domingo, 19 de outubro de 2008

Gero

Meus amigos e amigas, acredito que o Gero é um restaurante que merece diversas laudas de resenha. Mas tentarei resumir em alguns poucos parágrafos a minha opinião!

O Gero chegou ao Rio de Janeiro há pouco tempo, não mais que 7 anos, e mesmo assim já fez muita diferença. Acredito que, inclusive, ajudou a melhorar a qualidade dos demais restaurantes, não apenas no aumento da qualidade dos pratos servidos, como também pelo serviço. De propriedade do Rogério Fasano, dono de diversos restaurantes em São Paulo, o Gero foi o primeiro dele aqui no Rio. Depois veio a Forneria (que já não lhe pertence mais) e o Fasano Al Mare. O Forneria, quando era de sua propriedade, possuia uma qualidade excepcional... e hoje já mostra a importância da mão do proprietário na manutenção da qualidade da casa. Já o Fasano Al Mare... bom, esse terá uma resenha à parte...

Voltando ao main course, o Gero é um restaurante italiano de alta qualidade: seja pelos pratos servidos, seja pelo atendimento e pelo ambiente sofisticado e, ao mesmo tempo, acolhedor - quase impossível se ter um ambiente sofisticado e acolhedor, mas lá é possível.

Lembro a primeira vez que fui ao Gero, há uns dez anos atrás. Isto foi em São Paulo, pois aqui no Rio de Janeiro não se sonhava que ele viria para cá... O que mais me impressionou foi a forma que fomos recebidos pelo maître, com muita simpatia e atenção.

Recentemente retornei ao Gero, aqui mesmo no Rio, e pude perceber que o excelente atendimento se mantém. A qualidade dos pratos é também impecável: pedi um atum com crosta de ervas e batata; os outros pratos pedidos foram: ravioli de mussarela de búfala com molho de tomates e ravioli de vitela com molho de cogumetos - ambos muito gostosos! O couvert é delicioso - pãezinhos, pastas (destaque para a de tomate seco), manteiga e azeite. De entrada, pedi um carpaccio de carne bem saboroso.

As sobremesas de lá são ótimas.... dentre as que já provei e aprovei: torta de limão, mil folhas de baunilha (com uma caldinha deliciosa) e petit gatêau (de chocolate branco com limão siciliano).

O café que finaliza a refeição vem acompanhado de biscoitinhos bem gostosos!

Pra finalizar, chamo atenção com o cuid
ado e a delicadeza que os garçons dedicam aos clientes: uma das pessoas que me acompanhava comeu apenas a metade do seu prato. Não por não ter gostado, simplesmente por comer muito pouco mesmo. O garçom, quando foi retirar o seu prato, perguntou-lhe se gostaria de pedir um outro, que viesse a lhe agradar mais. Naturalmente, não teve necessidade e tudo foi explicado.

Exalto essa atitude da casa, já que a 'missão' de todo restaurante, na minha opinião, deveria ser "alimentar bem os seus clientes". E, ao mesmo tempo, um restaurante com tantos prêmios de melhor restaurante do Rio (e de São Paulo) intimida qualquer cliente a solicitar a troca de um prato por simplesmente não concordar com o modo de preparo; ou da escolha de uma carne, que não está tão macia; ou um peixe, que não está com toda a frescura necessária para um bom preparo. Espero que essa moda se espalhe por todos os restaurantes.

São esses pequenos detalhes que fazem a diferença do Gero ser o que ele é. Ele só não é único porque existem dois - o interessante é que o ambiente externo e a decoracão são muito parecidos, feitos à base daqueles tijolinhos marrons. A diferença é que o de São Paulo é maior, mais comprido e o do Rio é meio um salão quadrado menor.

O Gero é pedida sem erro, ainda que você pague bem por toda essa qualidade!

Um beijo e um abraço.

Rua Anibal de Mendonça, 157 - Ipanema, Rio de Janeiro (tel: 2239-8158)

Rua Haddock Lobo, 1629 - Jardim Paulista, São Paulo (tel: 3064-0005)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Movelaria Café


Aproveito o meu espaço para traçar algumas pequenas palavras sobre a Movelaria Café, um restaurante localizado no centro do Rio, em um dos casarões centenários da rua do Lavradio. A Movelaria Café é uma surpresa, tanto negativa, quanto positiva.


Positiva: a primeira vez em que eu fui lá, me surpreendi. Como uma loja de móveis poderia criar um ambiente agradável, com música ao vivo às sextas feiras, com um cardápio executivo cheio de opções, incluindo vinho, sobremesa e café por apenas R$ 19,90? Pois é... Supreendente. Entretanto, acredito que a fama foi se espalhando e me parecia que ninguém estava dando conta, nem garçons, nem cozinheiros, nem o caixa e, pior, nem o próprio dono.

Semana após semana, o preço foi aumentando, o serviço foi piorando e a clientela foi desistindo de almoçar na rua do Lavradio.

Até que hoje consegui ter a minha supresa negativa: o restaurante ficou horrível! Além do preço ter aumentado para R$ 22,90 (o que me parece natural, pois era muito barato), as opções do prato executivo ficaram restringidas a um estrogonofe de carne e... só! O vinho que era opção, entre outras bebidas, passou a ser obrigação - não existe a possibilidade de troca do vinho por água, ou sucos/refrigerantes. Não fico triste pelo vinho, mas pela qualidade do vinho que é servido. E, para quem não bebe durante o trabalho.... tisc, tisc. A sobremesa, que consistia em um brownie com sorvete, ainda é servida, só que sem a bola de sorvete. E não tem mais café!

Bom, naturalmente, falei com o garçom que eu tinha levado um grupo de mais de 13 pessoas e que eu não entendia por que que estava tão ruim: o estrogonofe tinha a aparência de uma sopa de tomate com uma carne picadinha, que não posso admitir nem que seja contrafilé!
O garçon comentou que a promoção vai voltar... Suponho que tenha querido dizer que a qualidade vai voltar. Mas, sinceramente, acho que ninguém volta mais! Agora, ao escrever estas poucas linhas, entendo por que hoje à tarde a Movelaria Café estava tão vazia, lembrando ser novamenete aquela velha loja de móveis da rua do Lavradio.

Quem quiser arriscar e ver se há novas surpresas, escrevo abaixo o endereço.

Um beijo e um abraço.

Rua do Lavradio, 34 - Lapa, Rio de Janeiro. (tel: 2507-6803)

domingo, 5 de outubro de 2008

Olivier Leflaive - Cuvée Margot 2004


Quem me acompanha sabe da minha clara preferência por vinhos de uvas Tempranillo. No entanto, como já diz o ditado popular, "cavalo dado não se olha os dentes", pude, ao longo da semana, degustar de uma garrafa de um vinho francês muito especial: Cuvée Margot, safra 2004.


Cuvée Margot é 100% Pinot Noir, em outras palavras, um autêntico vinho da Borgonha.

Sem exageros, ou sem enochatices (do tipo: gosto que remete a cobre, ou a sela de cavalo rs) este vinho possui um paladar delicado e suave. Bebido na temperatura certa, faz-se perceber quanta qualidade um vinho da borgonha possui a mais que os demais vinhos medianos do resto do mundo.

Não é um vinho barato, é verdade, mas também não é o dos mais caros. Não revelo o preço para não cometer a indelicadeza com quem me presenteou, mas posso garantir que ele vale cada centavo pago - ao se saber a região de procedência, torna-se um ótimo custo benefício.
Conforme dito em sua garrafa, vinifié, élevé et mis en bouteilles par Olivier Leflaive, ele é um vinho de produtor, e não de revendedor, dando assim mais garantias de sua escolha ser um grande sucesso.

Onde encontrá-lo?

Bom, ele veio em uma embalagem da Expand. Já é um começo, né?

Espero que experimentem e me digam se realmente vale ou não vale!

De qualquer forma sou fiel ao meu Tempranillo, em que gasto no máximo R$ 15,00. E, além do mais, é como eu costumo falar "beber vinho bom pagando mais de R$ 50,00 é fácil. O difícil é beber um vinho que te agrade o paladar, pagando pouco" E nisso, o meu bom e velho vinho a base da uva Tempranillo não me deixa na mão!

Um beijo e um abraço.

www.expand.com.br

Quem sou eu

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Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!