quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Leiteria Mineira

Amigos e amigas,

que coisa ruim é essa tal de Leiteria Mineira, hein?

Não vou começar a dizer sobre a história quase centenária do restaurante Leiteria Mineira, pois a comida que eu comi lá não merece tal introdução... Vou direto ao ponto.

Tive a oportunidade de retornar até essa casa essa semana, para acompanhar uma dupla de amigos. Como eles já estavam no restaurante quando eu liguei, fui ao encontro deles, lembrando que a primeira vez que eu tinha ido lá, não tinha sido muito bom. Mas como tinha ido com um grupo grande, tudo é festa, tudo é, como eu digo, bagunça.

Nessa semana, com apenas mais dois amigos, sentei a mesa e, na verdade, fui calorosamente recebido pelo garçom da casa. Verdade seja dita, parecia até que era um cliente fiel da casa.

Olhei o cardápio e dentre os pratos bens tradicionais escolhi o goulash com talharim. Podia ter pedido a rabada com agrião, ou o pernil com tutu de feijão - que, aliás, era o prato que os meus amigos haviam pedido - mas escolhi o goulash.


O goulash é um prato de origem húngara, e na casa é feito com músculo. É uma carne picada em cubos relativamente grandes, feita através de um cozimento lento, que a torna macia e com molho consistente.

A carne estava bem macia, como deveria ser. O molho também estava gostoso. Mas o talharim que a acompanhava estava tão cozido que só de tocá-lo com o garfo, a massa desmanchava e virava papa. Como o prato chegou em 1 minuto após o seu pedido - isso mesmo - acredito que provavelmente o responsável pelo preparo devia ter feito um panelão e mantido toda a massa na panela até os pedidos serem feitos de modo a serví-lo rapidamente. No entanto, enquanto a massa está na panela de água fervendo, o cozimento continua.

Pior que supercozimento era o gosto insosso da massa, típica de pratos servidos em hospitais a pacientes em dieta total.

Sinceramente, acho que foi um dos piores almoços que eu comi esse ano. Espero que não se repita!

Fica aqui a recomendação de cuidado com o prato da casa - ou com o restaurante propriamente disso.

Beijos e abraços,


Twitter
@viverparacomer


Leiteria Mineira
Rua da Ajuda, 35 - Centro.
Tel.: 2262-3765

domingo, 2 de outubro de 2011

Stuzzi Bar

Amigos e amigas,

fui convidado para participar de um encontro entre blogueiros gastronômicos na última quarta feira. Muito interessante, pois tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas interessantes que gostam muito de comida e que possuem blogs. Foi um intercâmbio bem legal onde pude conversar sobre a dificuldade de se manter um blog e também de lidar com leitores, vamos dizer, mais "amargos", rs.



O evento foi realizado pela Kekanto - um portal gastronômico ao estilo do americano Yelp, onde todos podem opinar e criticar sobre qualquer restaurante - no bar/restaurante Stuzzi Bar. Pudemos provar diversos pratos preparados pela competente chef Paula Prandini. O Stuzzi Bar está localizado no final da rua das celebridades - Dias Ferreira - e embora não seja muito grande, possui uma decoração bem contemporânea, com diversas garrafas penduradas sobre a bancada do bar, logo na entrada.

Cheguei bem atrasado e sai um pouco antes do evento acabar. Assim, não pude experimentar todo o menu preparado. Mas tenho excelentes relatos para transcrever.

Entre as entradas, experimentei uma batata em cubos e douradas, com aroma de trufa, com crispies de presunto de parma e um ovo frito em cima. Na minha opinião, quando vi tal arranjo no prato, com o ovo frito por cima das batatas, achei que seria estranha tal combinação. Mas depois que provei, achei delicioso e não queria parar de repetir. E o crispy de parma encaixou perfeitamente no prato.

Confesso que não provei nenhum dos drinks da casa, mas imagino que tal batata encaixa perfeitamente como petisco para um bar.

Okay, mas em relação aos pratos... O que dizer?

Comi dois risotos... Sinceramente, não sou chef, não tenho a técnica da alta gastronomia, nem da boa gastronomia. Mas, depois de anos comendo risotos, me considero um bom avaliador de um bom risoto. E admito: fui conquistado.

O primeiro que comi foi um risoto de funghi com perfume de trufas. Sempre que como algo com trufas eu penso "é um golpe". Digo isso porque mesmo que o prato esteja mal preparado, a maioria se encanta com sabor proporcionado pelo azeite trufado (ou pelas trufas mesmo) e o comensal acaba sendo conquistado pelo prato.

Diferentemente do que eu imaginava, o risoto de funghi trufado não estava apelativo. O azeite trufado foi bem equilibrido e o mais importante - na minha opinião - a consitência do risoto estava perfeita, transformando aquele prato em um Risoto com R maiúsculo.

Agora, surpeendentemente, o segundo risoto que provei foi mais sensacional ainda: risoto de ossobuco com vinho tinto. Este vinha preparado com o ragu do ossobuco, vinho tinto e ervas finamente picadas. Muito cremoso, o ragu de carne com vinho tinto me deixou encantado. E realmente foi o meu preferido, mesmo depois de ter provado anteriormente o risoto de funghi trufado.

Achando que não teria mais surpresas, ainda me foi oferecido um gnocchi levemente grelhado em um leito de molho de tomate, ricota e rúcula. Lembro de uns grãos de flor de sal (ou era um simples sal grosso?) que acompanhava o gnocchi e dava o tempero necessário para aproveitá-lo de modo adequado.

Sem dúvida, foram degustações que mostram o potencial da casa para despontar como a grande surpresa para mim neste ano - não conhecia a casa e imagino que tenha sido inaugurada há pouco tempo.

O ponto fraco foram as sobremesas que provei: uma bola de chocolate, em uma consistência de brigadeiro, coberto de pistaches e um brownie com sorvete de frutas vermelhas. Nenhuma das duas me emocionou, mas também não chegaram a comprometer.

Preciso dizer que me vi em um dos relatos de Anthony Bourdain, quando ele fala dos grupos de nerds foodies que existem pelos EUA. Até me achei nerd também. Aliás, lembro que quando fui a NYC há 2 anos atrás também fui em um encontro às escuras de foodies em um restaurante, que gostei muito, chamado Dovetail (aliás, daria um excelente post). Mas este encontro foi diferente, pois, no grupo que foi ao Stuzzi, todos eram do Rio e a maioria possuia um blog - no encontro em NYC, eram apenas apreciadores de uma boa comida.

Embora tenha me sentido meio nerd e meio "violado" por ser identificado como um "blogueiro" gastronômico, confesso que gostei muito do encontro e principalmente do Stuzzi Bar. Vou voltar lá para provar os drinks e re-testar (anonimamente) os pratos - principalmente o risoto. Mas sem dúvida nenhuma, recomendo a todos.

Beijos e abraços,

Twitter
@viverparacomer


Stuzzi Bar
Rua Dias Ferreira, 48 - Leblon.
Tel.: 2274-4017

Quem sou eu

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Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!