domingo, 27 de fevereiro de 2011

Last Call to Vegas

Amigos e amigas,

é impossível parar de pensar em Vegas: quanta luz, quanta gente, quanta coisa ao mesmo tempo acontecendo. Lembrar também do Poderoso Chefão que retrata que a máfia de NY, aliás de todo os USA, indo construir aquela cidade - o que de fato aconteceu em Vegas... Dizem que hoje o todos os mafiosos não estão mais em Vegas. Apenas grandes complexos legais estão lá. Bem, se você acha que todos os complexos legais da nossa atualidade não tem nada a ver com algum tipo de "máfia", então tá: Vegas está totalmente legalizada e ponto final!

Mas falando em máfias, grupos e tribos, uma das dicas que eu recebi lá em Vegas foi de tomar um café da manhã no Four Seasons - bem distante do nosso hotel, e com um clima de somente hotel, sem cassino e a bagunça que cada hotel proporciona. Essa dica nos foi dada no canal local que promovia Vegas, e os hotéis de um dos grupos locais, pelo presidente da UFC (aquela associação de vale tudo dentro da gaiola) - Dana White. Vi as cenas do ambiente e resolvi ver:

1) Verandah

Imagino que qualquer Four Seasons deve ser um show a parte. Neste, de Las Vegas, mesmo ele sendo localizado na strip, ou seja no agito, sua localização é mais para o final dando a ele um toque de oásis de calma.

O restaurante em que serve o café da manhã possui um salão bem austero, mas, em sua continuação, há uma piscina que dá ao restaurante um tom mais despojado.

A Carol pediu um Continental Breakfast: croissants, diversas frutas, manteiga, banana muffin, danish, mousse de manga com yogourt e cereais.

Eu, por minha vez, pedi, na dúvida entre os diversos estilos de ovos, Huevos Rancheros: feijão, ovo, tomate cebola, pimenta e queijo. Ah vinha uma linguiça grelhada também... É. Estranho comer feijão pela manhã, mas estava tudo bem gostoso. Esse café não pemitiu sentir fome até a noite.


Em resumo, para uma sugestão vinda de um cara ligado a um esporte agressivo (o cara é presidente do UFC), o lugar além de muito bonito era calmo e agradável.

2) First, Food & Bar
Não tem como ir a Las Vegas e não vistar o hotel cassino (e shopping) Venetian. Os caras replicaram os canais de Veneza nesse hotel! Quando vi isso num programa de tevê, eu fiquei doido: "como conseguiram fazer isso?"

Ao vivo é mais surpreendente.

Em um dos apêndices desse mega hotel, há o First Food & Bar que oferece lanches e refeições rápidas. Dentro dele, uma festa: um DJay toca todos os sons dançantes possíveis. Quem tem gás, começa a festa por alí mesmo.

Pedimos mini hamburguers com uma batata frita palito bem fininha e crocante (crispy fries). Show de bola! Abaixo é possível "ver" o clima da casa e um dos hamburguinhos sendo devorados.




3) Olives at Bellagio



Esse restaurante fica localizado no complexo-mall-cassino do Bellagio. De frente para o ballet das águas da fonte de frente para o Bellagio, tivemos sorte ao encontrar uma mesa de frente para lago, justo no Valentine's day. Mas chegamos cedo e tivemos que enfrentar, mesmo com reserva, uma fila para pegar essa boa mesa.

Esse restaurante foi recomendado pela Cristiana Beltrão (Viaje com o Bazzar) com o adicional sugestão de experimentar o carpaccio de carne. Feito. O carpaccio era realmente sensacional, muito bem temperado e acompanhado de uma salada. Única coisa que não gostei era que vinha uma "hash potatos" bem no centro do prato... Mas aí é fácil resolver o problema: só não comer!. Ainda veio um flat bread acompanhando, delicioso.



De prato principal, a Carol pediu o "special" do Valentine's day: um medalhão de vitela, com uma massa cortada à mão (maltagliati) com molho de alecrim e abrobrinhas.

O meu prato foi bem mais pesado: ribeye sobre um leito de feijões do texas (feijão branco) e bolinho feito de milho (corn bread). Prato muito pesado... O feijão branco já é pesado por si só, junto com o cornbread, o prato ficou muito massudo e pouco "juicy" mesmo com um um delicioso ribeye.

AH esqueci de dizer que um vinho tinto da região de Sonoma nos acompanhou nesse jantar: Patz & Hall, um pinot noir, safra de 2007. Na foto abaixo é possível ver a garrafa, junto com o meu prato - primeiro plano dois cornbreads e o Ribeye sobre o leito de feijões brancos.


Mesmo o meu prato não tendo sido maravilhoso, acredito que esse restaurante vale por duas coisas: pelo carpaccio e pela vista do ballet das águas. Ou seja, vá, mas fique na varanda! Veja o vídeo do ballet das águas abaixo.



Finalizamos com um petit gateau de chocolate!

E finalizamos bem.

Las Vegas ficou pra trás... Toda aquelas luzes, gente de todo canto, agitos, apelos e diferenças. 3 dias foram o suficiente para mim, mas insuficiente para conhecer Las Vegas inteiramente. O ponto positivo é que Las Vegas não é nenhum bicho papão - dá pra se divertir e achar uma "Las Vegas" que combine com o seu gosto, bolso e interesse. Lembro de andar pelos corredores do Bellagio e achar uma patisserie sensacional, chamada Jean Philippe Chocolate and Pastries... É só pesquisar e procurar que há algum "tesouro" (gastronômico) escondido no meio daquela jogatina toda!

Beijos e Abraços,


Twitter
@viverparacomer


1) Verandah
3960 Las Vegas Boulevard South, Las Vegas. Tel. (702) 632-5000

2) First, Food & Bar
3355 Las Vegas Boulevard South, Las Vegas, Tel.: (702) 414-1000

3) Olives at Bellagio
3600 Las Vegas Blvd South, Las Vegas, NV 89109 Tel.: (702) 693-7223

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

What happens in Vegas doesn't stay in Vegas

Amigos e amigas,

escrevo esse post ainda durante a minha viagem, já que dessa vez vim munido da minha ferramenta. Aproveito para fazer um breve post sobre um dos meus primeiros destinos de viagem: Las Vegas. É... E por que Las Vegas? Ou melhor: e o que Las Vegas tem a ver com o Viver Para Comer? Essas duas perguntas são difíceis, até porque eu tinha uma certa implicância com Las Vegas. Aliás, ainda tenho, na verdade. A minha idéia inicial era usar Las Vegas para quebrar o vôo longo e cansativo até o Havaí - destino final de minha viagem - e também aproveitar a oportunidade de visitar o Grand Canyon. A idéia do Grand Canyon foi abortada, devido à distância e ao inverno. Não abortei a parada em Las Vegas, mas encurtei a minha estadia lá... Mesmo que fosse ruim, três noites em Vegas seria suportável.

Mas não se pode desconsiderar tão Las Vegas, já que lá é um dos principais destinos dos americanos. Se a indústria do sexo e dos jogos se encontram em Vegas, hoje os grande hotéis cassinos proporcionam muito mais. E muito mais mesmo. Grandes espetáculos estão em cartaz diariamente: hoje Las Vegas pode inclusive se confundir com Cirque de Soleil. Só desta companhia há 7 shows permanentes. Mas não há só o Cirque de Soleil: fomos a um show imperdível que não pertence ao Cirque de Soleil, chamado Le Rêve, no hotel Wynn - na minha opinião melhor que o grande espetáculo do Cirque de Soleil, o "O" que é realizado no Bellagio.

Mas não há só shows. Os grandes chefs, hoje, se encontram em Las Vegas: Hubert Keller, Alain Ducasse, Thomas Keller, Wolfgang Puck, enfim, tantos bons restaurantes para diferentes tamanhos de bolsos transformam Las Vegas em um centro gastronômico de primeira. Isto porque os grandes hotéis cassinos, na verdade, além de serem cassinos são na verdade shoppings malls de alto luxo e acabam oferecendo excelentes restaurantes em meio a tanto luxo.

Se você tem interesse em saber um pouco mais sobre alguns restaurantes de Vegas, se prepare para o clima seco e siga um pouco mais fundo no post abaixo. Caso contrário, faça a sua Despedida de Las Vegas aqui e agora. ;-)

Onde comer em Las Vegas?

1) The Palm

Restaurante recomendado pela Dri Everywhere, considerado pelo seu marido o melhor steak de Vegas. Não podia deixar de tomar nota. Tínhamos uma reserva mas fomos no nosso primeiro dia, logo que chegamos do Brasil. Cheios de fome e extremamente cansados chegamos muito antes do horário do check in, o que nos forçou a andar a esmo. Entramos no Caesars Palace e nos deparamos com o The Palm vazio. Não titubiamos e sentamos.




De entrada, pedimos uma porção de Crab Meat: consistia em nacos grandes de carne de carangueijo, acompanhado de uma porção de ketchup e de um molho bem picante que acredito ser à base de wasabi. O crab meat foi servido frio e o molho picante dava uma esquentada. Embora o gosto não fosse ruim, confesso que a aparência dessa entrada não era das melhores. Sinceramente, não sei se pediria novamente.

Pedimos um filet mignon para dividir - nada de New York Strip ou ribeye, pedimos a carne mais "careta" de todas. Acompanhado de batatas cozidas gratinadas ao molho de queijo e creme de espinafre. O espinafre estava sensacional, mas a batata apenas boa. No entanto a carne estava sensacional. Eles conseguiram atingir o ponto de cocção perfeito (no meu caso mal passado) e ao mesmo tempo selá-la de modo que ao redor da carne havia uma "crocância" bem saborosa. E realmente foi surpreendente pois era filet mignon - uma carne que embora seja macia, tem limitação de sabor.

Por último vale comentar sobre o garçom que nos trouxe uma lagosta viva... Realmente era um animal wild!

Deu vontade de voltar lá...

2) Bartolotta

O Bartolotta nos foi recomendado pela Cristiana Beltrão, do Viaje com o Bazzar. Na cara de pau pedi dicas, e com atenção ela me deu diversas.

O Bartollota fica localizado, na minha opinião, no hotel mais chique de Las Vegas, o Wynn, mas como todos hotéis de lá, com uma decoração bem carregada.

O restaurante era também bem chique, na linha do hotel, e tinha uma vista bem bonita para uma das piscinas do hotel. No almoço, pude perceber que o restaurante se estende em tendas de frente para a piscina. Mas à noite, somente dentro do restaurante mesmo.

A comida era muito boa, embora tenha havido alguns percalços.

Pedimos, de entrada, um queijo parmigiano regiano derretido, em uma pequena tigela, acompanhado de couve de bruxelas e cogumelos. Tão gostoso que insisti para que a Carol me acompanhasse.

De prato principal, pedi o peixe Big Eye, que não sei qual é a sua tradução, mas que me foi apresentado sobre o gelo assim que chegamos no restaurante, num carrinho de serviço. Não era nem o vermelho, nem o cara de cão brasileiro.

Ele veio acompanhado com alecrim, tomate cereja e alho. O molho muito gostoso, um pouco ácido, mas saboroso. O ponto fraco foram as espinhas. Mesmo a garçom tendo o preparado na nossa frente, algumas espinhas permaneceram. E olha... Algumas foram inconvenientes. Espinha no peixe é completamente comprreensível, mas pela proposta do restaurante diante do estímulo em oferecer os peixes à mesa... hummm Acho que foi uma pena.

O prato da Carol era mais interessante: raviole de ricota com molho de pecorino e trufas. Como ela gosta de dizer: era um prato sem risco.

Finalizamos com uma torta de chocolate com amêndoas e um sorvete de "vrai" vanilla. Segundo a Carol, foi a melhor sobremesa de toda a viagem.


Por último, vale comentar que bebemos um vinho tinto, Pinot Noir, chamado Calera. Um vinho californiano, de uma região produtora localizada ao sul de Santa Cruz. Não conhecia a região produtora, muito menos a região. O vinho era bem feminino, sem muito corpo. Bom vinho, mas nada espetacular.

Valeu o jantar, mesmo com os percalços. Mas, hoje, analisando mais friamente, acredito que podia não ter tido as pegadinhas das espinhas, né?

Bom, espero ter mais gás para escrever, pois tenho ao menos mais duas boas indicações para escrever sobre Las Vegas... Se não bater a preguiça, juro que escrevo.

Beijos e Abraços,


Twitter
@viverparacomer


1) The Palm
Tel.: 702-732-7256
3500 Las Vegas Boulevard South in the Forum Shops at Caesar's

2) Bartolotta
Reservations:
(702) 248-DINE (3463) or (888) 352-DINE (3463)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Um Breve Lanchinho


Amigos e amigas,

o Viver Para Comer ficará mais de um mês fora do ar. Motivo: férias!

Aproveito para mostrar a foto do meu último lanchinho antes de partir: dois pães da La Bicyclette, um de azeitona com alecrim e um croissant, dois queijos maravilhosos, emmental e grana padano, e de sobremesa uns cupcakes viciantes da B'niceCream - brigadeiro branco com morango e doce de leite, dentro da caixa de presente embalados com carinho.



É... Tenho certeza que vou sentir falta de muitas coisas durante as minhas férias.

Beijos e abraços,

Twitter
@viverparacomer

Quem sou eu

Minha foto
Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!