segunda-feira, 31 de maio de 2010

CT Brasserie & Pastis

Amigos e amigas,

no último final de semana, resolvi conhecer o restaurante CT Brasserie, localizado no São Conrado Fashion Mall. Esse restaurante inaugurou no final de 2008 e é um empreendimento pertencente ao chefe-estrela Claude Troisgros. No entanto, o chefe Troisgros não é o orquestrador da cozinha do CT Brasserie: a batuta fica na mão de um outro francês, de nome Didier Labbé.

Mas nem por isso o restaurante perde o encanto!

O restaurante me lembrou muito o célebre Pastis de New York City (NYC). O Pastis é um french bistro localizado no bairro da moda de Manhattan - o Meatpacking District. Ele serviu como locação para as cenas iniciais e finais do filme Melinda & Melinda (Woody Allen), é citado no filme Diabo Veste Prada e também em um dos episódios do seriado Sex And The City.

Bom, assim como o Pastis, o CT Brasserie tem aquele toldo vermelho na entrada, aquelas portas, portais e janelas de madeira, típicas dos bistrôs franceses, e aquele interior com uma cara de restaurante saído de filme da Piaf - old school total.

Se o Pastis está cercado de lojas de roupa de grife, o CT Brasserie está entre o Espaço Lundgren e o Empório Armani... O mais engraçado entre as semelhanças é que até o desenho gráfico dos cardápios do Pastis e do CT Brasserie é muito parecido.

Dentro do CT Brasserie há uma cozinha totalmente aberta e uma vista muito bonita para o verde que contorna o bairro de São Conrado. Essa vista, o Pastis não tem!

E quanto à comida?

Espetacular!

Nas palavras do próprio Claude Troisgros, o CT Brasserie não é um lugar para "invencionices". Lá é comida típica de bistrô: plateau de ostras, escargot à provençale, moules marinierès... Aliás, foi justamente uma panelinha de moules marinierès avec frites, mexilhão cozido no vinho branco com batata frita, que eu comi quando fui ao Pastis.


Pedimos de entrada no CT Brasserie um Steak Tartare da Tia Madeleine. Posso dizer que foi um dos melhores steak tartare que já comi. E olha que de steak tartare eu entendo - tenho uma receita excelente, que em breve posto por aqui! O diferencial do tartare do CT, ao meu ver, é que eles utilizam um ovo cozido picado em pedacinhos bem pequeninos. E, curiosamente, notei que a carne era picada em pedaços um pouco maiores que a média dos demais steaks tartares. Mas, sem dúvida, o grande diferencial é o tempero utilizado para unir todo o conjunto da obra. Sensacional. Vale a ida ao restaurante.

De prato principal, o grupo que me acompanhou pediu um Filet Mignon em crosta de Alecrim com molho bearnaise e Gallete de Batata Ana (uma espécie de mil folhas de batata, foto ao lado), Linguado Crocante Quinua com banana caramelada com purê de batata baroa (foto abaixo) e um Bife de Chorizo com pimenta e arroz croc croc, que é arroz simples coberto de arroz selvagem estourado - totalmente inovativo, este arroz parece com pipoca.

Cada prato mais bonito que o outro, e mais importante: todos deliciosos!

De sobremesa, foram pedidos 1) petit gatêau de chocolate com sorvete de creme e uma deliciosa calda quente de chocolate amargo e 2) ovos nevados com amêndoas - este último, além de fenomenal, é recomendado pelo próprio Troisgros! (ver foto mais abaixo.)

Uma última semelhança entre os dois restaurantes é em relação à gorjeta. Em ambos os restaurantes se cobram mais do que os tradicionais 10%. Bom, em NYC todos os restaurantes deixam por conta do cliente a tip, mas o comum é deixar uns 15% (até 20% nos melhores restaurantes). O CT Brasserie, por sua vez, já imputa na nota final algo cerca de 12% a mais sobre a conta, enquanto a lei brasileira estabelece gorjetas opcionais de 10%.



Talvez a única crítica ao CT Brasserie seja essa cobrança adicional, ao final da conta. Até porque o serviço de lá não é melhor nem pior que os demais restaurantes do RJ - ou seja, no tocante ao serviço é sem "invencionice" mesmo! Aliás, algumas vezes foi difícil estabelecer uma comunicação com o garçom, já que o restaurante estava bem cheio!

No entanto, a comida vale cada 2% ou 3% a mais cobrados na nota!

E, sinceramente, embora o Pastis seja muito bom e imperdível para quem visita NYC, a comida do CT Brasserie é, sem furos, melhor. E o melhor: é logo ali, em São Conrado - uma dádiva para os cariocas e uma oportunidade para quem visita o Rio.

Que Marravilha!

Beijos e abraços.

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@viverparacomer



CT Brasserie
Estrada da Gávea, 899 - 3º Andar, São Conrado
São Conrado Fashion Mall
Tel.: +55 21 3322-1440

Pastis
9 9th Avenue, Meatpacking District - Manhattan
New York City
Tel.: +1 (212) 929 4844

sábado, 29 de maio de 2010

Nova Zelândia

Amigos e amigas,

chegamos ao quarto e último post da saga "Oceania". Neste post falarei sobre três restaurantes da Nova Zelândia... Três restaurantes de três cidades diferentes. Por opção, falarei apenas sobre a Ilha Norte, já que é onde se encontram as duas cidades mais cosmopolitas da Nova Zelândia: Auckland e Wellington. Justamente nestas cidades é onde se encontram os principais restaurantes da NZ.

Reconheço que a Ilha Sul também tem ótimos passeios, ótimos restaurantes e diversas vinículas. Os vinhedos abaixo são de Gibbston Valley, Central Otago... Imperdível. Lake Hawea, Arrowtown, Cromwell, Alexandra, Wanaka e a pop star Queenstown são algumas das cidades que estão na região vinícula de Central Otago. É... Mas, não dá pra falar de tudo!



Antes de começarmos, pergunto a vocês quais são as diferenças entre as bandeiras da Nova Zelândia e da Austrália? Se você leu o meu 1º post sobre Austrália, você vai lembrar que eu comecei o post, assim como esse, com uma bandeira. Naquele comecei obviamente com a bandeira da Austrália... Não sabe? Bom, reveja o post australiano e compare!

Bom, como já anunciado, a Nova Zelândia é composta por duas ilhas (norte e sul) e está situada a cerca de 3 horas de voo da Austrália – é isso mesmo... Não é tão pertinho da Austrália, não!

Primeiramente habitada pelos polinésios no século XII, devido ao seu isolamento a Nova Zelândia possui uma fauna distinta e frutos também. A diferença entre a fauna da Austrália e a da Nova Zelândia é que na nesta não há dead creatures – não há tubarões, nem aranhas ou cobras venenosas.



Os polinésios, primeiros colonizadores, são chamados de maoris e nomearam a Nova Zelândia de Aotearoa (Terra da Grande Nuvem Branca). Coincidência ou não, vi muitas nuvens brancas ao chegar em Auckland – maior cidade da New Zealand. Os maoris possuem cultura própria e, inclusive, tradições culinárias interessantes: o Hangi, por exemplo, é uma delas...

O Hangi é uma tradição de cozinhar alimentos enrolados por panos embebecidos em buracos nos solos sobre rochas escaldantes. Cobrem-se esses buracos e só retornam a comida pronta depois de horas (cerca de 12 horas). Os alimentos geralmente feitos pela tradição Hangi são carne de porco, frango ou cordeiro, acompanhado de generosas porções de vegetais, como, por exemplo, cenoura, batata, batata doce, cebola e alface.



O Hangi é realizado em ocasiões especiais – um kiwi-guy (neozelandês) me disse que, no período de natal, é possível ver, ao andar de carro pelas terras ao lado das estradas, diversas fumacinhas saindo de baixo da terra, indicando onde estão sendo preparados os Hangis maoris. Infelizmente, não pude provar, mas todos me disseram que os alimentos preparados de acordo com as tradições do Hangi maori ficam deliciosos.



Os kiwis tem tradições culturais interessantes, a começar pela língua. Embora a Rainha Elizabeth II, da Inglaterra, seja a rainha da Nova Zelândia (e da Austrália também) e os neozelandêses falarem inglês, é um inglês difícil pra caramba de se entender. A pronúncia é bem delicada... Lembro dos meus primeiros contatos na NZ - fiquei preocupado. Mas o maior exemplo de diferenciação da pronúncia é o six (6) ser pronunciado como "sex" e o sex (sexo) ser pronunciado como "six". "Little bit" soava como "little butt"...



O esporte dos caras é a vela e o rugby. Os caras são o "Brasil" do rugby - possuem há muito tempo a melhor equipe de rugby do mundo. O time deles são reconhecidos pela carinhosa alcunha de All Blacks e os caras são mal encarados pra caramba. O engraçado é que todo início de jogo o All Blacks faz uma dancinha de apresentação, conhecida como Haka (ver foto baixo). Em 2011, eles sediarão a copa do mundo de rugby... Aliás, conversando com um "tarado" por rugby na NZ, descobri que eles chamam o nosso futebol de "puffball"... É... o rugby é barra pesada mesmo!



A Nova Zelândia é um país desenvolvido. No entanto, o que eu constatei é que a NZ é basicamente agrária: da Ilha Norte à Ilha Sul, o que mais se vê são campos cultivados. As principais indústrias exportadoras são a agricultura, a pesca e a silvicultura. Eles tratam com muita seriedade o serviço de turismo - com os diversos atrativos naturais, eles sabem e exploram o turismo até a última gota. Ah se o Brasil e o Rio de Janeiro, particularmente, soubessem aproveitar o potencial que há por aqui...



O país é também um dos maiores produtores de kiwi e uva. Produz também, em grande quantidade, lã... É possível ver ovelha pra tudo que é lado - no início é até bonitinho, mas depois ninguém aguenta mais, rs! Ah, é claro: o país é um dos melhores produtores de vinho do mundo - o Pinot Noir de Central Otago é pau-a-pau com os da Borgonha. Não posso esquecer de dizer do Sauvignon Blanc de Marlborough, uva de vinho branco, que transforma a NZ em um dos maiores e melhores produtores desta cepa. Confesso que aprendi a gostar muito dos vinhos feito a base de Sauvignon Blanc, durante a minha estada por lá.



Como dito acima, além da fruta kiwi, há também o pássaro kiwi, que curiosamente não tem asas e a sua coloração lembra muito a fruta kiwi... É um bicho um tanto quanto curioso, só há na NZ e juntamente com fern (uma espécie de samambaia) é um dos símbolos da NZ. Eles gostam tanto desse pássaro que tem até museu-parque contando a sua história. (Foto ao lado, Kiwi Bird)

I) Ilha Norte

Quando estávamos planejando a viagem para a Nova Zelândia, algumas pessoas me disseram: "cara, nem vai na ilha norte, pois, como a ilha sul é muito melhor, nem vale!". Não é bem assim.

A Ilha Norte é sensacional. Eu, particularmente, adorei todas as poucas cidades que conheci. Inclusive, os três restaurantes que postarei aqui são de arrebentar!



Mas, antes de entrarmos na gastronomia, é preciso comentar sobre as características da Ilha Norte. Inicialmente, quanto à geografia do local, a Ilha Norte possui alguns vulcões ativos e muitos gêiseres - gêiser é uma nascente termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor para o ar.

Outra atração mundialmente conhecida: lembra do comercial do casal em que o marido queria fazer snowboard e a mulher queria passar as férias na praia??? Pois é... É justamente na Ilha Norte, onde é possível fazer snowboard e ir à praia no mesmo dia - mais precisamente no Mount Taranaki. Aliás, foi nessa montanha em que foi filmado o Último Samurai...



Talvez a aventura mais surpreendente da Ilha Norte seja a visita à White Island (ou Whakaari em Maori), que fica, de barco, a 3 horas da costa (só a ida); e de helicóptero, 15 minutos. A White Island é uma ilha vulcânica ativa. É muito interessante porque é possível andar em sua superfície, que parece uma cratera lunar, onde seu centro possui um lago ácido incrível. O vapor exalado pelas suas fendas atinge a temperatura média de 800ºC. Dizem que o mergulho pelos arredores da ilha é sensacional também. Cheio de lagostas, os grupos de mergulhadores pescam as lagostas e as assam nas fendas submersas. Para se chegar até lá é necessário ir até a cidade de Whakatane (se pronuncía "Fakatane"). A Vulcan leva de helicóptero e a empresa White Island Tours leva de barco.

As cidades de Rotorua e Taupo são as mais famosas da região. Há muitas atividades para os turistas, desde shows e apresentações dos Maoris, como esportes radicais: salto de pára-quedas, balonismo, rafting nos rios e bungee jump... Bom, bungge jump tem por toda a Nova Zelândia. (ver foto da queda d'água em Huka Falls, em Taupo)


Dois locais que não pude ir na Ilha Norte, mas que gostaria de ter conhecido, são Raglan e Waitomo Caves. Os dois são localizados na ala noroeste da Ilha Norte, ao sul de Auckland. Raglan fica na costa e dizem que é a melhor onda da NZ. E Waitomo Caves é uma caverna em que se pode fazer diversas explorações.

I.1) Tauranga

Tauranga foi a nossa primeira base na NZ. É a cidade principal da região conhecida como Bay of Plenty. É muito bonita, tem praias, onda, mas achei, mesmo com sol, um pouco fria - aliás, a NZ toda.

Destaque de Tauranga é a subida do Mount Maunganui. A vista lá em cima é lindíssima. As Hot SaltWater Pools, piscinas salgadas de água quente, também são bem interessantes. (Foto ao lado, dentro do complexo de piscinas, de frente para o Mount Maunganui. Foto abaixo, vista do topo do Mount Maunganui)

A cidade é pequena e tivemos a oportunidade de chegar no dia do "Blues, Brews and Barbecue" - festival de cerveja, churrasco e Blues. Tentamos ir e... não coseguimos. Foi bom, pois, ao sair da entrada do festival, fui parado por uma blitz da lei seca, que, sem me deixar falar, já havia medido o teor de alcóol em meu hálito. "No Alcohol", apareceu no medidor!



E, ao sair deste evento, pude comer no restaurante chamado... Armazém!

Armazem Restaurant & Bar
305 Maunganui Road, Mount Maunganui - Tauranga
Tel.: +64 07-574 7773

Restaurante de um brasileiro, do Espírito Santo, que serve os clássicos da nossa maravilhosa comida: pão de queijo, cerveja Brahma, picanha etc. Cara, depois de quase um mês fora do Brasil, realmente dá muita vontade de comer comida brasileira. E o Armazém não decepciona não!

De entrada, pedimos lulas fritas à milanesa e uma porção de pão de queijo. O pão de queijo estava sensacional mesmo. Conversando com Lucas Fleury, um dos sócios, ele me disse que é tudo importado do Brasil e seguem-se fielmente as receitas regionais. A carne é neozelandesa, mas o corte é brasileiro.



Como prato principal, pedi um filé à parmegiana, com arroz branco e fritas. Carol pediu um Cheesepicanha - também ótimo. Para quem estiver na Nova Zelândia e quiser provar o tempero brasileiro, ou recomendar a um Kiwi algum restaurante brasileiro, este é a grande dica.

I.2) Wellington

Wellington é a capital da Nova Zelândia. Não é a mais populosa, mas é uma cidade muito povoada: tem 600 mil habitantes que moram entre o porto e os morros que estão no seu entorno. É uma cidade bem agradável, mas extremamente fria. Venta muito. Aliás, uma das grandes diversões da cidade é ver os aviões pousando... Bate uns ventos laterais que parecem que os pilotos estão bêbados.


As principais atrações da cidade são o Museu Te Papa e a visita ao congresso neozelandês, que tem um formato de colméia - o beehive. Em um dia de sol, vale a pena pegar o Cable Car (bondinho) que faz um passeio panorâmico pelos morros de Wellington, entre Lambton Quay (parte mais baixa) até próximo do Wellington Botanical Garden (parte mais alta). (A foto ao lado, em que o Sir John Plimmer está acompanhado do seu cachorro, Fritz, é onde se encontra o início da ladeira em que se pega o bonde na Lambton Quay).

O Museu Te Papa possui a história da ocupação dos maoris na NZ e também da ocupação inglesa - tudo de forma ilustrativa. Fala da formação geográfica da Ilha Norte e da Ilha Sul... E fala também da cultura maori. O que é imperdível é a ala da fauna marítima da costa da NZ. Está à mostra a maior lula gigante encontrada até hoje - vale muito!


Wellington é a última cidade ao sul da Ilha Norte... De ferry boat, até a cidade mais próxima na Ilha Sul, Picton, são cerca de 3 horas e meia.

Há muitos restaurantes em Wellington. Infelizmente, não tivemos tempo para ir em muitos, mas o Boulcott Street Bistro é muito aconchegante e a comida, deliciosa.

Boulcott Street Bistro
99 Boulcott Street - Wellington
Tel.: +64(04)499-4199
http://www.boulcottstreetbistro.co.nz/home.html

Pequeno restaurante localizado próximo ao Lambtom Harbour. Lembro que estava um frio de foca! Fiquei muito emocionado em um ambiente tão quentinho e iluminado. Muito bem decorado e harmonizado, depois das 20h faz fila no bar, localizado no interior do restaurante.


A comida é um mix de tradições francesas com neozelandesas. De prato principal, pedi um clássico neozelandês, uma Braised Lamb Shank - é a canela do cordeiro, cozido lentamente. Este prato veio acompanhado com um purê de batata e ervilhas.



A Carol pediu um filet ao molho de vinho tinto, acompanhado de um molho béarnaise para acompanhar as french fries... Um clássico francês! Ambos os pratos estavam deliciosos.

Abaixo fica uma foto da sobremesa: profiterolis! O sorvete de Baileys recheava as carolinas e a calda de chocolate a complementava. Muito interessante.



Bom, existem diversos restaurantes em Wellington, mas faço questão de registrar o Boulcott Bistro, por ele ser muito charmoso!

I.3) Auckland

Tivemos muito pouco tempo em Auckland. Somente uma noite, então realmente não dá pra falar muito...


No entanto, Auckland é a cidade de maior área metropolitana da Nova Zelândia, mais importante, mais populosa e a capital financeira do país. Com uma população de aproximadamente 1,4 milhões de habitantes, contando região metropolitana, Auckland detém cerca de 31% da população do país. Foi fundada em 1840 e foi a capital da Nova Zelândia até 1865.

Umas das características da cidade é que ela se localiza sobre um vulcão e há um grande número de gêiseres no local. Do lado direito, o mar do Pacífico; do esquerdo, o mar da Tasmânia.

Tem diversas ilhotas vulcâncias, bem próximas, que podem ser visitadas. Há um bugee jump gigante no topo do Sky Tower de Aukcland - um prédio alto pra chuchu, que possui um observatório que dá pra ver toda a cidade. Reparem no cara dependurado pelas cordas, do lado de fora das janelas do Sky Tower. Momento paradinha do Terror!

E, como toda cidade grande, Auckland também possui as suas barraquinhas de venda de Hot Dogs. Encontramos uma barraquinha de Hot Dog alemão, comum lá, de nome Fritz's Wieners... Très chic, rs.

Cin Cin on Quay
99 Quay Street, Auckland Ferry Building, Downtown - Auckland
Tel.: + 64 9 307 6966
http://www.cincin.co.nz/

Esse restaurante fica na plataforma de embarque dos ferries que saem do downtown em direção a diversas ilha nos arredores de Auckland. Fica de frente para a marina e a vista para a saída dos barcos transforma a refeição em um verdadeiro tour.


O restaurante é muito bonito e a comida, mais ainda. Pedi um clássico neozelandês: costeleta de cordeiro com baby carrots e outros vegetais. A carne bem suculenta e macia. Melhor do que isso impossível.

De sobremesa, um tartelete de chocolate com sorvete de creme e calda de berries (frutas vermelhas).


Esta foi minha última refeição em terras neozelandesas, na verdade, na Oceania. Mas espero retornar à terra da grande nuvem branca, pois, além de ter uma beleza incomparável, é um lugar bem hospitaleiro (inclusive, não há necessidade de visto), com um povo bem receptivo e uma excelente comida.

Uma coisa eu já adicionei ao meu cardápio semanal: kiwi. Mas Kiwi Gold só se encontra na New Zealand!

Beijos e Abraços!


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Armazem Restaurant & Bar
305 Maunganui Road, Mount Maunganui - Tauranga
Tel.: +64 07-574 7773

Boulcott Street Bistro
99 Boulcott Street - Wellington
Tel.: +64(04)499-4199
http://www.boulcottstreetbistro.co.nz/home.html

Cin Cin on Quay
99 Quay Street, Auckland Ferry Building, Downtown - Auckland
Tel.: + 64 9 307 6966
http://www.cincin.co.nz/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Julie & Julia

Amigos e amigas,

acabei de assistir ao filme Julie & Julia, da diretora Nora Ephron. Não resisti e resolvi escrever um pouco sobre este filme gastronômico.

Nora Ephron é uma escritora e diretora/roteirista clássica de filmes novaiorquinos como Mensagem Para Você, Harry e Sally, A Feiticeira, Sintonia de Amor e outras coisas. Talvez ela tenha se especializado em filmes leves, femininos...

Em Julie & Julia, Nora repetiu a fórmula - uma estória água com açúcar (açúcar francês), uma grande estrela (no caso, Meryl Streep) e temperado com algumas cenas cômicas. A diferença é que este filme é baseado, não em apenas uma, mas em duas histórias reais.

Julia Child é uma norteamericana, dona de casa, que vai morar na França em 1949. Julie Powell é uma norteamericana que está insatisfeita com o seu trabalho em NY.

Julia decide aprender a cozinhar, na França da década de 1950, se apaixona pela gastronomia e escreve uma bíblia sobre a cozinha francesa - este passa a ser o livro de culinária mais importante das donas de casa dos EUA.

Julie, moradora do Queens em NY, resolve em 2002 se ocupar com um blog de comida, o Julie/Julia Project, onde ela tem a missão de registrar as experiências ao realizar as mais de 500 receitas que Julia havia escrito na França.

O melhor do filme foi mostrar descoberta da atividade que mais dava prazer as duas personagens principais - a gastronomia - intercalando a França 1950 com a NY de 2002. E, realmente a diretora teve qualidade pra equilibrar estas duas histórias pois, se a gastronomia hoje é um assunto baladado, Julia Child foi uma pioneira a enfrentar as críticas e preconceitos de seguir as aulas no lendário Le Cordon Bleu.

Meryl Streep, que interpreta a Julia Child, está impressionante. Ela conseguiu incorporar o mito - inclusive a voz de taquara rachada que Julia possuía. (Veja na foto abaixo, as similaridades entre Meryl Streep e a verdadeira Julia Child)


Quem quiser tirar a prova desta voz de desenho animado é possível ver em alguns dos episódios em The French Chef, que está no YouTube, a Julia Child real em ação. Deixo o link do episódio The Omellete Show - aliás ótima receita.

De qualquer forma, não deixe de ver Julie & Julia. Se você não descobrir uma nova paixão, vai ao menos sair com vontade de ir à um bom restaurante!

Ao final, se quiser comer um Boeuf Bourguignon - prato super comentado no filme - e estiver com vontade e disposição de fazê-lo, que tal seguir a receita disponibilizada no Viver Para Comer, em novembro de 2008. Basta acessar o link Boeuf Bourguignon.

Voilà et Bon Appétit!

Beijos e abraços,


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terça-feira, 18 de maio de 2010

Restô Ipanema

Amigos e amigas,

é com um enorme prazer que trago uma novidade para o blog. Por recomendação do músico e amigo do blog, Léo Morel, em um domingo sem muita expectativa, fui a um restaurante recém inaugurado chamado Restô Ipanema. Bom, suspeitei que fosse um restaurante francês, pois "restô" é justamente como os franceses chamam os restaurantes. É... imagino que seja uma derivação da escrita francesa restau, abreviação de restaurant.


Localizado na rua Joana Angélica, esquina com rua Nascimento Silva, esse restaurante é na verdade um bistrô - pequenino, com cara de restaurante de bairro. Tempos atrás havia no mesmo lugar um restaurante italiano, se eu não me engano se chamava "Trattoria Del Borgo", que era, sem meias palavras, sem graça.

Já sabia que tinha havido uma mudança, mas esperei que alguém me confirmasse se valeria a pena ir na novidade ipanemense. E como... como vale!

O pequeno restaurante possui janelões e é cercado por um jardim que dá a sensação de você estar fora da cidade. Por ser pequeno, o restaurante estava lotado, o que fez com que esperássemos uns 15 minutos no bar. Pelo visto, os moradores habituais do bairro gostaram da mudança - muitos até se cumprimentavam.



Como toda novidade, acredito que o restaurante tem muitas coisas para melhorar. Foi notória a demora de todos os pratos pedidos. Também ouvi comentário da demora na mesa ao lado. Como o Restô é pequeno, talvez lhe falte estrutura física para atender a todos em um dia cheio.

No entanto, mesmo com o problema da demora, o atendimento é muito educado e atencioso. Mas o ponto forte é a comida... Que tal começar com um mix de pastéis: funghi, parma, três queijos e carne. Simplesmente divino.



Como prato principal, um salmão coberto de ervas frescas, acompanhado de uma batata recheada de queijo de cabra, envolto em uma fina e crocante fatia de bacon! Também foi pedido um risoto de funghi com brie - me pareceu que tinha uma quantidade de nozes ou amêndoas trituradas... Mas realmente não sei, pois não li o cardápio adequadamente. Ambos os pratos estavam estupendos. Vale comentar que há um esquema de "tapas", ou seja, pratos em pequenas porções para quem não quer comer muito ou quer experimentar diferentes pratos - esse era o caso do risoto, que vinha numa tigelinha pequena.

Um destaque especial foi a sobremesa: uma torta de limão em quatro andares. A cobertura era uma espécie de claras em neve, ligeiramente queimada. O terceiro andar era feito a base de creme de limão com uma acidez perfeita. O segundo andar era de sorvete de creme - mais simples, impossível. O primeiro andar, uma verdadeira massa podre.



No final do almoço, foi possível ver o chefe circulando pelo salão. Algumas senhoras, em uma mesa ao lado, chamaram-no e fizeram tantos elogios que fui incapaz de poder lhe falar o quanto gostei... Bom a senhora era uma figura... Ela virou-se para nós e proferiu "sorte da moça que se casar com ele!". É... Acho que, assim como a senhora da mesa ao lado, eu virei fã do Restô! E faço das palavras delas as minhas: "até o café deles é gostoso!".

Beijos e abraços.

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Restô Ipanema
Rua Joana Angélica, 184 - Esquina com Rua Nascimento Silva
Tel.: 21 2287-0052

sábado, 15 de maio de 2010

Os 50 Melhores Restaurantes do Mundo

Amigos e amigas,

no dia 26 de abril foi anunciado o resultado do concurso que elege os 50 melhores restaurantes do mundo de 2010, The S.Pellegrino World’s 50 Best Restaurants. O grande vencedor desse ano, para a surpresa dos food lovers foi o restaurante dinamarquês chamado Noma, localizado em Copenhagen.



O que me causou grande curiosidade era saber como foi organizado este concurso. Bom, descobri que os organizadores contavam com uma equipe de jurados de mais de 800 pessoas espalhadas pelo mundo. Estas 800 pessoas são divididas em 27 regiões pelo mundo. Cada região possui um juri-presidente.

O brasileiro e crítico gastronômico Josimar Melo foi o juri-presidente da região South America. Cada juri-presidente possuía uma comitiva de juris ligados a sua região. E cada juri poderia votar em 5 restaurantes - sendo que no máximo em três de sua própria região e obrigatoriamente, no mínimo, em 2 restaurantes fora de sua própria região.

Foi desse modo que o restaurante Noma desbancou o aclamado chefe Ferran Adriá - chefe da década - com o seu restaurante El Bulli. Li que o chefe responsável pelo Noma trabalhou com Ferran Adriá tempos atrás... De qualquer forma, deve ter sido um corte no ego das "estrelas" mundiais. Mas, para nós mortais, isso é muito bom, pois temos motivos para visitar e conhecer a Dinamarca, não é?



Agora, não me pergunte que comida o Noma serve, que eu não tenho a menor idéia...

Há um restaurante brasileiro nesta lista: D.O.M., pertencente ao chefe paulista Alex Atala, que até recentemente possuía um programa de tevê, Mesa Pra Dois, em companhia da chefe Flávia Quaresma. Não conheço o D.O.M. e assim é difícil avaliar... Mas, acredito que nesta lista, se era pra conter apenas um restaurante brasileiro, este deveria ser o Olympe, do chefe também estrela da tevê Claude Troisgros - dificilmente se encontra em algum restaurante do Brasil ou do mundo tanta qualidade e simplicidade - ingredientes para uma refeição super agradável.

Mas, se o restaurante do filho não está presente, o restaurante do pai está. Pois é, La Maison Troisgros voltou para a lista e configura no 44º lugar. Ele fica localizado na cidade de Roanne, na França - mais um motivo para se viajar por dentro da França.

Uma surpresa para mim foi a entrada do Eleven Madison Park nesta lista, em 50º lugar - já escrevi aqui sobre o Eleven Madison Park.

Quando estive em NY, ouvi tantas boas recomendações deste restaurante que não resisti e acabei indo. O Eleven Madison Park - o queridinho dos new yorkers - possui um pato deslumbrante e uma carta de vinho que é uma verdadeira escola. E certamente não é mais caro do que o D.O.M. e diversos restaurantes brasileiros - já disse, no 3º post da Austrália, que os preços cobrados nos restaurantes brasileiros são mais caros do que de qualquer outro país.

A quem interessar, deixo o link dos 50 melhores restaurantes do mundo, do ano de 2010. Aliás dos 100.
http://www.theworlds50best.com/

Beijos e Abraços,

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Quem sou eu

Minha foto
Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!