de ganhar o prêmio James Beard de melhor chef de 2010. Além disso, Colicchio é o hedge judge do desfio Top Chef.

Talvez valha a pena pesquisar qual é o restaurante de seu grupo mais interessante e de melhor custo benefício.


- Rocco DiSpirito
Foi considerado por Bourdain, em 2000, um "semi-deus" no ofício de chef do Union Pacific Restaurant - hoje fechado. No entanto, algo estragou a amizade dos dois, pois escutei recentemente que Bourdain anda o criticando bastante... Coincidência ou não, DiSpirito não é headchef de nenhum restaurante atualmente... É visto como juiz do programa Top Chef - assim como a maioria desta lista.


- Gray Kunz
Gray Kunz, em 2000, era o principal arquiteto culinário do célebre Lespinasse, que já não existe mais. Abriu um restaurante em Honk Kong - Café Gray Deluxe. Atualmente ele não é responsável por nenhum restaurante em NYC...


- Eric Ripert
O franco-americano Eric Ripert continua à frente do super estrelado Le Bernardin - 3 estrelas do Michelin. Como ele vive aparecendo nos programas de Bourdain, acredito que ele ainda o reverencie bastante...


- David Bouley
O Bouley Restaurant é ainda uma referência do bairro de Tribeca... Não sei se ainda é um dos favoritos de Bourdain, mas... Bom, a dica que escutei de newyorkers que gostam do Bouley é que o almoço possui Fix-Price Menu mais em conta do que o jantar. Será?


- Jean-Louis Palladin
Este com certeza não está na lista atual, pois ele faleceu logo depois da publicação do Cozinha Confidencial. Ele era o head chef do restaurante que levava o seu nome: Jean-Louis at Watergate.


- Scott Brian
Na Cozinha Confidencial de Anthony Bourdain, há um capítulo inteiro dedicado ao Chef Scott Brian, o "Vida de Brian". Neste capítulo, Bourdain tece tantos elogios a Brian que ao fechar o livro você fica querendo comprar imediatamente um ticket pra NYC só para poder conhecer todo o perfeccionismo descrito. Segundo Bourdain, Brian possui apenas um compromisso: fazer uma excelente refeição, sem o menor pingo de vaidade! Chef sem vaidade... Difícil!

Em 2000, Brian era o responsável pelo Veritas - que está temporariamente fechado para reformas e é premiado até hoje pela carta de vinhos oferecida.

Hoje Brian não pertence mais ao Veritas. Ele assumiu a cozinha do Apiary. O melhor de tudo é que o Apiary possui um menu de três pratos por US$ 35,00 - provavelmente o mais barato dentre todos esses semi-deuses de Manhattan.


- Thomas Keller
Talvez Thomas Keller seja o Chef de cozinha mais badalado dos EUA desde 2000. Hoje, além do The French Laundry, em Napa Valley (Yountville), na Califórnia, Mr Keller é o head chef do Per Se - considerado por muitos o melhor restaurante de NYC.

Não tenho dúvida de que Bourdain ainda possua um grande apreço por Keller. Há um vídeo editado no youtube em que Bourdain visita o French Lanundry, juntamente com Eric Ripert e Scott Brian... É possível vê-los emocionados a cada prato que chega!

Bom, provavelmente Tony, como Chef, tem razão em invejá-lo: fazendo tantos programas de televisão e escrevendo tantos livros, ele nunca fará o que Keller faz... E Keller é reconhecido: é o Chef de cozinha norte-americano mais laureado pelo guia Michelin: 6 estrelas (3 estrelas pelo Per Se e 3 estrelas pelo French Laundry).


Enfim, essa é a lista... Se você acredita que quem faz o restauarante é o Chef, e se acredita que um Chef tão polêmico quanto Anthony Bourdain pode avaliar com alguma credibilidade outros Chefs, então... Bom proveito!

Após ler o Medium Raw pretendo reatualizar esta lista, com o intuito de continuar mapeando os restaurantes de NYC. Ou seja, um serviço de utilidade pública ao leitor do blog!

Beijos e Abraços,

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P.S.

Vale registrar que através das discussões que tive com os comensais da comunidade "Food-lovers de NYC" - e foram muitas - posso adiantar que existem ao menos mais dois Chefs nesta lista acima: Daniel Humm, do Eleven Madison Park, e David Chang, do restaurante Momofuku - o EMP é atualmente um dos restaurantes preferidos dos newyorkers e o blog já publicou post sobre ele. Enquanto o Momofuku, confesso que desconheço.

Outro fato curioso é o registro de uma conversa entre Bourdain e Scott Brian, no livro Cozinha Confidencial, sobre a cozinha molecular e revolucionária de Ferran Adrià, a base de "espumas" e "pó". Em 2000, ambos desconsideravam profundamente esta nova "escola".

No entanto... Parece que após uma visita ao restaurante de Ferran Adrià, o El Bulli, na Espanha... Tudo mudou!

Há quatro vídeos no youtube chamados "Decodificando Ferran Adrià" que explicam essa mudança de conceito. Aviso: quem ver estes vídeos será amaldiçoado pelo desejo! rs

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O império Otomano - Turquia

Por Tiago Prota

Segue a trilogia do Tiago Prota. Neste último episódio ele descreve alguns restaurantes que ele foi (ou tentou) em duas cidades da Turquia, à saber, Selçuk e Istambul. Com diversas fotos enviadas, foi difícil escolher quais fotos deveriam ser selecionadas para o post. Bom, espero que gostem e ao viajarem para Turquia lembrem das dicas do Tiago!


I. SELÇUK


I.1) Okumuslar Pide Salonu

“Seltchuk” é a pronúncia correta desta cidadezinha turca que fica bem perto de Êfesus, uma grande e bem conservada ruína romana que já foi um dos maiores entrepostos comerciais do império no oriente. Depois de um dia cheio de história pela visita as ruínas e ao museu de Êfesus, além da Catedral de São João, fomos caminhar na rua principal do centro, calçada e fechada para carros. Na caminhada, todo restaurante tem um caça turista, que tentava nos pescar mostrando o cardápio aberto com belas fotos da comida. Mas a gente resolveu andar mais, até que chegamos na frente de uma pizzaria cheia de locais. Não tivemos dúvida e entramos na Okumuslar Pide Salonu. Comemos uma autêntica pizza turca, que estava uma delícia. Além da pizza, pedimos um prato de cogumelos que chegou borbulhando, igualmente fabuloso. No final, como cortesia, o bom e velho chá de maçã... nem precisa dizer que voltamos no outro dia!



II. ISTAMBUL


Istambul é uma cidade realmente fascinante. Até hoje é o lugar mais pós-moderno que conheço, em que a modernidade ocidental convive com hábitos seculares muçulmanos. Os contrastes constantes fazem da cidade um lugar especial. E os restaurantes não deixam nada a desejar.

II.1) The House Cafe



Essa é uma cadeia de restaurantes que está presente em vários lugares na capital turca. Faz um estilo “cool”, com um cardápio enorme de petiscos, pratos, drinks e sobremesas. O the house mais legal é o de Orkatoy, um dos cartões postais da cidade, é cheio de barzinhos onde as pessoas vão no final da tarde pra jogar conversa fora e fumar narguilê... Fica ao lado de uma mesquita construída às margens do Estreito do Bósforo e quase abaixo de uma ponte metálica que liga a parte ocidental a oriental. O restaurante fica bem ali. Na entrada, já sentimos o ambiente meio sofisticado do retaurante, mas o legal mesmo é sentar em uma das mesas do lado de fora, pertinho do Bósforo.



O atendimento é muito bom e a comida idem. Pedimos um Smoothie diferente, de maracujá, banana e pêssego. De entrada, couscous com funghi, espinafre e cebola caramelizada. De prato principal, experimentamos um risoto ao limão siciliano com coração de alcachofra e camarões e um linguini de frango com cogumelo Porcinni. De sobremesa, um satsumi cheesecake, bem diferente. Tudo uma delícia.




II.2) Istambul 360°

Depois de andar o dia todo, decidimos ir ao 360°, que é bem famosinho. O lugar fica meio escondido, em uma das ruas mais movimentadas da cidade, mas que só passa pedestre e um bonde. Com dificuldade achamos o prédio e pegamos o elevador para o último andar. Não tínhamos reserva, mas como era cedo, imaginamos que poderíamos ser atendidos. Chegamos no restaurante e estava vazio, pois a “hora alegre”, quando o pessoal sai do trabalho, não tinha começado ainda e as mesas estavam todas reservadas. Perguntei se tinha algum problema se a gente se sentasse no bar, mas educadamente a hostess disse que até poderíamos, mas infelizmente eu não poderia ficar porque o restaurante tem um “dress code” e eu estava de bermuda... até pensei em descer e comprar uma cala, mas pedimos pra tirar umas fotos e descemos para repetir a dose no The House, que tinha outra unidade do lado do prédio... Fica a dica. Se quiser comer com uma vista fantástica da cidade, faça uma reserva, e não apareça de bermuda! Quanto a comida, não posso dizer, mas não pode ser ruim um lugar que esgota as reservas em uma plena terça-feira. Muito pelo contrário.


II.3) Alibaba

Depois de uma visita pela manhã a Aya Sofia e a Cisterna Yerebatan, caminhamos até a Mesquita Sulleymaniye, que estava em obras, fechada para visitação. Já estava na hora do almoço e saímos dos jardins da mesquita por uma rua de pedestres cheia de restaurantes. Tinha uns 5 restaurantes, mas só um estava cheio. Resolvemos que era ali que iríamos almoçar. O esquema do lugar é pedir porções. Como o inglês do garçom não ajudava muito, ele me levou até a cozinha para escolher o que iríamos comer. Escolhi um picadinho de berinjela com carne moída e molho de tomate, feijão branco apimentado e cordeiro com berinjela. O cordeiro não tava lá essas coisas, mas o picadinho de berinjela com o feijão estava divino!

Beijos e Abraços,


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I. SELÇUK

I.1) Okumuslar Pide Salonu
Sahabettin Dede Caddesi 2, Selçuk, Turkie


II. ISTAMBUL

II.1)The House Café
Salhane Sokak No: 1 Ortaköy İstanbul - Turkie

II.2) Istambul 360°
Istiklal Caddesi – Misir Apt. K:8 N:311
Beyoglu – Istambul - Turkie

II.3) Alibaba
Atrás da Mesquita Sulleymaniye
Istanbul - Turkie

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Na terra da Rainha - Londres

Por Tiago Prota

A oferta de bons restaurantes na capital inglesa é enorme e até mesmo para um londrino seria muito pretensioso indicar um ou dois bons restaurantes na cidade. E como a conta vem em libras esterlinas, a gente acaba não tendo uma amostragem tão representativa de bons restaurantes... Mas para comer bem em Londres nem sempre é preciso esvaziar a carteira. Exemplo disso são esses dois lugares, que freqüentemente é ignorado por aqueles que visitam Londres e que compartilho com vocês.

1) Borough Market

O Borough Market é um mercado de alimentos que fica no South Bank (margem sul do rio Tamisa), pertinho da London Bridge. De segunda a quarta-feira, é um mercado como qualquer outro, ao estilo da Cobal, com stands de frutas, verduras, legumes, carnes e peixes. Tudo de muita qualidade, a maioria com a bandeira do alimento orgânico. Fiquei impressionado com a variedade de cogumelos que eles vendem lá. E o preço super acessível.

De quinta-feira a sábado, o lugar se transforma em uma feira-livre de guloseimas. Centenas de barraquinhas são montadas e vende-se de tudo - tradicionais sanduíches de salsicha, azeites e vinagres balsâmicos de diferentes tipos, vários tipos de salgados (tortas, quiches, queijos e pães) e doces (brownies, cheesecakes, chocolates). Isso sem falar nas dezenas de barraquinhas com comidas típicas de toda parte do mundo. Mesmo. Tem até barraquinha de comida nigeriana. E o melhor: todas as barraquinhas te dão provas do produto. Se for cara de pau o suficiente, dá pra despistar a fome experimentando de tudo e comprar depois o que mais tiver agradado... É uma verdadeira orgia gastronômica! E, gostamos tanto que demos um jeito de passar por ali todos os dias possíveis, nem que fosse só pra beliscar alguma coisa e levar pra comer mais tarde.



No primeiro dia da feira, descemos na estação de metrô de London Bridge e fomos andando até o mercado, sem muita expectativa. Como já tínhamos tomado café da manhã, comemos um pedaço de cheesecake com Pimms, um drink inglês que parece um ponche, e compramos um brownie e um cookie para dar energia para as andanças. Mas nos outros dois dias, passamos novamente pelo mercado, dessa vez para tomar café da manhã... Experimentamos um sanduíche feito na hora de salsicha de porco apimentada com um “twist” - vinho tinto e damascos - e um molho delicioso de limão siciliano, além de muitas sobremesas. Definitivamente, o Borough Market é uma visita obrigatória para quem curte uma boa culinária.


2) Recipease

A Receipease é a loja do Jamie Oliver. Além de vender alguns produtos com a marca do chef, a loja oferece uma dezena de cursos que prometem que qualquer pessoa possa aprender a cozinhar e a fazer uma refeição decente. Até dei uma olhada nos cursos que eles estavam oferecendo, mas como fiquei pouco tempo, passei lá mesmo só pra tomar o café da manhã.



Além de alguns eletrodomésticos bacanas, comida semi-pronta para duas pessoas, sucos, molhos e geléias, a loja-cozinha serve lanches rápidos e café da manhã. No café, pedimos ovos mexidos com bacon e torradas, suco de pêssego e café expresso com leite.

Confesso que o café não superou as minhas expectativas, a não ser pelas deliciosas geléias (raspberry, limão, morango e de laranja com cravo) que comemos com os pães, torrados na hora. As geléias são tão boas que a gente resolveu trazer. Pena que tivemos a infeliz idéia de colocar na bagagem de mão para ficar melhor protegida...

Infeliz idéia. No aeroporto, perguntado pela inglesa do raio-x se tinha alguma coisa líquida na bagagem de mão, ainda tentei, em vão, argumentar que as geléias não eram líquidas, eram pastosas, poxa! Não adiantou... Apesar de não achar o café imperdível, acho que vale a pena uma visita à Receipease, de preferência para fazer um dos cursos oferecidos... Já me decidi! Da próxima vez que for a Londres, vou me programar para fazer um deles.

Beijos e abraços

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1) Borough Market
8, SouthWark Street
London
SE1 1TL

2)
Receipease
Clapham Junction
Battersea
48-50 St Johns Road
SW11 1PR

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Grécia: comendo como os deuses!

Amigos e amigas,

convidei o amigo do blog, Tiago Prota, para escrever sobre as experiências culinárias de sua viagem de férias. Ele aceitou e trouxe esses relatos que serão publicados em três episódios: Grécia, o primeiro, Londres, em seguida, e Turquia por último.

Espero que gostem e quem sabe vocês não mudem os seus próximos planos de férias, hein? Sendo assim, por favor, não deixem de complementar os relatos do Tiago, okay?

Com vocês, a mitológica Grécia de Tiago Prota.

Beijos abraços

I) Atenas

Dois dias antes de embarcar para Atenas, explode uma verdadeira batalha campal na praça Syntagma, na frente do parlamento grego, onde os deputados estavam votando as severas medidas de corte de gastos públicos para diminuir a gigantesca dívida do país. Com as imagens de guerra e notícias de morte, bateu a insegurança, mas depois de muita pesquisa e muitos posts no tripadvisor, resolvemos manter o plano e seguir viagem para a Grécia.

Para nossa surpresa, a cidade estava bem calma e todos os serviços indispensáveis ao turismo – transporte e limpeza, principalmente – tinham voltado a funcionar. Muita gente diz que não vale a pena ficar em Atenas mais do que algumas horas e que um dia apenas seria ideal para conhecer as principais atrações. Bom, ficamos lá 4 dias e não foi suficiente...

I.1) Alothens (ao lado do restaurante Diogenes)

Em um dos dias, fomos visitar as ruínas da Acrópole e o museu novo. Depois de descer a montanha, passamos em uma ruazinha em direção à Plaka, bairro histórico, onde se concentram as lojinhas de souvenir e os restaurantes. No meio da rua fica uma praça bem arborizada, rodeada de restaurantes. Um deles, o Alothens, tinha mesas sob a sombra das árvores, um ambiente extremamente aconchegante.



O restaurante fica do lado do Diogenes, que é do mesmo dono e me pareceu ter a mesma qualidade. Não tivemos dúvida e nos sentamos ali mesmo. O atendimento foi excelente e a comida também não decepcionou nem um pouco.



Pedimos de entrada uma salada grega tradicional, com folhas verdes, tomates, azeitonas e queijo feta, tudo regado com muito azeite. Depois pedimos abobrinha recheada e cogumelos grelhados. A abobrinha estava boa, mas a surpresa ficou por conta dos cogumelos grelhados. Estava uma delícia.


Os cogumelhos eram pequenos, pareciam uma espécie de shitake, e eram recheados com blue cheese, tipo um gorgonzola ou rockefort e grelhados com muita manteiga. Estava tão bom que voltamos lá algumas vezes para repetir o cogumelo e experimentar outras coisas, entre elas a musaka, que é uma espécie de lasanha de berinjela com batata e mascarpone, que também estava muito boa. Ah, e a sobremesa também é sensacional: Iogurte com mel e nozes com baklava, um doce de nozes com massa folheada. Aliás, a textura e o sabor do iogurte são inigualáveis.


I.2)ApaXwB (ou o que quer que isso signifique)



Uma das dicas de Atenas que pegamos em um dos blogs de viagem era comer um Slouvaki (churrasquinho grego) em algum restaurante típico nas proximidades da praça Monastiraki. Esta praça está para Atenas assim como o largo da Carioca está para o Rio de Janeiro. É o centro nervoso, onde a qualquer hora do dia e da noite há muito movimento de carros e pessoas.

Nos arredores de Monastiraki estão todas as cadeias de fast food do mundo, lojas de bugigangas chinesas, lanchonetes e alguns poucos restaurantes típicos do verdadeiro churrasco grego. Não estou falando daquele kebab de carne de procedência desconhecida que você consegue comer em qualquer capital européia por 3 Euros. Nessas tradicionais bodegas gregas você escolhe se quer carne de carneiro ou frango. A atmosfera desses pequenos restaurantes é bastante rústica e alguns sequer oferecem o menu em inglês.


Depois de andar pelos arredores da praça, escolhemos comer no ApaXwB (bem, pelo menos era isso que estava escrito na placa...). Foi o menor que a gente achou e com certeza era de propriedade familiar. O pai na churrasqueira, a mãe no caixa e o filho na cozinha. Chegamos, sentamos e pedimos, em inglês, o cardápio. Ninguém da família falava inglês. Fomos socorridos pelos vizinhos de mesa, que nos explicou o cardápio com paciência, mas a explicação estava meio complicada e então pedi o que eles estavam comendo, em mímica.



Pelo que entendi você pode pedir somente a carne de sua escolha ou então tudo no pão Pitta, que é feito ali mesmo e vem quentinho. Estava muito bom. Só não conseguimos comer uma pasta apimentada de um queijo com sabor forte. Se vier a Atenas, um restaurante desses, tradicional, é uma parada obrigatória para um almoço.


II) Mykonos


II.1) Restaurante sem nome (Sensacional)

A badalação de Mykonos me lembrou muito Búzios, guardadas as particularidades. Praias muito bonitas, excelentes restaurantes, boates e um charme peculiar das ruelas do centro, com suas lojas de grife das mais variadas. Apesar da maior oferta de restaurantes estar em Chora, o centrinho de Mykonos, a melhor experiência que tivemos, não só em Mykonos, mas em toda a viagem, foi um restaurante sem nome, sem placa, escondido na distante praia de Agia Sostis, depois de Panormos.

As coordenadas para se chegar ao restaurante sem nome em Mikonos são: depois que passar pela entrada de Panormos, entrar a direita em direção a Agia Sostis. Na descida, você vai ver uma chaminé soltando fumaça. Ande em direção à chaminé e quando começar a sentir o cheiro de carne assada você terá certeza que está no lugar certo. Realmente. Chegamos e estacionamos o quadrículo que tínhamos alugado na ladeira e seguimos o cheiro até chegar no restaurante. O lugar é pequeno, deve ter umas 8 mesas no máximo, que ficam embaixo de uma pérgola que aproveita a sombra de uma árvore, que parece uma parreira. Isso tudo ao lado da praia de Agia Sostis. Apesar do tempo estar meio nublado, a vista do lugar é simplesmente sensacional. Não há palavras para descrever quão azul ou verde é o mar.





Quando chegamos fomos recebido bem pelo casal que administra o restaurante. Depois de sentar e dar uma olhada no cardápio, a mulher nos convidou para ver as saladas, que o pessoal da mesa do lado estava elogiando bastante. Quando entramos na casinha, vimos uma cesta cheia de cogumelos gigantescos, e a partir daí nem liguei para a salada. Pedimos cogumelos e berinjelas grelhados. Estava delicioso. Tão gostoso que resolvemos voltar de novo no nosso último dia, com tempo bom.

Na segunda vez que fomos, fomos igualmente bem recebidos. Mas dessa vez estávamos decididos a não repetir o erro e pedir a salada. Pedimos uma salada de espinafre com figos secos e outra de alcachofras. Sensacional! Só de lembrar a boca começa a salivar... Completamos com um polvo grelhado, cogumelos (última foto abaixo) e berinjela grelhados, tudo acompanhado do vinho da casa. De sobremesa, um brownie com creme de leite.





Se tivéssemos mais três dias em Mykonos, eu certamente comeria pelo menos dois deles lá de novo, para experimentar a lula grelahada, ou o cordeiro grelahado acompanhado de batatas assadas. Este restaurante é daquele que faz você desejar morar ali em Mykonos para poder, de vez em quando, comer e se sentir maravilhosamente bem.


II.2) Café Suisse

O restaurante sem nome foi indicado pela Giselle, uma suíça que casou com um grego e têm um café em Chora, que, aliás, serve deliciosos crepes, saladas e doces suíços, além do sorvete suíço Movenpick. Vale a pena comer qualquer coisa lá. Além da simpatia do casal, tudo é muito bem feito e gostoso. O cheesecake é muito bom e a calda, de morango, é despejada na base ao servir. Comemos também o crepe e uma salada verde com molho suíço (um creme branco muito gostoso que, me parece, levava queijo gorgonzola). O Café Suisse fica numa ruela ao lado da sorveteria Hagen Daaz. Tem um excelente post com fotos do Café Suisse neste blog.


Beijos e Abraços,


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I.1) Alothens
Praça Lisikratos, ao lado do café Diogenes
Próximo à Acrópole
Plaka - Atenas

I.2)ApaXwB
Nos arredores de Monastiraki
Atenas

II.1) Restaurante sem nome
Ladeira da Praia Agia Sostis
Mykonos

II.2) Café Suisse
Chora (centro) – ao lado da Häagen Dazs
Mykonos

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tiradentes, Um Festival!

Amigos e amigas,

o Viver Para Comer acabou despontando, no final de agosto, na cidade de Tiradentes, Minas Gerais. Cidade que é patrimônio histórico nacional, por ser um dos maiores centros históricos de arte barroca. Contudo, a cidade não é grande, de modo que em dois dias qualquer turista já passa a ser profundo conhecedor de todas as ruas, calçadas, monumentos e igrejas do local.


O final de semana que escolhemos para aportar em Tiradentes foi o final de semana de abertura do XIII Festival Gastronômico de Tiradentes. Isso para mim causou uma grande ansiedade: quais seriam as atrações, que seminários eu poderia aproveitar, quais restaurantes locais eu poderia visitar, quais novidades gastronômicas eu conheceria... Estas eram as questões que passavam pela minha cabeça!


Após algumas horas dentro de um carro, chegamos em Tiradentes. Sexta-feira fazia um frio abaixo de 6 graus celsius. Mas o que me assustou e até me decepcionou foram os preços indecentes que o festival estava cobrando para que pudéssemos experimentar o menu de alguns chefs convidados. Para se ter uma ideia, os preços dos menus degustativos iam, sem bebida e nem 10%, de 150 a 330 reais por pessoa. Um verdadeiro assalto! Resultado: não pudemos experimentar nenhuma invencionice dos chefs do festival.

De fato, o festival, para nós, se resumiu ao chope bebido no galpão dedicado as palestras e aos restaurantes locais que modelaram alguns pratos especialmente para o festival.



Mas nem por isso deixamos de aproveitar a cidade e, também, os restaurantes locais. Aliás, bons restaurantes, mas devemos ter em mente que são restaurantes bons sim, mas de uma cidade pequena e não de uma capital. Em outras palavras, são restaurantes pequenos, que necessiatam ser reservados com uma certa antecedência e ter paciência e jogo de cintura. A exemplo do jogo de cintura, posso lembrar da nossa espera no restaurante Trattoria Via Destra...

1) Trattoria Via Destra



O Via Destra fica na rua da Direita, uma espécie da "Dias Ferreira" de Tiradentes, e é muito pequeno. Escutei que o proprietário é um ex alto executivo que trabalhava em uma grande empresa de Belo Horizonte. Resolveu se aventurar no charmoso mundo de proprietário de um restaurante em uma cidade pequena.

Bom, tivemos que esperar por cerca de meia hora antes de entrarmos, pois não havia mesa para todos. E, quando entramos, ficamos em mesas separadas, pois não havia mesa grande para todo o grupo. Momentos depois fomos realocados em uma mesa onde cabiámos nós 6.

Todos os pratos servidos estavam muito bonitos. O meu risoto de funghi porcini estava excelente. Ouvi falar bem do prato preparado especialmente para o festival: filet mignon recheado de queijo, acompanhado de talharim com azeite trufado.

Para acompanhar pedimos um vinho argentino - Norton Malbec. Vinho bom.

Ressalto que, mesmo não tendo desgutado um dos menus fixos (caríssimos) do Festival, os restaurantes que fomos também tinham um preço elevado para a cidade.

2) Tragaluz

O Tragaluz era o restaurante mais aguardado por todos nós (reservamos com quase 1 mês de antecedência). Foi super recomendado. Ao sermos acomodados em nossa mesa, nos deparamos com a bela atriz Carolina Ferraz, que jantava em uma mesa ao lado, muito simpática e sorridente.



O restaurante muito bonito e acolhedor, com sua decoração rústica distoava da energia de um dos garçons, que parecia de mau humor ou não muito preparado para o ofício. Pedimos uma garrafa de vinho português, o Porca de Murça, que, ao prová-lo, percebi que não estava bom. Solicitei ao garçom que o trocasse - apesar da cara feia do rapaz, imediatamente o vinho foi trocado pelo argentino Finca El Origen Malbec 2007.



Pedimos de entrada um patê de Foie Gras (da casa) delicioso, bem temperado, envolto em uma base de fatias de bacon defumado. O melhor da noite na minha opinião!

Todos gostaram de seus pratos, muitos deles com influência da cozinha mineira. O meu também estava regular: pedi um filet au poivre vert. Infelizmente ele veio com sua base esturricada, embora por dentro estava ao ponto. Imagino que o filet tenha sido queimado em sua base no momento em que ele foi selado.



Outro prato que destaco foi o nhoque, feito com Pro Nobis (uma verdura escura típica de MG), com carne assada no molho escuro - bem saboroso e com gosto de comida caseira (ver foto abaixo). De sobremesa, pedimos um doce de leite com sorvete de queijo e lascas de parmesão - estava bem gostoso, apesar da ressalva com relação às lascas de queijo, mistura que não me agradou muito.


Mas, independentemente, foi uma noite agradável!

3) Pousada Três Portas

A maior surpresa de Tiradentes, gastronomicamente falando, foi a pousada Três Portas. Queríamos ter nos hospedados lá, mas devido a lentidão na coordenação entre as viajantes de nosso grupo, quando fomos fechar, não havia mais quartos disponíveis.

Mesmo não nos hospedado lá, soube que a pousada vendia queijos artesanais. Cheguei à Tiradentes pensando nestes queijos. Como o festival gastronômico para nós não existiu, tinha grande expectativas nos queijos artesanais do local.

Bom, chegamos na porta da pousada Três Portas (Isso mesmo, há três portas na pousada!) Tocamos a sineta, em uma das portas, e uma atendente olhou pra fora... Antes que dissesse qualquer coisa eu perguntei se ela possuía queijo pra vender.

Enquanto a atendente da pousada verficava se havia queijos à venda, um sr. que vinha em direção a porta em que eu estava falou: "Ei, o que você está fazendo... Entra, por favor... Te adianto que para vender não tem, mas para degustar tem de montão. Faço questão que você tome um café e prove os meus queijos"!



Esse simpático sr. era o Dr. Paulo, que logo depois explicou que era o pai do proprietário da pousada. Nos falou que todos os queijos já estavam reservados e, embora não tivesse para vendê-lo, ainda havia queijo para degustar!

Ele nos ofereceu dois queijos: 1) queijo tipo parmesão, que ele nos explicou que o real parmesão é curado por mais tempo e 2) queijo tipo Morbier, onde o original é produzido na cidade de mesmo nome. O queijo morbier tem um friso de fungo no meio dele!

Não preciso dizer que além da simpatia do Dr. Paulo, todos os queijos estavam deliciosos. Ele me garantiu que todos os queijos são produzidos de forma artesanal, com leite orgânico (pasto natural e sem químicos estimulantes) obtidos na fazenda de sua propriedade.

Bom, fica a dica, dos queijos e de hospedagem. Falam que o café da manhã da pousada é de se emocionar!


Por último vale ressaltar os diversos bares existentes em Tiradentes. São tantos, que não posso destacar apenas um. Isto é possível checar na in locus.



Outra dica ao viajante é não deixar de visitar a loja do Chico Doceiro - uma verdadeira instituição local. O seu doce de leite caseiro que recheiam biscoitos em forma de cone é um diferencial de Tiradentes. Há também cocadas e outros doces para quem gosta.

Tiradentes, como cidade, me surpreendeu muito. E os seus restaurantes... São de perder os dentes! ;-)


Beijos e Abraços


Twitter
@viverparacomer



Trattoria Via Destra
Rua Direita, 45 - Centro - Tiradentes
Tel.: (32) 3355-1906

Tragaluz
Rua Direita, 52 - Centro - Tiradentes
Tel.: (32) 3355-1424

Pousada Três Portas
Rua Direita, 280 A - Centro - Tiradentes
Tel.: (32) 3355-1444

Chico Doceiro
Rua Francisco Pereira de Moraes, 74 - Centro - Tiradentes
Tel.: (32) 3355-1900

Quem sou eu

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Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!