quarta-feira, 23 de abril de 2014

Quem tem boca vai a Roma

Amigos e amigas,

durante as minhas férias usei a máxima do ditado popular destacado no título acima e fui de mala e cuia buscar as delícias em Roma. De forma diferente das minhas demais viagens, não fiz nenhum planejamento gastronômico: não busquei nenhum guia, nem pesquisei quais eram os restaurantes recomendados. Minha meta era apenas uma: comer a melhor massa/pizza que pudesse encontrar em Roma e provar todos os gelatos possíveis.

Quando não se tem planejamento, não se tem expectativas. No entanto, também há decepções.

Como não amar a Itália?
simplicidade que traduz o sentido de 'menos é mais'

Dada a premissa de como seria a minha viagem, chegamos cedo em uma Roma que conecta o seu aeroporto à cidade através de trem/metrô e fomos explorar os diversos bairros e monumentos históricos. Confesso que não tenho intimidade com a Itália (era minha primeira vez) e muito menos com a língua italiana. Mas nada que meia hora andando não nos equalisasse em um país de língua latina.

Mas, gastronomicamente falando, no início tive uma dificuldade de comer coisas que não fossem o óbvio. Mas Roma, em particular, é mais fácil pois todo mundo fala inglês. Depois comecei a ler algumas dicas  sobre a diversidade gastronômica italiana no blog Comer e Coçar, que tem muitas informações excelentes sobre a Itália - em especial sobre a gastronomia da Toscana.


Presunto, pesto, queijos e embutidos típicos da Itália

Ficamos em um apartamento localizado na Via Rasella - 5 min a pé da Fontana di Trevi, 5 min da estação de metrô Barberini -, o que na minha opinião foi uma grande vantagem para explorar a cidade.

O tempo todo me sentia em um filme: às vezes, em um filme de Fellini, noutras de Rosselini.  Uma cena em particular parecia ser como nascem os "The Godfathers" italianos. Mas, sem dúvida, a Roma de Woody Allen era incessantemente reconhecida: em especial aquela do guarda no meio da rua, na Piazza Venezia, de frente ao monumento Victor Emanuel.

Talvez esse filme do Woddy Allen seja um dos piores dele (na minha opinião), mas é um verdadeiro guia da cidade: Fontana di Trevi, Coliseu, Piazza di Spagna, Forum Romano, Círculo Massimo, Campo di Fiori, Trastevere, Piazza Navona, Piazza del Popolo, Vila Borghese, dentre outros pontos turísticos que são apresentados no filme. É só prestar atenção e anotar.

No tocante às comilanças, eu tinha um projeto que era comer todas as pizzas e gelatos possíveis da Itália. Assim, fomos a duas gelaterias que, na minha opinião, eram sensacionais: a Old Bridge de Trastevere (atrás do rio Tevere, que corta Roma) e uma do lado da Fontana di Trevi, San Crispino.

Grano, Frutta e Farina

Bem próximo da Piazza di Spagna havia uma rua com diversos restaurantes interesssantíssimos.
No entanto, acabamos parando em uma 'padaria' que oferecia uma pizza "al taglio" simples, mas muito gostosa. O que era para ser uma entrada acabou sendo a refeição de uma das nossas noites. A padaraia se chama Grano, Frutta e Farina e, caso não queira comer pizza e sim ir a a bom restaurante, é uma referência pela quantidade de restaurantes da área. Há um simpático cearense trabalhando nela.

Pizza al taglio: provei quase todos os sabores

Na verdade, nessa região foi onde eu comecei a pirar com as lojas de queijo, salames, limoncello etc. Tudo que eu via ou comia no balcão ou comprava para comer mais tarde no apê. Mesmo não falando 'niente' de italiano conseguia buscar umas novidades para o meu paladar relacionado ao mundo dos embutidos. Aliás, essa viagem me deixou preocupado pela primeira vez com a alfândega brasileira: "será que pode entrar no Brasil com salames, azeites e queijos italianos?" Não quero saber a resposta! rs.

Em Trastevere, fui a um restaurante que teve um dos piores atendimentos de toda a viagem. Acredito que foi o ponto fora da curva de toda a viagem... Não vou citar o nome, pois não lembro. Mas recomendo tomar cuidado com restaurantes muito bonitinhos que são verdadeiras armadilhas para turistas.
Bruschettas do That's Amore

Falando em restaurantes muito bonitinhos, do lado do nosso apartamento havia um restaurante bem charmoso chamado That's Amore: serviço simpático comida boa e preço pra turista americano. Pequeno e todo decorado com fotos de diversos filmes (That's Amore é um filme americano das antigas), via-se apenas estrangeiros no restaurante. Lembro de umas bruschettas bem gostosas.

Cul de Sac é o lugar para beber vinho no centro de Roma. Não recomendo ter expectativa de almoço bom, mas que vá ao Cul de Sac para beber diversos rótulos por preços que fariam donos de supermercado no Rio ter vergonha dos preços que cobram por aqui. Bons petiscos para acompanhar também.

O melhor fettuccine da minha vida.


Agora, sem dúvida, o melhor restaurante que fui em Roma foi o Maccheroni: o melhor fettuccine de trufas que já comi na vida. O canelone de ricota com espinafre da casa também é sansacional. Um tiramisú de deixar os adoradores de sal babando. Fica em local meio que escondido no centro de Roma, mas muito legal: piazza delle Coppelle. Sem dúvida, foi a melhor comida que encontrei em Roma.

Valeu.
Esse foi a nossa primeira parada na Itália e já estava emocionado com todos os sabores.

Beijos e abraços,

Twitter/Instagram
@viverparacomer


Il Gelato de San Crispin
Via della Panetteria, 42 - Roma - Centro Histórico
Tel.: (39) 06 679 3924

Gelataria Old Bridge
Via della Scala, 69/70 - Roma - Trastevere

Grano, Frutta e Farina
Via della Croce, 49a - Roma 

That's Amore
Via in Arcione, 115- Roma 
Tel.: (39) 06 679 0302

Cul de Sac
Piazza di Pasquino, 73- Roma 
Tel.: (39) 06 6880 1094

Ristorante Maccheroni
Piazza delle Coppelle 44 - Roma 
Tel.: (39) 06 6830 7895

Quem sou eu

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Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!