Amigos e amigas,
continuando a saga em Minas Gerais, trago a vocês alguns relatos rápidos da cidade de Ouro Preto e do parque de Inhotim.
Ouro Preto é uma cidade muito conhecida dos estudantes do ensino fundamental, já que foi lá onde ocorreu a inconfidência mineira - o primeiro lugar que visitamos foi o museu da Inconfidiencia, onde no passado ele serviu de prisão para presos famosos como Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes) entre outros.
A cidade é muito bonita, no entanto, cheia de ladeiras. E o que não falta são igrejas: há de todos os tipos e gostos. Eita lugar para brotar igrejas.
Sem dúvida nenhuma é uma cidade onde se encontram diversos restaurantes, bares e estabelecimentos comilísticos.
Depois de conhecermos o museu da Incofidência fomos conduzidos pelo casal Guilherme/Silvia a um restaurante bem interessante chamado Chafariz. O Chafariz fica logo após da antiga casa da moeda e é fácil de identificá-lo pois há na porta duas estátuas do saudosos "O Gordo e o Magro" na entrada.
O Chafariz possui uma decoração à la "Rio Scenarioum" com algumas peças antigas, com mobiliário rústico. Na janela dos fundos há uma janela com uma vista muito bonita, onde pode se ver...? Advinha??? Uma igreja no alto da colina!
A comida servida lá, em um belíssimo buffet, é tipicamente mineira. Galinha ao molho pardo, tutu de feijão, couve, angu, carne com quiabo, torresminho, etc. Realmente é preciso ter vocação para comer tanta coisa pesada! Sim, pois para quem não conhece a comida mineira, é preciso dizer que ela é pesada...
Mas ressalto a similaridade da comida francesa com a comida mineira - ambas se aproveitam dos miudos, de peças menos nobres, para fazer pratos com muito sabor. Pesados, mas com muito sabor! Na minha opinião, os pratos franceses ganham mais pompa decorativa, mas são tão pesado quanto os mineiros.
No fim havia a nossa disposição um delicioso buffet de sobremesa: goibada com queijo minas, doce de leite, doces de compota, em outras palavras, todos os tipos de doces mineiros que já comemos, ou que ainda comeremos, estavam a nossa disposição.
Meu único erro no Chafariz foi tomar a cachacinha de aperitivo no fim. O dono do restaurante, muito atencioso, ainda nos ofereceu no final do almoço uma diversidade de licores.
Caminhando pela cidade fomos ainda em uma chocolateria chamada Fábrica de Chocolate. Comemos um chocolate com especiarias (acredito que pimentas) inigualável.
Depois de conhecer todas as igrejas havia ainda um lugar para conhecer: o bar/restaurante Bené da Flauta! O nosso guia, The Guide - Alexandre, nos havia dito que lá havia um chopp maravilhoso, o Falke Bier.
Aproveitamos para nos refugiar da chuva, pois logo que saímos da igreja de São Francisco, o mundo desabou e o Bené da Flauta, para o nosso espanto, era do lado da igreja. Achamos o chopp normal, mas como não somos especialistas em chopp, pode ser que tenhamos feito um julgamento precipitado... No entanto, o restaurante/bar é muito bonito e vale a pena conhecê-lo. Aliás, me falaram que a comida lá também é excelente! Como não comi, essa dica fica para mim também.
Após o Bené da Flauta, voltamos para Belo Horizonte. No entanto, o nosso último dia havia nos reservado uma aventura ainda maior!
No último dia fomos ao parque de Inhotim, mais precisamente ao Parque/museu de Inhotim. É... Na verdade é meio um Jardim Botânico, meio um museu de arte contemporânea espalhado por todo o parque, seja com peças exibidas no meio das flores, seja em galerias. Tudo de primeiro mundo: organização, limpeza, decoração e orientação aos visitantes.
O Parque de Inhotim fica em Brumadinho, cerca de 1 h de Belo Horizonte. Há exposição de artistas contemporâneos brasileiros, tais como Hélio Oiticia, Adriana Varejão; e estrangeiros, como Dan Graham (vidros espelhados) e Dominique Gonzalez-Foerster.
No tocante à área verde, vale dizer que o parque tem como "diretrizes a conservação dos remanescentes florestais pertencentes aos biomas Mata Atlântica e Cerrado; resgate, ampliação e manutenção de coleções botânicas; emprego de técnicas sustentáveis de manejo; elaboração e desenvolvimento de programas socioambientais."
Agora o que as pessoas não imaginam é que além do passeio ao Parque de Inhotim ser muito bonito e cultural, é também um passeio gastronômico, pois há à disposição dos frequentadores do parque um excelente restaurante que serve à la carte e também possui um buffet muito bonito. Tão bonito e apetitoso que preferi comer o Buffet. Buffet comandado pela chefe Grace, que tive a oportunidade de conhecer.
Assim como as obras de arte contemporânea, o restaurante se integra perfeitamente aos jardins e a mata que os cerca. Dizem que é possível encontrar com o curador do parque no bar do restaurante e conversar com ele sobre os próximos projetos da localidade.
A comida servida no buffet é internacional, não restrita à comida mineira. De certa forma, é possível agradar a gregos, mineiros, gaúchos e, no meu caso, carioca com o que é servido.
Repito: ir a Brumadinho e visitar o Parque de Inhotim é um programa imperdível! Principalmente se estiver fazendo um belo dia de sol!
Beijos e abraços.
Twitter
@viverparacomer
Restaurante Chafariz
Rua São José, 167 - Ouro Preto, MG (Tel.:(31) 3551-2828)
Fábrica de Chocolate de Ouro Preto
Rua Getúlio Vargas, 66 - Ouro Preto, MG (Tel.:(31) 3551-7330)
Bené da Flauta - Restaurante e Café
Rua São Francisco de Assis, 32 - Ouro Preto, MG (Tel.:(31) 3551-1036)
http://www.benedaflauta.com.br/
Parque de Inhotim
Rua B, 20, Inhotim, Brumadinho, MG, (Tel.:(31) 3227-0001)
http://www.inhotim.org.br/
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Quem sou eu
- Henrique Cesar Tupper
- Olá, sou carioca e um grande apreciador de um bom prato. Com este intuito, tentarei escrever as minhas impressões sobre os restaurantes em que eu vier a comer - descrevendo qualidades e defeitos de cada um. Caso tenha o interesse de complementar as minhas opiniões, por favor, não deixe de contribuir. Restaurantes bons devem ser vangloriados, enquanto restaurantes ruins devem ser evitados. Não concorda? Então, vamos lá... Mãos ao garfo!
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