terça-feira, 27 de outubro de 2009

Hachiko - Rodízio de Japonês

Amigos e amigas,

um casal amigo do blog recentemente me pegou desprevinido e me perguntou qual restaurante japonês rodízio eu recomendaria. Bom, pensei alguns minutos e não tive dúvida: o primeiro nome que me veio na cabeça foi o Hachiko. O casal disse que queria um na Zona Sul e, assim, a explicação dele ser o primeiro a ser lembrado, perdeu o sentido de ser dada.

Sem dúvida nenhuma, quando um restaurante, japonês ou não, decide oferecer Rodízio, ou All You Can Eat, a casa perde em qualidade. Salvo algumas raras exceções, é claro, a perda de qualidade é mínima ou imperceptível. E o Hachiko é uma típica exceção!



Localizado em um segundo andar de um antigo sobrado do centro do Rio, ao lado do Fórum, o Hachiko já foi, no passado, uma das filiais do Tanaka. O espaço não é muito grande, mas ele comporta grupos grandes - mas deve ser feita uma reserva com antecedência, para prevenir. A equipe de garçons é muito atenciosa e simpática - o que complementa a qualidade da casa.



No tocante a comida, vale ressaltar que o rodízio da casa parece na verdade um grande teste de degustação de comida contemporânea. É, pois realmente não sei se no Japão é servido bolinho de pato empanado, mousse picante wasabi (raiz forte), carpacio de salmão, camarão no copinho com chutney de mamão e coentro. Enfim, uma diversidade de gostosuras que não se vê em restaurantes japoneses por aí. E isso é só a entrada, pois depois é distribuído as cartelas para ser selecionado os sushis/sashimis, etc.




Acredito que o único problema de se ir ao Hachiko é o tempo: tem que ir com bastante tempo para desfrutar de um almoço de sonhos! E, como sabemos, almoçar na cidade, em meio a um dia de trabalho, sem pressa, é quase uma dádiva de deuses do Olimpo!

A título de informação, pergunto, a vocês leitores, uma curiosidade histórica: o que quer dizer Hachiko?

Para quem não conhece a história vale a pena ler abaixo. Lembro do meu avô contando essa história, só não sabia que o nome do cão era Hachiko.

Aí vai:

"Hachiko era um cão da raça Akita que pertencia a um professor universitário, chamado Eizaburo Ueno, que morava em um subúrbio de Tokyo, perto da estação de Shibuya.

Todas as manhãs Hachiko acompanhava seu dono no percurso de casa à estação de trem, voltando no final da tarde para acompanhá-lo na volta para a casa.




No dia 21 de maio de 1925, Hachiko, que tinha tinha apenas um ano e meio, estava na estação como de costume esperando seu dono chegar no trem das 16 horas. Porém, naquele dia o Professor Ueno não voltou, porque tinha sorfrido um derrame fatal na Universidade.

Após a morte do Professor, seus parentes e amigos passaram a cuidar do cão, mas Hachiko continuava indo todos os dias à estação de Shibuya para esperar seu dono voltar do trabalho. Muitos anos se passaram e mesmo com dificuldades para andar em decorrência de problemas de saúde, Hachiko mantinha sua rotina diária à estação. Sua vigília durou até o dia 7 de Março de 1934, quando já com 11 anos e 4 meses foi
encontrado morto no mesmo lugar onde esperou pelo seu dono por tantos anos.

A memória de Hachiko foi imortalizada em uma pequena estátua de bronze colocada na estação de Shibuya, local onde ele morreu.
"

Depois dessa história, fica dada a fiel dica. Hachiko!

Beijos e abraços,

ps.: O blog Viver Para Comer completou 1 ano recentemente! Obrigado a todos que comentam, opinam e, principalmente, obrigado por se importarem em lê-lo. Como alguns poucos já sabem, o Viver para Comer está no twitter @viverparacomer.



Hachiko
Travesso do Paço 10, Sobrado - Centro. (Tel.: 2210-1950)

sábado, 10 de outubro de 2009

Balada Deck

Amigos e amigas,

para quem não sabe, no final da década de 90, eu, juntamente com os meus amigos João Diniz e Gustavo Vô Corá, empreendemos uma loja de sucos em Ipanema - que servia, simples, mas bons almoços executivos. O sonho de trabalhar no ramo gastronômico, ao menos no meu caso, não durou mais que 1 ano. De fato o trabalho foi árduo, os ganhos foram irrisórios, mas o aprendizado foi grande.


Tão grande que, tanto o João, quanto o Gustavo continuaram nesse meio. O Gustavo administra o Banana Jack - restaurante/sanduicheria no estilo Joe Leo's localizado na praça General Osório, em Ipanema. Já o João, que depois de trabalhar no Porcão, no próprio Banana Jack, acabou de inaugurar uma pizzaria muito aconchegante na Barra da Tijuca, chamada Balada Deck.

Tive lá recentemente e fiquei maravilhado com o clima agradável e descontraído, e, acima de tudo, com a qualidade das Pizzas servidas - pizzas ligeiramente finas, crocantes e com opções de sabores interessantes.




Agora antes de comê-las propriamente, sugiro que seja pedido de entrada o camarão picante - para um casal - ou o mix de antepastos grande - para quem for em gupos.




Das pizzas que eu chamo atenção são as de sabores diferenciais da casa: 1) queijo Grana Padano com escarola; ou 2) Brie com damasco. As tradicionais calabresa e marguerita também foram aprovadas.

Para as meninas o recado final: não deixem em hipótese alguma de pedir a pizza de meio chocolate branco, meio chocolate negro, como sobremesa. Já que não sou um grande amante de doces, posso dizer com propriedade, que é uma das coisas mais gostosas que eu comi ultimamente. Para algum doce me chamar a atenção tem que ser acima de qualquer média...

Ressalto mais uma vez em dizer que além da comida bem gostosa, o ambiente é muito agradável, alto astral e cheio de gente bonita.

Ao escrever esse post, decidi pegar o carro e saborear uma bela pizza junto a um legítimo vinho italiano, nesse sábado chuvoso! E a lei seca? Bom, ao menos uma taça, né?

Beijos e Abraços.



Balada Deck
Avenida Érico Veríssimo, 805 - Barra da Tijuca.(Tel. 2491-1699)

Quem sou eu

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Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!