quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Lado A de Woody Allen e o Lado B

Amigos e amigas,

Eu nunca gostei muito dos filmes do Woddy Allen: mais por implicância do que por alguma razão objetiva. Acredito que a minha implicância seja pelo fato de Allen produzir filmes muito mais verborrágicos do que propriamente cinematográficos.

Mas é inegável que ele possui diversos filmes interessantíssimos. E, inclusive, ele também possui filmes cinematográficos, com linguagem e narrativa propriamente de cinema. "Meia Noite em Paris" utiliza as imagens das diversas "Paris" que já existiram - fácil quando uma cidade preserva a sua arquitetura histórica -, de modo que complementam visualmente a história genial, que lhe valeu o 'Oscar' de melhor roteiro original.

Ele tem diversas sacadas geniais: quando, ele próprio, por exemplo, interpreta um alucinado e fala para Jason Biggs em "Igual a tudo na Vida":

"Se alguém lhe der um conselho, não retruque... Diga 'Ahhh... que ótima idéia'. Depois faça o que achar melhor fazer"


Orientações para uma vida.

Ou então, em "Dirigindo No Escuro", quando após ser acometido por uma cegueira histérica passa a dirigir um filme completamente cego e acaba realizando uma película sem pé nem cabeça. No final, depois do filme dele ser um fracasso completo de bilheteria, ele resolve se mudar para a França pois lá os franceses o reconhecem como gênio e elegem o filme dele como uma verdadeira obra prima.

A maioria do público ri, mas, para mim, vejo tal desfecho como um ensinamento: 'escolha quem te valoriza'.

E Match Point? Todos sabemos que Allen é um fanático por Dostoievsky. Não há um filme que ele não o cite... Mas daí adaptar "Crime e Castigo" aos tempos atuais é mais que paixão e, sim, pretensão... E fazer o filme que ele fez é prova de maestria. A fria Londres não podia ser cenário cinematográfico melhor para uma adaptação moderna de Dostoievsky, que somado à trilha sonora compõem a tal 'falta' de linguagem cinematográfica que eu criticava no início desse post. Acho que esse filme deve ter sido mais difícil de ter sido concebido do que a adaptação que o Stanley Kubrick fez antes de morrer do livro de Arthur Schnintzler (aliás, alguém em SP já foi à exposição do Kubrick?).

Bom, mas o último filme de Woddy Allen em cartaz é Blue... Blue Jasmine.

Cate Blanchet é um show

Woody Allen retrata a decadência pessoal da esposa de um milionário de NYC que circula nas altas rodas dos Hamptons, durante o verão, e aproveita o seu network para dar desfalques a quem quer que ouse acreditar em seus investimentos. Com dívidas superiores aos ativos que possui, vive constituindo offshores e empresas em nome de terceiros (no caso, em nome de Jasmine, sua esposa) e, assim, mantém intacta a sua credibilidade, desenvolvendo tanto empreendimentos falidos, quanto aumentando o seu harém de amantes.

Jasmine, na verdade, se chama Jeanette, mas troca seu nome para estar mais adequado para circular no Upper East Side de Manhattan. Mas, em um ato de lucidez, ou de desespero, Jasmine confronta o marido e, a partir daí, se inicia o processo de decadência pessoal que provavelmente dará um 'Oscar' à excelente Cate Blanchet.

Eu conheço algumas cidades nos USA e, dentre as cidades americanas, a que eu mais gostei até hoje foi, sem dúvida, San Francisco. E é justamente para lá que Jasmine vai pra percorrer a sua via crucis pessoal até ser crucificada em praça pública. Interessantemente, Allen despreza as belas fotografias possíveis de serem obtidas em San Fran para adaptar corretamente a narrativa dramática de Jasmine: planos fechados, interiores escuros e tempo nublado é o que há para a protagonista desenvolver o seu colapso.

Okay, isso aqui é um blog de gastronomia. No entanto, se você acha que eu ia argumentar que a metáfora de Jasmine está associada a decadência da sociedade americana, baseada em futilidade e fraudes, acometendo os verdadeiros trabalhadores americanos, que poupam para abrir o seu próprio negócio, o fardo de manter a sociedade, você está enganado.

Mas a metáfora se aplica perfeitamente a essa tsunami de novos restaurantes que vem abrindo no RJ: "sem uma cozinha verdadeira, mas com muito rococó", que simplesmente não acrescenta. Tenho preferido não escrever sobre essas caríssimas decadências morais - embora eu acredite que os preços altos sejam um mal inevitável que deveria limitar a ida dos clientes, reduzindo a demanda; ou, alternativamente, provocar a abertura de novos restaurantes, aumentando a oferta, até o reequilibro dos preços em um patamar menor. Mas isso não está funcionando no RJ!

O hambúrguer de picanha: a minha escolha de sempre.

Como exemplo dessa derrocada de valores, li recentemente um texto em um blog, de um autor que desconheço, que me fez rir bastante. O texto é Almoço no Leblon Com muito humor, o autor destaca a falta de substância dos diversos estabelecimentos que nos cercam e a ausência de critério da 'manada' de consumidores enlouquecidos.

Mas nós não precisamos ir para San Francisco colapsar, como Jasmine fez. Ao sair do cinema, fui ao Bazzar Lado B pela primeira vez. Sem muita afetação, pude pensar e digerir Woody Allen com calma.

Aproveitei e pedi um excelente hamburguer de picanha, acompanhado de uma batatinha crocante. Mas o grande destaque foi, sem dúvida, o Croque Madamme, que eles servem por lá sob a alcunha de croque sinhá: duvido alguém dizer que existe algum melhor na França.

O croque sinhá

Essa ida ao Bazzar da Livraria da Travessa de Ipanema abriu uma via não só de lanche/refeição, como também de programa para o domingo à noite: cinema e resenha cinematográfica. O perigo é sair de lá com mais um livro do Dostoievsky ou do Samerset Maughan.

É... se você não concordou com que escrevi... Ou se você acha que eu deveria escrever sobre a cozinha molecular do Oro... você já sabe a minha resposta, né?

'Ahhh... que ótima idéia'.

Beijos e abraços,


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@viverparacomer


Bazzar - Lado B
Rua Visconde Pirajá, 572 - Ipanema, RJ - ( 2˚ andar da Livraria Travessa)
Tel.: (21) 2249-4977.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Festival de Curtas no RJ

Amigos e amigas,

Em homenagem ao Festival de Cinema do RJ, que termina hoje, resolvi fazer esse post com vários 'curtas'.

Tomada 1
Sábado passado eu fui ao, recém inaugurado, Paris 6, na Barra da Tijuca. Tenho um amigo que adora a matriz do grupo, localizado na rua Haddock Lobo, em SP. Já tive até recomendação de outras pessoas para ir na casa paulistana. No entanto, li há pouco tempo uma resenha no blog Boteco do JB sobre as 5 lendas de restaurantes de SP e ele estava .
Mas acabei indo na filial da Barra...
Um dos piores serviços que já presenciei: garçons desorganizados, comensais revoltados em suas mesas com o mau atendimento e comida sofrível. Acho que uma resenha completa sobre a casa há em um outro post do Boteco do JB de nome Paris 666. Coincidentemente, comi o risoto de cogumelo com azeite trufado, relatado nesse post... Tive a mesma impressão da autora sobre o prato: insosso.
#Corta!

Sem sabor: o maior pecado de um prato.

Tomada 2
#Ação!
Já há algum tempinho, fomos ao Lima Resto bar. Ótimo atendimento, excelentes drinks e comida bem gostosa. Não sou especialista em comida peruana, mas gostei de tudo que comi lá. Vale a pena conferir.


Drink a base de "coca"

Muito bom esse tal de cebiche

Tomada 3
#Ação!
Lapa Café, no centro, está mais para brasserie, vendendo a sua própria cerveja e possuindo uma extensa carta de cerveja, do que para um restaurante propriamente. No entanto, para a minha surpresa, comi um ribeye (no cardápio, está sob o codinome costela) sensacional. Fui pensando na cerveja e acabei sendo premiado pela carne.

Surpresa positiva no Lapa Café.

Tomada 4
Meninas, vocês me desculpem, mas o programa culinário do Rodrigo Hilbert é péssimo: roteiro, produção, iluminação, enfim, tudo!
#Corta!


Tomada 5
#Ação!
Em todo festival sempre tem um convidado especial de "fora": ICI Brasserie. Em minha última viagem a São Paulo, fui nessa nova casa. Pedi o prato mais simples possível: filet com fritas acompanhado do molho bérnaise. Show. Bebi a cerveja da casa, feita pela cervejaria Colorado, à base de mandioca. Na minha opinião, muito boa.  A casa fica no, relativamente novo, shopping de SP, JK Iguatemi. A decoração, também, muito bonita: achei tudo melhor do que, inclusive, a "irmã" mais velha - o ICI Bistrot - localizada em Higianópolis.



Cerveja da casa: feita de mandioca


Comida "de segurança" com qualidade



Tomada 6

Eu vi uma coisa em um restaurante a quilo no centro, que me marcou: uma comensal (sim, era mulher!) preparou um prato com arroz feijão e por cima do feijão colocou três sushis de salmão e dois de atum... Sem mais!
#Corta, pelo amor de Deus!


Gran Finale
#Ação!
Entre as aventuras e as desventuras gastronômicas dos últimos tempos, tenho tido cada vez mais prazer em cozinhar final de semana. Nada profissional, mas com muito prazer e, em muitas vezes, com mais sabor!

Especialidade chez moi: quiche.
Beijos e abraços,


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Paris 6
Avenida Érico Veríssimo, 725 - Barra da Tijuca, RJ
Tel.: (21) 2494-7320.


Lima Restobar
Rua Visconde de Caravelas, 113 - Botafogo, RJ
Tel.: (21) 2527-2203

Lapa Café
Avenida Gomes Freire, 453/457 - Centro, RJ
Tel.: (21) 3971-6812.

ICI Brasserie
Avenida Juscelino Kubitschek, 2041/ Piso 3 - Itaim, SP
Shopping JK Iguatemi
Tel.: (11) 3078-1313.

domingo, 29 de setembro de 2013

Colorindo a sua vida ... Búzios

Amigos e amigas,

depois de praticamente 3 finais de semanas consecutivos indo à Búzios eu não posso deixar de fazer um post sobre a cidade que encantou a Brigitte Bardot.

Praia vazia e mata virgem: cada vez mais raro

É... Na verdade, tenho certeza que a Brigitte Bardot não visitaria Búzios nas atuais condições: extremamente explorada, muitas casas e pousadas e um trânsito infernal até chegar a cidade. Em média se está levando mais de 3 h meia para ir e voltar de Búzios. Teve uma das idas que cheguei a demorar 4 h e meia, devido a diversas obras na estrada e do excesso de carro.

Melhor pastel de camarão: Bar do Pescador

Mas o excesso de gente nesse balneário famoso todos os finais de semana trouxe uma urbanização e uma ampliação do centro comercial da cidade. Em termos de restaurantes, além dos restaus da rua das pedras/orla Bardot, há diversos 'polos' gastronômicos.

Cerveja de frente para o mar

O polo gastronômico de Manguinhos está cada vez mais estruturado. Diversos restaurantes já puseram o 'pé no mangue', como o Quadrucci, pizzarias e trattorias... Até asiático já tem por lá. É possível ver o por do Sol bebendo champagne no Anexo de Búzios, ou bebendo uma bela cerveja no célebre Bar dos Pescadores.

Aliás o Bar dos Pescadores está cada vez melhor, com um bom atendimento, ele serve um pastel de camarão sensacional. Além do pastel, há diversas opções... A moqueca pescador é divina.

Na última das viagens, fui em um restaurante em Geribá que não conhecia, mas que não é recente: Gisele. Localizado em uma casa bem agradável, juntamente na estrada principal, fui informado que a proprietária administrava o Bar dos Pescadores antes do incêndio que revitalizou todo o polo de Manguinhos.

Moqueca Pesacador: do Bar do Pescador

O cardápio é bem diverso, mas há também peixes e frutos do mar. Comi um pastel de queijo sensacional, e 'fomos' de moqueca de camarão - maravilhosa e era super bem servida. Vale muito a pena.

Uma outra dica é uma casa de empanadas, bem simples que serve uma empanada maravilhosa: "La Empanaderia". Fica na beira da rua principal, entre a entrada principal de Geribá (posto de gasolina) e o polo gastronômico de Manguinhos.  A massa é leve, e os recheios são divinos: milho, carne apimentada, camarão. Vale a pena provar essas iguarias 'hermanas' em solo buziano.

Sem dúvida, Búzios tem uma beleza inigualável. Só não sei se o crescimento desenfreado vai conseguir manter a beleza  natural que ela sempre teve. Nem sei se o excesso de gente e de carros manterá a áurea de cidade 'roots' de praia. Mas sempre volto de Búzios com um sentimento de prazer. Principalmente depois de almoçar alguma coisa bem gostosa! ;)


Beijos e abraços,

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Bar dos Pescadores
Av. José Ribeiro Dantas, 2900 - Manguinhos - Búzios
Tel.: (22) 2623-6785.

Gisele
Av. José Ribeiro Dantas, 5100 - Bosque de Geribá - Búzios
Tel.: (22) 2623-1144.

La Empanaderia
Av. José Ribeiro Dantas, 3056 - Manguinhos - Búzios
Tel.: (22) 9825-8608.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tragga, uma boa comida

Amigos e amigas,

há cerca de uns dois meses vi que havia inaugurado um restaurante especializado em carnes argentinas no complexo gastronômico de Botafogo: Tragga. Por fora, muito bonito, prova que o empresariado está investindo pesado nesta velha fronteira gastronômica.

Com todos esses elementos, resolvemos visitar a casa há mais ou menos 15 dias atrás.

Ficamos em uma mesa no segundo andar, em uma quina, bem difícil de ver o resto do restaurante. Só de existir essa mesa já mostra que a casa não está tão preocupada com o atendimento aos clientes.

"Encontros e desencontros" com o garçom: essa foi a tônica do almoço. Mas não vou falar mais sobre isso, pois a casa tem pouco tempo.

O que eu quero destacar é a comida, que foi divina.

Provolone derretido
com lascas de pimenta calabresa

Como entrada, provolone derretido, temperado com orégano e azeite, e uma empanada de carne com ovo e azeitona. O provolone estava sensacional.

Melhor que as entradas estava a carne: bife ancho muito saboroso, ao ponto. As meninas, que me acompanhavam, comeram um ojo de bife que também adoraram. Acompanharam a esse festa carnívora um arroz maluco "parrileiro", juntamente com fritas ao alho.

Bife Ancho saboroso

Há tempos eu não comia uma carne tão saborosa.

De sobremesa, pedi um uma panqueca com doce de leite: super bem servido, achei que não iria conseguir comer tudo. Mas o doce de leite estava tão viciante que acabei rapidamente.

Festival de dulce de leche

Se o serviço foi marcado por confusões, a comida superou todas as expectativas.


Beijos e abraços,

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Tragga
Rua Capitão Salomão, 74 - Humaitá, RJ
Tel.: (21) 3507-2235.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Garoa Paulistana

Amigos e amigas,

com ajuda do Papa, fugi do Rio de Janeiro em meio à semana da JMJ. Destino: SP.

Nessa minha rápida passada pela terra da garoa, posso dizer que nunca senti tanto frio. Mas, como ir a SP sempre nos proporciona atrativos gastronômicos, não pude deixar de aproveitar o passeio, que narro agora em pequenos tópicos.

Varanda Grill

Sem dúvida, essa é a churrascaria que eu mais gosto. Sempre acho um tempo para retornar a casa. E, como sempre, não desapontou: uma das melhores picanhas que já provei na minha vida. Acompanhou uma batata souflé e um arroz biro-biro - o maître, extremamente simpático, nos explicou que o biro biro paulista é equivalente ao arroz maluco carioca. Uma delícia. O Varanda Grill sempre ganha o melhor restaurante de carnes dos jurados da Vejinha SP.

Baccio di Latte

Saímos direto do restaurante para tomar um dos melhores sorvetes brasileiros (os donos insistem em dizer que não é sorvete, e sim gelato). Quem estiver em SP não pode deixar de provar os sabores oferecidos pelo Bacio di Latte. Figo, pistache e o próprio baccio di latte são os meus melhores.

Tentação no copo.

Delícias na vitrine.


Mercadinho Dalva e Dito

Bem próximo ao Baccio di Latte do Jardins, há o restaurante Dalva e Dito, que já comentei aqui. Não sou fã do restaurante, mas como tinha escutado que havia aberto um mercadinho lá, fui dar um confere. Não resisti e comprei, para fazer uma "merendinha noturna", um pão de calabresa. Adorei. Não é melhor que o pão da casa da Stravaganze, mas é muito bom.

Peixaria Bar e Venda

A noite fomos a um bar novo, localizado na Vila Madalena, que é uma peixaria (!?).

Bom, o serviço fluiu de ligeiramente arrogante ("se tiver mesa, tem lá do outro lado. Ma você tem que ir porque eu não sei") a bom. Tomamos umas boas caipirinhas e comemos bons pastéis de camarão.
Caipirinha de tangerina com pimenta e gengibre.

Com uma decoração lúdica, até porque é uma peixaria também, nos divertimos. Se você não tiver problemas com peixe, é possível que goste.

Subastor

Após sermos expulsos da Peixaria Bar e Venda, pois a casa fechou cedo, fomos ao Subastor (subsolo do bar Astor). O Astor tem filial aqui no RJ e a de SP, também localizada na Vila Madalena, é bem legal também.

Gin tônica: Hendricks com pepino.

O ambiente é meio jazzístico e é bom chegar cedo, pois forma uma grande fila na entrada. Bons drinks e boa comida, como usual. Destaque para a deliciosa combinação de gin hendricks com pepino: dá um sabor diferenciado.

Josephine

Após um belo passeio no Ibirapuera - sou fã do parque e, em especial, da praça do Porquinho - fomos ao restaurante Josephine da Vila Nova Conceição. O mix de bruschetas estavam gostosas e ponto.

Magret com risoto: não valeu!

Mas o meu prato decepcionou, assim como os pratos dos comensais que me acompanhavam. Serviço desleixado e clientes ligeiramente afetados fazem do lugar uma combinação perigosa. Com um cardápio enorme, o restaurante talvez seja mais adequado para lanches, ao invés de refeições propriamente.

Hamburgueria Nacional

Recentemente publiquei esse post sobre a Hamburgueria Nacional.

Como gostamos muito da nossa última experiência na casa, resolvemos fechar a viagem nos hambúrgueres da casa.

Vale comentar que eu nunca vi tanto carioca disfarçado de paulistano durante essa viagem.  Em uma grande mesa ao lado da nossa, um grupo se destacava com vestimentas, trejeitos e até com a forma clássica de falar do paulistano ("Então"). O que denunciou o grupo foi o sotaque, adicionado com um "volto amanhã pro Rio!" ao telefone.

Esse fenômeno é curioso e talvez mostre que, ao invés das antigas rixas, Rio de Janeiro e São Paulo estão se tornando cada vez mais cidades complementares, comungando de uma cultura cosmopolita própria. Ainda em formação, mas única e diferente de outros regionalismos brasileiros.
É... O serviço, dessa vez, atrapalhou.


Talvez seja por isso que tenhamos presenciado, na casa, um serviço tão ruim, que não se diferencia em nada do mal atendimento prestado por diversos restaurantes cariocas.


Apesar da batata frita e o milk shake estarem divinos, um hambúrguer 'ao ponto' veio quase 'bem passado' e outros dois, que foram pedidos também 'ao ponto', vieram totalmente 'mal passados' (nível steak tartare).
Regras são regras.


Ao solicitar para passar mais o hambúrguer que veio 'mal passado', a luta começou: "mas esse é o 'ao ponto' da casa". Após informar ao garçom, pela terceira vez, que queríamos que fosse levado o hambúrguer para a grelha novamente e torná-lo mais 'bem passado', o garçom se conformou. Levou, finalmente, para a grelha.

Não sem antes reafirmar, pela última vez: "ó...  Mas esse é o 'ao ponto' da casa".

Okay.

Já estávamos de volta ao Rio e não sabíamos.


Beijos e abraços,


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Varanda Grill
Rua General Mena Barreto, 793 - Jardim Paulista, SP
Tel.: (11) 3887-8870


Baccio di Latte
Rua Oscar Freire, 136 - Cerqueira César, SP
Tel.: (11) 3662-2573


Dalva e Dito
Rua Padre João Manoel, 1.115 - Cerqueira César, SP
Tel.: (11) 3068-4444


Pexaria Bar e Venda
Rua Inácio Pereira da Rocha, 112 - Vila Madalena, SP
Tel.: (11) 2589-3963


Subastor
Rua Delfina, 163 - Vila Madalena, SP
Tel.: (11) 3815-1364


Hambugueria Nacional
Rua Leopoldo Couto de Magalhães Júnior, 882 - Itaim Bibi, SP
Tel.: (11) 3073-0428.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Um outro molho no Centro do RJ

Amigos e amigas,

em tempo de JMJ, de caos total no Centro do RJ, decidi visitar o Demi-Glace da rua do México.

A última vez que tinha ido no Demi-Glace tinha sido na sua nova filial da rua do Lavradio. Lembro que o maître da casa veio me perguntar o que eu tinha achado. Relatei que na matriz as porções eram bem mais servidas. Depois disso nunca mais voltei. Nem na matriz e nem na filial.

Fui totalmente certo que seria bem servido, pois a matriz nunca havia me decepcionado. A minha dúvida era se os peregrinos da JMJ teriam ocupados todas as mesas antes de eu chegar.

Para a minha sorte, havia bastante lugares.

A comida estava divina: um couvert de se satisfazer sem ter e necessidade de pedir um prato. Além de boa cesta de pães, uma pastinha de azeitona e uma salada caprese, de entradinha, deliciosa.

Pedi, como sempre peço na casa, frango crocante com risoto de funghi. Vem ainda uma saladinha.


O frango crocante do Demi-Glace é empanado sobre uma base de mostarda - o que dá um gosto bem especial.

O risoto, super bem servido, tem bastante sabor. Não segue fielmente a nenhuma receita italiana, mas acredito que agrada a grande maioria dos comensais.

Foi um ótimo almoço e em meio a balbúrdia que tomou conta do RJ, em especial ao Centro, vivi um momento agradável em um oásis.

Beijos e abraços,

  
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Demi-Glace
Rua México, 168 - Centro, RJ
Tel.: (21) 2240-4255.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Revelando Bons Segredos de um Jardim

Amigos e amigas,

Fui no último fim de semana a Penedo - pequeno vilarejo, ao lado da cidade de Resende.

A vista da janela.

Vilarejo de tradições Filandesas, não visitava Penedo desde 1991 em um passeio com a turma da escola.

Da minha lembrança para o que eu vi, foi uma cidade com uma movimentação impressionante para um simples fim de semana, sem feriado ou qualquer data especial.

Lembrava de um clube com tradições filandesas que não reconheci em nenhum canto da cidade - a não ser no centrinho onde fica a 'Casa do Papai Noel'.

Tínhamos diversas indicações de restaurantes e, dentre as opções, acabamos escolhendo o Jardim Secreto - que, segundo amigos que moram na região, é o melhor restaurante de Penedo.

Contrariando a oferta da região: Salmão.

Chegamos lá depois de um rápido passeio pelo centrinho. A casa fica localizada após passar o centro principal e continuar alguns metros além. A casa onde o restaurante é estabelecido fica acima de um aclive, o que proporciona uma vista para uma bela floresta. O restaurante é bem lúdico e possui um belo jardim, onde diversos passarinhos fora da gaiola transitam pelas árvores e por um suporte construído que oferece diversas frutas para atraí-los propositalmente.

Belo Crorizo, acompanhado de chimichurri.

Chegamos e fomos recebidos com uma bela caipirinha de abacaxi. A pergunta inicial foi "de cachaça ou de vodka?". Essa pergunta me remete a uma grande questão que perdurou pela minha vida: sempre preferia vodka, por achar que cachaça deixava um hálito duvidoso. Hoje acredito ter superado esse trauma e sempre prefiro, em qualquer ocasião, beber cachaça à vodka. Não é discurso ufanista. Apenas a preferência pelo sabor.

A carne é fraca: Paulaner para reforçá-la.

Após um ótimo drink de boas vindas, aproveitamos freneticamente o couvert servido: ótimos pães, uma geléia de tomate saborosa, uma pastinha de truta deliciosa e um azeite super perfumado. Foi servido também um sal grosso temperado.

Tem couvert que vale a pena - esse, sem dúvida, não deve ser desperdiçado.

Gostoso, porém gelado.

Como prato principal, eu pedi chorizo com batatas coradas. Carol, que queria pedir truta por ser uma das especialidades da região, acabou pedindo um salmão com paglia e fieno. Tudo de bom grado.

A sobremesa foi um pecado. O creme brulée ácido, à base de limão, nos pareceu recém saído da geladeira. Mas, mesmo frio, não incomodou.

Se Penedo não correspondeu às minhas antigas lembranças, o Jardim Secreto foi uma ótima revelação.

Beijos e abraços,


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Jardim Secreto
Avenida das Três Cachoeiras, 3.899 - Penedo, Itatiaia
Tel.: (24) 3351-2516

domingo, 23 de junho de 2013

Feijoada Alemã

Amigos e amigas,

recentemente fui duas vezes no Adega do Pimenta  da praça Tiradentes, no centro. A casa tem uma carta de cerveja de dar inveja; e a cozinha, alemã, tem umas inovações interessantes.

Fomos em uma sexta feira onde no centro há diversos restaurantes oferecendo feijoadas. Ao entrarmos na casa descobrimos que havia uma feijoada alemã - o que despertou o interesse dos comensais que compunham o nosso grupo.

Pedimos de entrada uma linguiça da diretoria - que é uma salsicha alemã, bastante apimentada. Todos gostaram.

A feijoada alemã consiste em uma feijoada de feijão branco com kassler, diversos tipos de salsicha e algumas coisas a mais. Vinha acompanhando arroz branco e uma farofa com cebola.

Essa feijoada foi surpreendente: não tem nada a ver com a nossa feijoada tradicional, mas agradou muito. Depois fiquei pensando se há em algum canto da Alemanha essa feijoada ou foi mais uma invencionisse da casa. 

Quatro dias depois voltamos lá e fomos no tradicional joelho de porco. Já relatei aqui a minha primeira experiência com joelho de porco que comi na casa em minha primeira ida ao Adega do Pimenta. Na época havia comido um joelho de porco defumado.

Einsbeein: Joelho de Porco super crispy

Dessa vez pedimos o joelho de porco grelhado, que não minha opinião é bem mais gostoso e interessante: fica super crispy no entorno. É sem dúvida bem gorduroso, mas bem saboroso.

O serviço é eficiente e a casa lota com facilidade nas sextas, o que é recomendável chegar cedo.

Fica a dica.

Beijos e abraços,


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Adega do Pimenta
Praça Tiradentes, 6 - Centro
Tel.: (21) 2507-5293.

sábado, 15 de junho de 2013

Os Pacientes Cariocas


Amigos e amigas,

recentemente eu li duas reportagens aparentemente antagônicas:

1) A Fala da Comida

Carlos Alberto Dória realiza uma excelente entrevista com Daniel Redondo e Helena Rizzo (chefs e donos do Maní) , no caderno Ilustríssma da Folha de SP, na matéria intitulada A Fala da Comida

Na introdução, Carlos Alberto escreve que a "gastronomia ganha contornos de 'sistema' cultural análago ao da moda".

Verdade, principalmente se considerarmos o apelo do fenômeno gastronômico em todo o globo.

Anthony Bourdain confirma essa tese em seu último livro "Ao Ponto" (Medium Raw). Descreve que hoje há um reverenciamento aos chefs que jamais existiu. Como exemplo, ele afirma que hoje os adolescentes norte americanos conhecem o nome de todos os chefs famosos, e não sabem o nome de todos os integrantes da sua banda preferida.

Cozinhar deixou de ser um simples ato artesanal e, assim como na alta costura, "criou" uma legião de seguidores para determinado restaurante/chef.


2) Um Rio de Serviços Ruins

Com ar de denúncia ao povo carioca, Gilberto Scofield Jr relata no O Globo, em sua coluna semanal, Um Rio de Serviços Ruins; sobre as durezas de ser mal atendido no RJ.

Gilberto é muito feliz ao escrever o artigo e não restringe o problema a serviços em restaurantes.

Ele ainda destaca no início do texto que os "serviços no Rio são caríssimos e inexplicavelmente ordinários."

Depois de ler ambos os artigos, eu tive uma constatação empirica que me fez pensar sobre as duas reportagens.

3) Salitre, sábado - 08/06

Sábado passado fui ao Salitre - restaurante que se vangloria dos vinhos que oferece. Localizado na rua Barão da Torre, em Ipanema, possui uma bela varanda e é muito calmo.

Já fui algumas vezes lá antes, com algumas boas experiências.

Chegando lá, vimos que o cardápio havia mudado - não apenas os preços, mas diversos pratos novos haviam sido adicionados e outros excluídos.

Perguntando ao garçom que nos atendia sobre alguns pratos antigos, ele alegou que o novo chef havia reformulado todo o cardápio.

Como relatado na entrevista de Carlos Alberto Dória, falar, hoje em dia, em nome de uma entidade como o chef, é sinal mais do que natural: se o chef muda tudo, o cliente deve aceitar, pois a mente criadora do chef vale mais do que a vontade do cliente.

"Okay. Vamos ver se vale a pena." Pensei.

De entrada pedi um clássico da casa: bruschetta de presunto cru, brie, rúcula e mel. Outrora era muito boa e, inclusive, emoldura esse blog no topo (na época, eles a serviam com vinagre balsámico e alecrim).

Infelizmente, não veio com o capricho usual. Mas nada que valesse especificar. Apenas não veio com a emoção esperada.

Em sequência, pedimos os nossos pratos: fraldinha grelhada, para mim, com legumes ao provençal. Carol, a testemunha eterna do meu humor em (bons e maus) restaurantes, pediu o peixe do dia com soufflé de legumes.

Aliás vale a pena comentar sobre o peixe do dia: o primeiro garçom que apareceu informou que era badejo. Um segundo voltou e afirmou categoricamente que era dourado. Mas acabou ficando na dúvida por termos afirmado que o outro garçom nos havia dito que era badejo.

Voltou e retificou: tilápia. (Bom, ao menos não usou estrangeirismo em chamá-lo de San Pietro/Saint Pierre etc).

O restaurante estava vazio. Após sentarmos, apenas mais um casal chegou. Mas a espera foi bem longa. Inclusive para solicitar mais uma bebida - e, repito, o Salitre é um restaurante de vinhos, onde se espera um atendimento mais próximo para poder ser servido.

Mas a maior emoção é sempre guardada para o final: quando os pratos chegaram, a Carol logo alertou que havia pedido soufflé de legumes e não legumes ao provençal.

A resposta foi bem rápida: " Sra. esse é o soufflé da casa'.

Achando que o atendente havia confundido e servido o meu pedido à ela, mais uma vez alertou. E a resposta foi a mesma, mais enfática: "É assim o soufllé da casa!"

Como eu havia pedido legumes ao provençal, e o meu prato veio correto, provoquei o garçom: "Se o dela é soufflé, o meu é o quê?"

Resposta: "Legumes ao provençal!"

Então tá... Insisti: "Qual é a diferença entre os nossos pratos, por favor?"

O garçom resignado apelou para o 'Santo Padre' das instituições gastronômicas: "Irei verificar com o chef!"

Desaparceu o resto do almoço.

No final, quando terminávamos, ele apareceu com uma tigelinha, que continha alguns legumes boiando em um molho branco, gratinado, pedindo desculpas pelo engano.

4) Síntese

Após essa epopéia concluí que de fato muitos restauranteurs acreditam que são "Intocáveis", orientando e treinando mal os seus funcionários. Tem a certeza de que nenhum cliente irá questioná-los. E, muitos pensam: "alcancei o Olimpo!"

O pior é que, como Gilberto Scofield Jr relata, aqui no Rio nem é necessário a casa alcançar o "Olimpo", que o mau atendimento já vem de brinde.

Relendo as duas matérias citadas acima, cheguei à conclusão que as reportagens não são antagônicas no RJ: a moda atual na gastronomia eleva o ego de restauranteurs/chefs e estes não tem necessidade/vontade de oferecer um melhor treinamento para sua equipe. E os garçons, que sempre tiveram como padrão atender mal, não precisam modificar a sua maneira medieval de servir.

E a verdadeira conclusão que cheguei é que quem está fora do tom somos nós, clientes, que nunca contestamos o mau atendimento que recebemos. Nós, clientes, somos quem está errado.

Ou, devido a paciência que temos que dispor, deveríamos nos auto-intitular como "pacientes"?

Beijos e abraços,

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Salitre Vinhos
Rua Barão da Torre, 632 - Ipanema
Tel.: (21) 2540-5719.

domingo, 26 de maio de 2013

Parrillada Uruguaia no Leblon

Amigos e amigas,

enquanto o Brasil parece não estar mais mundialmente na moda, o Uruguai, ao menos por aqui, vem reinando. Digo isso pela quantidade de gente que tem viajado para lá - inclusive eu, recentemente.



Administrando a grelha e os pedidos.

Para confirmar o modismo por aqui, abriu ao menos 2 churrascarias no RJ que tem origens uruguaias: Pobre Juan - que possui diversas filias espalhadas em várias cidades; e o Gonzalo Parrilla, no Leblon.

Fui recentemente no Gonzalo e posso dizer que a experiência é bem legal.

O serviço é eficiente e simpático, a casa tem uma bela churrasqueira a carvão, bem na entrada, e a comida é muito boa - seguindo o que eu acredito ser o churrasco típico uruguaio.

Cerveja uruguaia na espera por uma mesa.

De entrada há uma linguiça fininha, bem temperada, e também aquele linguição (meio salsichão, típico do Uruguai). Eu preferi a linguicinha. Pena que a porção é de tamanho insatisfatório para quatro pessoas.

Também há umas empanadas sensacionais. Destaque para a de queijo com cebola.

Bife ancho faz a alegria dos carnívoros

E quanto a carne? Há um bife ancho, que nada mais é do que a parte dianteira do contra filet, muito saboroso. Tive lá duas vezes e não consegui pedir outra carne.

Para acompanhar há uma batata frita - que eles juram que é maravilhosa - e uma batata assada. Eu preferi a batata assada.

Crepe com Dulce de Leche.

Um outro destaque é a sobremesa: há um crepe feito com doce de leite uruguaio, La Pataia, que vale a pena.

Um clássico entre os azeites uruguaios

Além da  comida divina, a casa oferece bebidas famosas em nosso país vizinho: de cervejas aos vinhos.

Para todo e bom carnívoro, o Gonzalo é uma excelente experiência.

Beijos e abraços,

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Gonzalo Parrilla
Rua Bartolomeu Mitre, 450 - Leblon
Tel.: (21) 3796-3342.

sábado, 18 de maio de 2013

Food ou Foodie?

Amigos e amigas,

essa onda de foodies assolou o mundo, valorizou os chefs e trouxe uma ressaca de entendidos em enogastronomia.  Eu, por ter um blog, às vezes fico em cada situação...

Entre as saias justas que passo, a mais comum é a de amigos marcarem de se encontrar em um restaurante e, na hora de escolher, alguém solta a frase clássica: "deixa que o nosso gourmet escolhe!"

Pior são os amigos que querem me desafiar em relação às minhas preferências. Me perguntam a opinião sobre 7 restaurantes. Um sim ou um não sobre certo restaurante provoca quase um rompimento na amizade.

Lembro de um amigo que formulou a seguinte pergunta: "como um autor de um blog de comida consegue escrever sobre comida morando no RJ?" Eu acho que há excelentes restaurantes no RJ, mas existem xiitas a favor de uma revolução a qualquer custo... Acredito que não consegui convencer esse meu amigo e, certamente, se ele lia o meu blog, não tenho dúvida que ele parou de ler. Com certeza, rs.

Mas preciso afirmar que essa onda foodie já deu.

Há 3 bons blogs de comida, 2 bons programas televisivos de comida e ponto. Em relação a programa televisivo, eu tô quase cancelando a minha TV por assinatura... Daqui a pouco a GNT vai passar 24h de comida. Aliás, o que é o Rodrigo Hilbert apresentando um programa de gastronomia? Ok, meninas, ele pode ser bonito etc, mas como apresentador de programa gastronômico, meu Deus do céu... É muito forçado!

Por outro lado, acabei de ver a Nigella no programa do Jô. Dificilmente eu assisto o programa dela. Mas é inegável que ela tenha um enorme carisma. Ao perguntarem (Palmirinha) para Nigella se ela já havia cozinhado para a família real, ela deu uma resposta que deve ter decepcionado muita gente. "Não. Eu não sou uma cozinheira treinada. Apenas faço coisas para minha família." Tudo que um foodie não gostaria de ouvir.

Assim, se há superficialidade na vida, chegamos a um ponto que essa onda de foodie transformou tudo relacionado a comida, restaurantes e notícias gastronômicas em grande emaranhado de artificialidade.

Mas ao ver a entrevista da Nigella no Jô fiquei feliz. Há esperanças.

Beijos e abraços,

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Os meus melhores

Amigos e amigas,

os restaurantes estão cobrando preços fora da normalidade. Os rejustes nos cardápios são bem superiores a qualquer inflação divulgada pelo governo. Obviamente, não é só o tomate... Já pensei em mudar o nome do blog para "Viver ou Comer". E surpreendentemente os restaurantes nos finais de semana estão com filas de espera cada vez maiores. Não é a toa que um blog de SP, Boicota SP, resolveu propor um boicote a restaurantes que cobram preços abusivos.

Enfim, não há o que fazer... A não ser escolher com muito critério aonde ir para celebrar uma data especial, ou simplesmente desfrutar do seu momento de descontração gastronômico.

Assim resolvi escrever um mapa, não dos restaurantes mais baratos, nem dos melhores restaurantes, mas onde encontrar as melhores comidas/pratos em diversos restaurantes no RJ. Se é para pagar, que se tenha critério.

Pães
Ninguém vai a um restaurante para comer pães. Mas já que nos servem... Bom, eu que adoro pães, confesso que sou rato de couvert. E não há pães melhores que no Bazzar. A diversidade é grande, mas o meu preferido é o de limão. O garçom serve na mesa e não se acanhe de pedir. Mas, se se acanhar, fique tranquilo que ele volta.

Bobó de Camarão
Eu conheci recentemente o Aconchego Carioca. O restaurante não tem um preço aconchegante, mas a comida é soberba.  E o bobó é fantástico. Acho que é um dos melhores que eu já comi.

Pão da Casa
Me desculpem os paulistas que defendem as pizzarias de SP, mas não há pão da casa melhor que o da Stravaganze. Conversando com o maître da casa, ele me explicou que o pão da casa começa a ser feito na noite anterior. No dia seguinte ele é assado, com o forno apagado, só no calor do bafo da noite anterior. Dá de 1000 a zero no pão da casa da pizzaria do Braz.

Prime Rib
Fiquei fã há um tempinho do CT Boucherie. É bem provável que o prime rib da casa sacie a vontade de qualquer carnívoro. E ainda vem com uns acompanhamentos sensacionais.

Salmão Brulé
Assim como o salmão brulé, o atum com foie gras e todas as modernidades da culinária contemporânea japonesa eu elejo o Ten Kai. Muitos preferem ir ao Sushi Leblon. Eu não. Agora, sei que isso é uma questão de moda e de preferência. Não recrimino os amantes do Sushi Leblon.

Hambúrguer Chic
Gosto de hambúrgueres. Posso dizer que gostava muito do hambúrguer da minha finada loja de sucos, a Puro Sucos. Mas infelizmente ela não está mais ente nós. Depois comecei a gostar do hambúrguer do Joe Leo's. Conheci o hambúrguer do Zuka, que achei que seria imbatível. Até que o Bazzar desenvolveu um hamburguer de wagyu com foie gras e alho negro. Passou a ser o meu preferido.

Bacalhau na Brasa
O Adegão Português, de São Cristovão, me proporcionou o melhor prato de bacalhau que já comi.

Risoto
Um dos risotos que eu mais gosto é o do tradicional restaurante Quadrifoglio: funghi porcini com trufas.

Mil folhas
Me desculpem todas as casas/restaurantes/padarias francesas, mas não existe mil folhas melhor que o mil folhas do italianíssimo Gero. O problema é que até chegar ao mil folhas, você já deixou a "calça" pra pagar a conta da casa.

Ovos Moles
É uma das minhas sobremesas favoritas. O do Zuka é o que eu mais gosto.  O de lá vem com sorvete de canela.

Espero que esse guia venha ajudar ao comensal a escolher um prato gostoso e que no final - das contas - este comensal sinta que valeu a pena o gasto efetuado. Principalmente se o motivo de ir ao restaurante for uma comemoração especial!


Beijos e abraços,

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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Hambúrguer Made in Brazil

Amigos e amigas,

se eu pudesse escolher um comfort food, só um, acho que escolheria hambúrgueres. Aliás, cheeseburguers. Sempre preferi cheesebúrgueres.

Agora que as hamburguerias estão na moda, ninguém teme em assumir o seu amor por esta iguaria. E se o Hawaii é o paraíso para os surfistas, SP é o paraíso para os 'hamburgólogos'.

Recentemente tive a oportunidade de conhecer a Hamburgueria Nacional. O detalhe é que um dos sócios é o sushi man Jun Sakamoto. Achei curiososo: um sushi man ser sócio de uma hamburguería. Contudo pensei: "se os hamburguérs do cara são tão bons quanto os seus sushis, deve ser muito bom!"

Acho que vale comentar que o hamburguer é grelhado através de um broiler dourador. Ou seja, o calor vem por cima.

Eles chamam essa grelha de salamandra e alegam que essa é a melhor forma de grelhar o hambúrguer, pois o calor vem por cima e a gordura escoa, naturalmente, por baixo.

Bom, se é verdade eu não sei, mas o hambúrguer de fato é divino.

Miam, miam: quero voltar!

O hambúrguer em si é suculento macio e a salamandra (grelha) proporciona uma crocância a carne, ao mesmo tempo em que o "patty" transborda suculência, se o seu pedido for do mal passado ao "ao ponto".

Na minha opinião, se pedir bem passado, corre-se o risco de ter um hambúrguer seco e opaco.

Acompanhou o suculento cheeseburguer, uma deliciosa batatinha e um milk shake de chocolate indescritível. Não adianta ver a foto. Tem que prová-lo.

O milk shake de chocolate é um dos destaques.

A hamburgueria fica localizada no Itaim Bibi, em um lindo empreendimento, que vale apreciar o projeto arquitetônico - se é do seu interesse, claro.

Se não... Vá pelo hambúrguer mesmo!

Beijos e abraços,

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Hamburgueria Nacional
Rua Leopoldo Couto Magalhães Júnior, 882 - Itaim Bibi
Tel.: (11) 3073-0428.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Celebração com bacalhau

Amigos e amigas,

no final de 2011 a minha mãe passou por um processo cirúrgico complicado, de modo que ficou praticamente o ano de 2012 inteiro se recuperando. Dessa forma, não pode comemorar o seu aniversário.

No último domingo ela completou mais um ano de vida e, assim, compensou a falta de celebração do ano anterior. E em grande estilo: fomos almoçar no Antiquarius Grill, filial do clássico e famoso restaurante do Leblon.

O Antiquarius Grill fica localizado no complexo gastronômico da Barra da Tijuca, muito mais informal que o seu "irmão" mais velho e possui o diferencial de oferecer algumas carnes no cardápio.

O couvert da casa é tão bem servido que periga a pessoa não ter apetite para almoçar.

Mas aproveitei e pedi um 1/2 bachalhau ao lagareiro: que consiste nele empanado com batatas, azeite, cebola, alho e azeitonas. Simplesmente divino.


Minha mãe acabou dividindo com uma amiga o linguado com molho de laranja.

Para finalizar, cada um pediu uma sobremesa. A minha foi um dos doces portugueses que eu mais gosto e um dos únicos doces que a minha mãe sabe fazer: ovos moles com canela.  A consistência do ovos moles da casa é ligeiramente mais espessa que o da minha mãe. Estava delicioso, mas... o da minha mãe é melhor.


Feliz aniversário, minha mãe.
:)

Beijos e abraços,

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Antiquarius Grill
Av. das Américas, 4666 - Loja 160 - Barrashopping
Tel.: (21) 3410-9900

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Soho de Salvador

Amigos e amigas,

muitos não sabem, mas Salvador tem um Soho. Diferentemente do Soho de NYC ou de Londres, este não é bairro. É um restaurante japonês super conceituado, localizado na Marina.

Estava a trabalho, então resolvi conferir.

Me disseram que ficava super cheio, que provavelmente eu esperaria para sentar etc. Bom, cheguei tarde, por volta das 8:47 h, de uma quarta feira.

Vista bonita e... só.

Vista da marina de Salvador.

Identifiquei diversos erros: da preparação da comida ao atendimento do garçom, que não sabia explicar o que estava servindo.

Começando pelo Gyoza da entrada em que a massa estava ligeiramente mal cozida. Podia ser explicado se o restaurante estivesse cheio - o que não estava.

 Corte extremamente grosso e excesso de molho.

Após a entrada, o combinado do chef: preparado de modo surpresa, mesmo se inquirido. Única informação dada era que seria preparado de acordo com a imaginação do chef e com os melhores ingredientes.

Ao servir, o garçom primeiramente se esquivou de explicar. Ao ser solicitado a descrever o prato, acredito que ele tenha descrito corretamente apenas a metade dos enrolados servidos. Justamente por isso, nem irei me arriscar a dizer o que de fato comi, pois ou não sei, ou me informaram errado.

Por fim, um alerta que todo restaurante japonês contemporâneo arrisca em pecar: ser mais contemporâneo do que japonês.

Para exemplificar tal pecado, basta exemplificar que os sashimis e os peixes que compunham os enrolados eram feitos de fatias super grossas; todas as duplas que compunham o combinado vinham "atolados" de molhos extremamente adocicados; e não harmonizavam bem.

A simples conclusão que cheguei é que em Salvador devemos comer comida... baiana.

Beijos e abraços,


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Soho - Bahia Marina
Av. Lafayete Coutinho, 1010 - Contorno, Salvador
Tel.: (71) 3322-4554

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Improvisando em NYC

Amigos e amigas,

Nova York talvez seja uma das cidades grandes mais interessantes. Não tem beleza construída, como Paris, nem beleza natural, como o Rio de Janeiro, nem beleza organizacional como Londres. No entanto, a energia das pessoas que vão visitar, morar e trabalhar transforma a cidade, proporcionando à mesma diversas opções culturais, gastronômicas, de compras, etc.

Sem dúvida é a cidade com mais energia dentre as que compõem o circuito "Elizabeth Arden".

Rua movimentada em frente ao Eataly - um dos
 templos gastronômicos de NYC

Na minha humilde opinião, ir a NYC e ficar preso no roteiro 'stauta' da 'liberdade', Times Square, 5ª avenida são os passeios, vamos dizer, mais chatos para se fazer em NYC.

O negócio de NYC é andar pelos bairros, descobrir alguns pontos de atenção e, como em um improviso de jazz, construir uma NYC diferente.

Exemplos: por que não se perder pelo Brooklyn e encontrar Williamsburg - o novo (e já velho) centro de moda da região? Por que não ir ao Bronx e visitar o Jardim Botânico de NYC? Por que ir sempre a musicais, na maioria, chatíssimos da Broadway e não se arriscar em uma peça off broadway com Jeff Daniels, ou uma nova leitura de Macbeth, de Shakeaspere, que um grupo londrino aportou e há mais 1 ano e meio não sai de cartaz?

Assim construí a minha rápida passagem em NYC.

Lembro que a Carol queria porque queria ir ao Blue Note. Chegamos cedo demais e o recepcionista, muito atencioso, pediu que voltássemos em 45 minutos. Recomendou que tomássemos um café em uma cafeteria na esquina onde foi rodada uma cena de "O Poderoso Chefão"...  'Pô, legal', pensei. Partimos em busca da tal cafeteria.

Andando 30m da porta do Blue Note, vimos uma casa de show, Groove NYC, com uma entrada nada amigável, onde fomos abordados pelo leão de chácara da porta nos oferecendo para dar uma olhadinha, pois a entrada era gratuita. Depois de convencer a Carol, entramos e pudemos assistir a um dos maiores shows de soul, blues e rock. A banda, não me perguntem o nome, ia de Al Green a Eric Clapton em minutos, de Michael Jackson a Hendrix, mas com uma qualidade impressionante.

Esse improviso, ou seja, alterar a programação de ir ao Blue Note e ir ao club 'Groove NYC' é o que faz NYC ser legal. Como em um solo de blues: você se atira em uma programação e acaba indo parar mascarado em uma peça de Shakeaspere ambientada nos anos 30. Puro Jazz, puro blues.

Central Park debaixo de neve - belezas do inverno

Da mesma forma gastronomicamente falando... Havíamos feito duas reservas com uma antecipação monstra. As duas simplesmente foram canceladas devido a uma falta de organização tremenda dos restaurantes.

Havia reservado para três pessoas um jantar no Louro - restaurante recém inaugurado de um português que fez a sua vida nas cozinhas de NYC. Uns 3 ou 4 dias antes de aportar em NYC, ele me manda um email dizendo que, devido à final do superbowl, o restaurante dele não ia abrir e ele havia esquecido deste pequeno detalhe.

Sem comentários.

A Marcie, do blog especializado em NYC "Abrindo o Bico", mais revoltada do que eu ao saber da imaturidade do dono do restaurante, me deu uma alternativa maravilhosa: rápida e objetiva, como em uma batida alucinante de bebop, Marcie nos ofereceu um bistrô francês sensacional, a 12 passos do nosso hotel, o L'Absinthe.

Que frio que nada: vamos malhar!

Se não bastasse um restaurante se desorganizar, nos surge um segundo percalço. De forma pior, na minha opinião... Havia ligado para reservar um jantar também para três pessoas (eu, Carol e o Bach, amigo de NYC) para jantarmos no Atera - restaurante novo, mas já super conceituado.

Esse restaurante foi escolhido a dedo dentro de uma lista diversa, com uma antecedência ímpar para que tudo saísse na maior e perfeita sintonia.

Mas, novamente, NYC é Jazz, as notas não são previsíveis e a música pode não agradar aos ouvidos: os caras do Atera, devido a um problema no sistema, perderam a minha reserva e a relançaram para o dia 12/02 - 11 dias depois da minha real reserva.

Isto porque, mesmo depois de ter ligado, havia mandado dois emails solicitando a confirmação e, inclusive, havia recebido uma resposta do Atera dizendo que tudo deveria estar certo, que não deveria me preocupar.

Chegamos eu, Carol e Bach, na hora marcada, e fomos surpreendidos com a história de que a hostess, administradora das reservas, havia tentado ligar diversas vezes para mim e que não havia conseguido nos alertar de que a nossa reserva tinha sido alterada para 11 dias depois.

Explicamos que éramos do Brasil e que o problema não era nosso, mas não deu...

Depois de muita discussão na entrada, ela nos ofereceu uns drinks por conta da casa para pensarmos  o que faríamos. Como o Bach é frequentador assíduo do Corton e, inclusive, fã e amigo do chef, Paul Liebrandt, conseguimos uma mesa de improviso.

O Corton fica a cerca de 200m do Atera, no bairro de Tribeca.

Quando saímos do Atera, a recepcionista nos falou que havia uma desistência de duas pessoas e que, se quiséssemos ficar, poderia colocar uma cadeira de apoio no balcão para uma terceira pessoa - no Atera não há mesa, se come em cima de um balcão, popularmente conhecido como "bunda de fora"!

A proposta do Atera chegou em um tempo ruim: já era tarde e as notas de improviso já haviam sido dedilhadas na guitarra do destino.

No Corton, comemos em mesas confortáveis e, principalmente, fomos extremamente bem recebidos pela equipe.

East river: vista da Williamsburg Bridge

Diante de tanta nota dissonante em uma cidade que nunca dorme, uma coisa me chama a atenção: jazz é para profissionais, e não para amadores. Se o Louro e o Atera não afinarem os seus instrumentos e entrosarem a sua banda rapidamente vão perder o tempo, a moda e, principalmente, os seus instrumentos.

Beijos e abraços,


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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Zuma, de Miami

Amigos e amigas,

De todos os 'trendies' restaurants que eu me lembro que já fui, sempre há alguma pegadinha: seja o garçom ou a hostess ser antipático (a); ou o tal restaurante ter a cultura do 'empurra' de pratos caros ou 'pega-turistas'; ou seja simplesmente o preço da conta não ser condizente com o que foi servido. No Brasil, lembro do Dalva & Dito com uma pitada de todas estas características mencionadas e, no exterior, há muitos, mas especificamente me lembro da minha experiência, que já descrevi por aqui, no Nobu de Miami.

O Nobu, pra mim, foi uma grande decepção, pois quando eu fui a NYC pela primeira vez me disseram que era um dos melhores de lá. E mais: eu cresci com a máxima de que os melhores restaurantes japoneses da terra se encontravam em NYC. 

Ouvi falar muito bem do Zuma há tempos atrás. Comprei o Zagat de Miami para fazer uma seleção: o Zuma era um dos melhores. Só perdia para o Naoe, recém inaugurado, localizado no Brickell Key.

Vale mencionar que o Zuma é um desses restaurantes da moda que possui filiais, não apenas em Miami, mas como também em Hong Kong, Dubai, Istanbul e em Londres. Inclusive, a Dri EveryWhere fez um post sobre o Zuma de Londres há um tempinho atrás.

O ambiente super "trendy" do Zuma.

Resolvemos ir ao Zuma com uma reserva com bastante antecipação feita por email, mas mesmo assim com uma pitada de, como posso dizer, esnobismo: "temos uma mesa para sua data requisitada, graças a uma desistência".

Chegamos com um ligeiro atraso, pois não encontrávamos o portão de entrada do hotel em que ele é localizado.  Mas isso não foi problema e fomos recebidos com extrema boa receptividade.

Logo fomos apresentados à nossa garçonete: super perfomática e simpática. Ela lembrava a Marie Antoniette de Kirsten Dunst.

Ela nos explicou que o Omakase da casa era um menu de degustação, que abarcava as três cozinhas que o restaurante possui. Existiam, se não me engano, quatro tipos de Omakases e escolhemos o segundo, depois do mais simples.

O set começou com um amuse bouche à base de espinafre (um creme), temperado com gergilim; seguiu com uns sashimis cheios de temperos e ovas, que tínhamos que enrolar para comer.

Logo depois veio uma pequena travessa que continha dois tartares: de atum e salmão. Na minha opinião muito bonita a apresentação, mas os tartares vinham tão processados, totalmente diferente de tartares picados na ponta da faca, que não gostei tanto. Serviram também umas torradas de arroz para acompanhar.

Em seguida, uma porção de sushi e sashimi: sushis de mackerel (cavala) e snapper (pargo); já os sashimis foram salmão, atum e o yellow fin tuna (albacora) - perdoem-me se as minhas traduções estão equivocadas. 

O pequeno combinado servido. 
Em destaque os dois sushis: mackerel e snapper.

Para segregar bem a parte quente das frias, foi servido um uma sopa de missô. 

Ah, quase me esqueci: nos foi servido também, não lembro se antes ou depois da sopa de missô, um Soft Shell Crab. Muito bom.

A partir daí a sequência foi sensacional:

Vieiras grelhadas, excelentes, servidas juntamente com aspargos grelhados, que eu adoro. Fechando o trio, black cod, o nosso bacalhau, de uma forma totalmente diferente: grelhado com um molho divino. Emocionante.

Quando achava que já havia acabado, nos foi servido o último prato: uma carne super macia, tenderloin ou o nosso filet mignon, com um molho ligeiramente agridoce. Achei por alguns momentos que era wagyu beef de tão macio e saboroso.

Pra fechar a noite, sabíamos antecipadamente que o Zuma possuía ótimas sobremesas e nos foi servido um petit gâteau de chocolate e uma Key Lime Pie de chorar. Acompanhavam um sorbet de goiaba e um outro de tangerina.

Sem dúvida, o Zuma é um restaurante de moda, pra ver todo o agito de downtown Miami. Mas a comida, ao menos para mim, superou as expectativas e valeu a pena. Mil vezes mais que a minha antiga experiência no Nobu.

Beijos e abraços,


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Zuma
270 Biscayne Boulevard Way - Miami Downtown
Tel.:  +1 305 577 0277

Quem sou eu

Minha foto
Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!